
Mas Casey perdeu repentinamente toda a sua pressa… Aquele
perfume!
No entanto continuou a andar, sem voltar a cabeça,
subitamente apreensivo. O frio da manhã era bastante intenso, mas não foi isso
que lhe esfriou o sangue, arrepiando-o.
Acelerou o passo até chegar ao muro das traseiras de Carmen
Orozsco e depois de olhar rapidamente para ambos os lados, saltou. O pátio
estava vazio e as janelas fechadas. Avançou rápido, com passos de lobo, sobre a
erva. Para Casey foi tarefa fácil escalar até à varanda. Tampouco lhe deu
trabalho abrir a janela que dava para o comprido corredor. Estava tudo
silencioso.
Avançou com a cautela de um gato. A porta dos aposentos de
Carmen estava fechada, mas abriu-se suavemente ao empurra-la. O candeeiro
emanava uma luz débil. Entrou, fechando-a atrás de si.
Carmen Orozsco, vestida com o traje “grenat” com que ele a
havia conhecido, jazia no divã. Sobre o seu coração destacava-se o cabo de um
punhal.
(Coleção Bisonte, nº 30)
Sem comentários:
Enviar um comentário