O jovem permaneceu várias horas de revólver em punho,
disposto a defender-se se o refúgio fosse conhecido e o atacassem. Não
aconteceu assim e Jack deu-se por feliz, embora sentisse a impressão de ser uma
fera acurralada e não um distinto advogado de Forth Worth e o herdeiro de uma
grande fortuna.
No fim de contas, não tinha razão para se queixar. Uma
semana antes – ou teriam passado anos? –lamentava-se, bocejando, ao considerar
a vida monótona. A que estava a viver –com contínuo risco de perdê-la – tinha
um sabor acre e bravio, de sangue e pólvora; era primitiva e oferecia matizes
novos e insuspeitados. Tornava-se dura e difícil, mas sugestiva na sua
intensidade; a luta dava prazer À existência, perigosamente resgatada aos que
tentavam arrebatar-lha, cheia de paradoxos e estranha.
Além disso, como supremo argumento… estava Mildred! A
rapariga iluminava todos os seus passos com a luz pujante e avassaladora da sua
beleza, da sua sedução, da sua bondade e da sua simpatia. Jack amava
apaixonadamente a doce rancheira e sabia que era correspondido…
Sem comentários:
Enviar um comentário