terça-feira, 31 de dezembro de 2013

BD0031. Ajuste de contas em Silver City


O Michel, em cima do cavalo, tem mesmo o ar de quem vai ajustar contas. Ele é um tipo pacífico mas não gostou que o irmão tivesse sido envergonhado por um tipo sem escrúpulos, filho do ricalhaço da cidade. No final até o pai deste lhe agradeceu. Eis mais uma história de Jean Graton publicada no Cavaleiro Andante 163.

BD0030. A diligência de Faverstone

Imagine-se a corrida entre uma diligência e um comboio. Uma corrida que simboliza a luta do passado contra o progresso, triste por mais glorioso que tenha sido esse passado. É esse o tema desta história assinada por Jean Graton, já nesta fase apaixonado por corridas...

HBD0015. As passagens do Oeste de Jean Graton


Em Agosto, por altura do seu nonagésimo aniversário, o Tralhas trazia um excelente post sobre Jean Graton, criador de Michel Vaillant.
Sobre este autor está praticamente tudo dito e não é o Passagens que pode trazer algo radicalmente novo.
No entanto, um pouco de esforço levou-nos a descobrir alguns desvarios de Greaton no campo da BD do Oeste. Imagine o amigo leitor, um Michel Vaillant em cima do cavalo pronto a enfrentar um pistoleiro com a configuração de Steve Warson. É isso que hoje vamos trazer ao longo de um dia mais uma vez dedicado à BD.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

PAS205. Um sonho frustado

Mike Trevor tirou o primeiro turno e quando os seus amigos já dormiam envoltos nas suas mantas, foi dar uma vista de olhos pela manada, quieta e bem acomodada no prado.
Regressou junto da fogueira, que projetou a sua alta figura, delgada. Moreno, de olhos negros e cara, redonda mas seca, Mike Trevor tinha uma estrutura ossuda que suportaria ainda uns quinze quilos mais.
Mas desbravar potros por conta alheia noutros ranchos desde tenra idade era um exercício que eliminava todas as gorduras, deixando só tendões e músculos. Contudo, aquele rude exercício permitira-lhe economizar até poder comprar aquela manada, que ia ser o começo da sua futura riqueza.

BUF051. A voz dos revólveres

(Coleção Búfalo, nº 51)
 
Mike Trevor tinha realizado o sonho da sua vida, comprando um conjunto de cavalos e éguas de pura raça com o objetivo de proceder à criação e venda de cavalos no seu pequeno rancho.
Pelo caminho, um grupo ligado ao facínora Slavin, feriu-o, abateu os seus vaqueiros e roubou-lhe os cavalos, deixando-o a morrer. Salvo por uma jovem, resolveu incriminar os assaltantes e recuperar o que era seu. Mas a povoação era dominada por Slavin, o próprio xerife era um joguete nas sua mãos e, por isso, o que se fez ouvir foi a voz dos revólveres.


sábado, 28 de dezembro de 2013

PAS204. A voz do fantasma

Margaret Masters tinha encontrado um fantasma... E a sua reacção foi, exactamente, como podia prever-se.
A jovem fora andando até o limite oriental do rancho de seu pai, pois gostava de dar grandes passeios a cavalo e já se dispunha a regressar, quando ouviu o desconhecido cantor. Curiosa, como mulher, dirigiu-se até ali para ver a quem pertencia aquela voz.
Já estava a escurecer, mas havia ainda claridade suficiente... Ao aproximar-se mais do homem que avançava pelo caminho percebera as palavras da canção, uma balada vaqueira para ela desconhecida:



 «Quando eu morrer,
Não quero ser enterrado
na imensa e solitária pradaria»

Quem seria o cantor?

PAS203. Uma canção macabra

Contexto da passagem: Lance partiu em busca do irmão sem saber que este tinha sido enforcado e aproxima-se da cidade em que tudo se passou.
 E, agora, estava ali, à entrada do vale onde viviam os homens a quem seu irmão procurava...
Deixou os seus pensamentos, meteu o cavalo ladeira abaixo e caminhou sem pressa até à cidade longínqua. O crepúsculo desceu e a escuridão por detrás da serra começava a apoderar-se do vale.
Começou a cantar. Tinha uma boa voz de barítono e gostava de cantar enquanto trabalhava e, também, quando lhe apetecia quebrar a solidão e a monotonia da caminhada...

«When I  be dead,
I whish not to be buried
In the imense and lovely prairie...»

Certamente, ignorava, mas aquela canção em que se dizia «que ao morrer não desejava ser enterrado na pradaria» parecia um macabro pressentimento... 
E contribuiu para a tremenda impressão recebida pela rapariga que apareceu, de súbito, numa volta do caminho. Parou, fixando-o com os olhos dilatados pelo espanto, empalideceu intensamente, deu um grito e desmaiou caindo da sela do cavalo...
(Coleção Bisonte, nº49)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BIS049. O pacto dos mortos


(Coleção Bisonte, nº 49)
Sam Snyders era dono dum rancho riquíssimo, conseguiu apoderar-se da maior parte da água e não a facilitava aos vizinhos. Estes uniram-se para o forçar a rever a situação.
Barry Freemont tinha sido maltratado por um facínora na sua terra de origem no Missouri e resolveu persegui-lo. Encontrou-o, matou-o, mas uma modificação de última hora nas condições da luta levou-o a ser condenado à forca. Entre os jurados estava Snyders que foi influenciado pelas estranhas circuntâncias da luta de Barry com o facínora.
No encontro com os outros rancheiros pela posse da água, Snyders sentiu que o coração lhe falhava e, acreditando que ia morrer, resolveu deixar todo o património a Barry com o objetivo de torpedear o processo testamental e os interessados nunca terem interlocutor para resolver o problema da água.
Snyders morreu e Barry foi enforcado. Este estranho pacto entre mortos é a base para esta novela de Cliff Bradley.
Barry tinha um irmão, Lance, que chegou à cidade à sua procura e em breve percebeu o que se tinha passado. Conheceu uma jovem formosa que se pensava ser filha do seu mortal inimigo quando era apenas uma capa para uma melhor aceitação deste. Em breve, os encontros entre os dois jovens se transformaram em paixão e levaram a que tudo se deslindasse, sendo o nome de Barry limpo e este ilibado da acusação. 

Passagens selecionadas:

PAS204. A voz do fantasma 
PAS203. Uma canção macabra


AUT004. Cliff Bradley: a sensualidade na novela do Oeste

Jesus Navarro, um autor de novelas cor de rosa, escreveu novelas do Oeste utilizando os pseudónimos Cliff Bradley e Jess Mc Carr. Qualquer dos dois é fabuloso, aliás quase não se distinguem.
Os pistoleiros continuam a sê-lo, mas alguns têm alma. Outros encontram aquela que os vai ajudar a regenerar. E a mulher tem sempre um desempenho extremamente sensual que transmite múltiplas emoções. Ler um encontro de um pistoleiro com uma jovem é vê-la corar, é saber que ele sente o sangue a correr-lhe quente nas veias, é concluir que ele vai defendê-la seja a que preço for.
As palavras escritas por Navarro têm sempre algo, para além delas, que sentimos, mas não captamos imediatamente, algo de sensual que mexe connosco que nos faz desejar estar no lugar do herói.
Depois, há a ternura relativamente a esse outro ser que é a companhia constante do herói: o cavalo. Os cavalos em Bradley são parte integrante da história. Têm sensações, ajudam na decisão e frequentemente impõem-na.
Muitas vezes, as suas descrições atingem assinalável violência não pelos tiros ou pelos murros, mas pela envolvência humana que implicam. Releia-se a passagem "o pianista cego" e sinta-se de novo o terror daquela gente enquanto o pionista ao som dos tiros acelera a sua execução da música e a miúda ("elegante e muito bonita", reparem, a apreciação nunca deixa de ser feita) é forçada a dar atenção ao energúmeno.
Se hoje em dia fossem editados livros como estes, um autor que não deixaria escapar seria com certeza Cliff Bradley ou Jess Mc Carr.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

BD0029. Luis Euripo em O mal estava nos pés

O fasciculo 48 da Coleção Condor só estará completamente digitalizado se lhe juntarmos esta história de Luis Euripo, assinada por John Cullen Murphy.

BD0028. Sam Billie Bill em O vale dos gigantes


Completamos este dia dedicado a Sam Billie Bill com uma história publicada no número 48 da Coleção Condor, de que já apresentámos O arrependimento de Chico de Lone Ranger. O leitor tem acesso à totalidade deste fascículo com a etiqueta ZCND48. Nesta história o Sam ainda é um bocado jovem, mas já conseguiu assaltar um banco para provar que um indivíduo tinha cometido um crime. Enfim..

BD0027. Sam Billie Bill: Todos somos irmãos

Disponibilizamos a digitalização do número 87 da Coleção Tigre com uma história notável, embora não isenta de criticas como demostra o post anterior, de Sam Billie Bill. Um bom tema para esta época onde as desigualdades parecem cada vez maiores.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

BD0026. John, Pé de Vento

E terminamos as publicações deste dia de Natal de 2013 com uma história bem disposta publicada no Cavaleiro Andante número 117, de 27 de Marco de 1954, assinada por um autor de nome Erik.

BD0025. O comboio de Prescott City

Disponibilizamos uma história do Oeste, originalmente publicada no Cavaleiro Andante número 156, Natal de 1954, que mostra a colaboração de dois miúdos, um branco e um índio, cuja amizade contribuiu para manter a paz entre os dois povos.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal 2013



O Passagens deseja um excelente Natal a todos os seus amigos. Em consonância com a época, vai publicar alguma BD bem velhinha nos dias 25 e 26...

PAS202. A epopeia da DILIGÊNCIA

Os assíduos leitores de «westerns» têm ouvido falar, com frequência, das carreiras que abriram os caminhos para o Oeste da América do Norte. Esses movimentos, digamos assim, fazem parte da própria História dos Estados Unidos e acham-se intimamente vinculados com todos os passos do progresso nos territórios vizinhos do Pacífico. Para cultivar, colonizar e civilizar as terras longínquas do «Wild West»  necessitava-se, principalmente, de caminhos que rasgassem o selvagismo de planícies, vales e ciclópicas montanhas. Os homens do campo, das caravanas e das carreiras — homens esforçados e de coragem indómita — foram os verdadeiros promotores da imigração no Oeste, onde a fortuna esperava os recém-chegados sob a forma de ubérrimas pastagens, minas riquíssimas e terras produtivas.
A par da fortuna, estava a morte, representada por setas de índios, cordas de cânhamo e balas de chumbo.

BIS048. No caminho das diligências


(Coleção Bisonte, nº 48)
Este livro é uma ficção que explora a gloriosa epopeia do caminho das diligências. Um jovem bandido, chefe de um bando com mais dois elementos, traça um plano original para assaltar uma diligência. Ele resolve entregar-se numa cidade diferente daquela em que é procurado com o objetivo de ser transportado a esta em diligência. As coisas correm como pretende, mas o certo é que, no caminho, as peripécias acabam por o fazer aproximar do xerife que o escolta e acaba por colaborar no fim do próprio bando. Agradecido, o xerife deixa-o escapar já que um homem com novo nome nascera no local de batalha…
Enfim… Joe Bennet entendeu que este argumento era possível e eis um Bisonte bem original em vários aspetos: cor, capa e teor… A abordagem histórica é interessante.

Passagem:

 
PAS202. A epopeia da DILIGÊNCIA

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

PAS201. Morrer de medo

Fecharam a porta por dentro e Alan sentiu uma espécie de arrepio pela espinha acima, sem sequer corresponder à cortês saudação do médico, ao passar por ele.
Ali estava Kirby! Tinha-o, finalmente, ao seu alcance. Por nada, no mundo, deixaria de fazer justiça.
Deitou fora o cigarro e apalpou as armas, como era seu costume. Avançou até à porta do quarto e, com os nós dos dedos, bateu na madeira.
Kirby abriu e ficou hirto. O seu único olho brilhou de terror e o rosto enrubesceu para depois ficar branco como cera.
Alan avançou mais, enquanto o banqueiro retrocedia, assustado, sem sequer pensar em empunhar a arma que lhe pendia da cintura. Gregory fechou a porta com o pé e aproximou as mãos dos revólveres.

PAS200. Junto ao sicomoro a vê-lo partir

 Contexto da Passagem: Alan encontrou por acaso o tesouro quando procurava caçar um veado. Resolveram separar-se já que Alan ansiava por voltar à sua terra, com dinheiro, para fazer rever a sua situação.



Naquela noite, a rapariga mal dormiu. O mesmo aconteceu a Dick e a Gregory. Todos estavam tristes com a separação, mas nenhum tão profundamente e a tal ponto como a jovem. Sentada junto de um frondoso sicômoro, na solidão da noite povoada de estrelas, dei­xou correr livremente, uma vez mais, o seu amargo pranto.
Depois da meia noite Soledad regressou ao acampa­mento. A fogueira estava apagada e Alan Gregory, sen­tado junto a ela, fazia arabescos com uma varita sobre as cinzas. Ergueu o olhar ao ouvir os passos de Soledad.

domingo, 22 de dezembro de 2013

PAS199. Cada vez mais perto do tesouro

 Meteram os cavalos a trote. Era impossível caminhar em linha recta mais de uns cinquenta metros seguidos, devido aos rochedos isolados que de vez em quando surgiam. No fim da tarde, depois do Sol ter perdido a sua força, deparou-se-lhes o que em tempos fora um grupo de tendas de campanha, mas que não era agora mais do que um montão de couros apodrecidos, sem os pintalga­dos adornos característicos do wigwam índio. Os esquele­tos embranquecidos de alguns animais e outros perten­centes a seres humanos deram aos aventureiros uma amostra da mortal epidemia que dizimara aquele ramo da grande tribo apache.
Alan desmontou e examinou os macabros despojos.

PAS198. O ataque da cascavel


Contexto da passagem: Alan, Soledad e Dick, unidos por acaso a partir da Missão do Socorro, após o padre ter desvendado o segredo do mapa, partiram à procura do tesouro. Ao fim de algum tempo o cansaço chegou


Ao meio-dia, fizeram alto para descansar um bocado e dar repouso aos cavalos. Alan julgou perceber várias vezes o ruído característico do galopar de cavalos, mas não conseguiu ver qualquer ser vivo até onde a sua vista alcançava. Além deles próprios, ninguém parecia ter-se aventurado por aquelas paragens.
Todavia, quis certificar-se melhor e empoleirou-se num rochedo altíssimo donde conseguia observar uma enorme extensão de terreno crestado e árido. Mas só descobriu árvores definhadas e esqueléticos arbustos.

sábado, 21 de dezembro de 2013

PAS197. O segredo de Soledad

A pessoa recém-chegada à Missão era uma belíssima mulher. Desmontou agilmente e com o lenço que trazia em volta do pescoço enxugou o suor do rosto. Depois, desprendeu um pequeno saco do arção da sela, deixou as rédeas caídas no solo, aos pés do animal, e dirigiu-se para a entrada da pequena igreja. 0 padre Damian, com o Crucifixo nas mãos, saiu ao seu encontro.
— Boa tarde, minha filha — saudou, estudando-a com os olhos. — Vens em missão de paz a esta casa do Senhor?
A rapariga fitou-o com os seus formosos olhos negros. Era uma jovem dos seus vinte e cinco anos, alta e esbelta. A roupa que trazia vestida estava bastante maltratada e calçava umas botas cujos canos subiam acima dos joelhos. Sob a jaqueta de pele de rena, orlada de franjas, entreviam-se dois revólveres; do lado esquerdo da sela do cavalo, havia uma espingarda «Henry», de doze tiros.

PAS196. Um rosto familiar

 Abriu a porta com cautela, e entrou no armazém, de­vagar. Sem tirar as mãos das coronhas das suas armas, olhou para ambos os lados. Alguns fregueses faziam com­pras variadas. Alan avançou uns passos e os seus olhos fixaram-se numa parede onde, numa prancha de madeira, estavam presos alguns avisos e informações. Um rosto que lhe era familiar contemplava-o do seu retângulo de papel, seguro à madeira por alguns «percevejos». Por ter a vista treinada a ver ao longe, devido às longas distâncias no deserto, por onde o olhar se pode espraiar observar, Alan Gregory leu sem dificuldade o conteúdo do aviso que lhe chamara a atenção. Por baixo do seu nome, dizia:

 «Mil dólares de recompensa a quem capturar, vivo ou morto, este homem. É muito alto, veste de negro e monta um cavalo da mesma cor».

«O xerife de El Paso».

 Sem sombra de dúvida, o retrato era o seu. Com cer­teza Jeremias Kirby tinha estado em sua casa e arran­cado a Bertha, por meio de ameaças, a fotografia ali reproduzida. De outro modo, apenas teriam podido descrever o seu aspecto físico e vestuário.
A entrada do forasteiro fez parar as conversas. Todos miraram Alan com uma fixidez que noutros lugares seria considerada insultante, mas que no selvagem Oeste se podia tomar como natural. Viram um rosto moreno, enér­gico, tisnado pela vida ao ar livre, e um corpo alto, mus­culoso, elegante, sem um átomo de gordura a mais. Pela agilidade dos seus movimentos compreenderam que devia ser um homem temível, um inimigo perigoso com os revólveres.
(Coleção Bisonte, nº 47)

 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PAS195. Perseguido por facínoras



 Contexto da passagem: em fuga, Allan foi alvejado e caiu do fiel cavalo, mas o acaso acabou por o conduzir a boas mãos


Quando Alan recuperou o conhecimento, não se lem­brava de nada... Pareceu-lhe que o cérebro estava vazio e que ele flutuava numa espécie de neblina, da qual vaga­rosamente se ia desprendendo.
Ao tentar mover-se, notou que não tinha forças para o fazer e ficou como estava, estendido num leito de peles e mirando os troncos que serviam de telhado àquela cabana de aspecto miserável.
Uma vela de sebo, colocada sobre uma mesa rústica, projetava nas paredes a sua luz trémula e amarelenta. Junto dela, via-se um frasco de «whisky» e parte das pro­visões que Bertha, a sua criada negra, metera no saco. Um papel com algumas linhas escritas a lápis estava encostado ao frasco.
Alan descobriu tudo isto quando um relinchar conhe­cido o fez voltar a cabeça lentamente. Pensou um pouco mais e logo se recordou de tudo que sucedera até à altura do desmaio.
Apalpou o ombro e verificou que estava impecávelmente ligado. Ainda lhe doía, mas a febre havia diminuido e apenas lhe restava recuperar as forças perdidas. Então, poderia montar a cavalo e reatar o seu caminho.
Pegou no papel e leu:


 «Se quer continuar a viver, alimente-se, mesmo que não sinta apetite. Aí fica tudo o que trazia. Sinto não poder ficar a tratá-lo por mais tempo. Mas anime-se; por esta vez, escapou».

 A caligrafia era horrível e o bilhete estava cheio de erros ortográficos. Alan sorriu e deixou-o ficar sobre a mesa... Ao fazê-lo, os seus dedos encontraram um objeto duro, pequeno e cilíndrico, que ele examinou. Era uma bala de chumbo, coberta ainda com vestígios de sangue já seco.
Sorriu novamente ao recordar a frase: «... Aí fica tudo o que trazia...». O seu salvador não se referia só aos mantimentos, mas também ao projétil que lhe tinha extraído do ombro. 
Bebeu um gole de «whisky» e mastigou um bom pe­daço de carne assada. Embora não conseguisse tragá-la, o suco substancioso da carne e a ardente bebida deram-lhe forças para continuar a comer, mais tarde, a pouco e pouco, mas cada vez com mais apetite.
Três dias depois, quase completamente restabelecido, abandonava a mísera cabana e galopava pela pradaria, já capaz de se orientar e de escolher o caminho que no seu entender mais lhe convinha.
Estava certo de que Jeremias Kirby tinha mandado os seus assalariados em perseguição dele e não desejava defrontar com desvantagem os temíveis pistoleiros do «grande» de El Paso. Então com muitas probabilidades de ser ele o caçador em vez do caçado.
(Coleção Bisonte, nº 47)


BIS047. Não sou um foragido


(Coleção Bisonte, nº 47)


Uma noite, quando estava com a namorada, o irrequieto Allan ouviu um tiro em casa desta. Correu para o local e deparou com o seu pai assassinado por um familiar da rapariga. Abateu-o e fugiu com a cabeça a prémio sem perder a ideia de vingar a morte do pai. Os familiares dela não eram pessoas honestas e Allan teve de cavalgar para longe, sendo perseguido por alguns lacaios a quem também abateu. Na sua fuga veio a encontrar-se com a bela Soledad com quem partilhou o projeto de procura de um tesouro em território antigo de índios. O romance desenhou-se entre os dois, mas Allan não perdeu a ideia de se vingar. E acabou por voltar a El Paso, a sua terra de nascimento, onde o pérfido pai da noiva acabou por se denunciar e fugir, não sem antes ter tentado abater Allan, sendo este salvo pela corajosa intervenção da noiva que se intrometeu e acabou por ser alvejada. O malvado Kirby foi perseguido pela fúria do jovem, sem pai e sem noiva e morreu de medo quando este o encontrou.
Eis uma boa história de A.G.Murphy. Aqui a fuga de Allan cruza-se com o projeto da bela Soledad e no momento crítico ainda aparece um familiar daquele que o liberta de uma má situação em que era acusado de foragido.




Passagens selecionadas:


PAS201. Morrer de medo 
PAS200. Junto ao sicomoro a vê-lo partir 
PAS199. Cada vez mais perto do tesouro 
PAS198. O ataque da cascavel 
PAS197. O segredo de Soledad 
PAS196. Um rosto familiar 
PAS195. Perseguido por facínoras

Encontra aqui «Não sou um foragido!»

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

BD0024. Mandrake em "O mistério da cabine telefónica"

É óbvio que esta BD não se integra nos objetivos do blog, mas esta história faz parte do fascículo 19 da Coleção Condor. Trata-se de uma história notável de Mandrake de Lee Falk e Phil Daves que, disponibilizado o início do fascículo, não podíamos deixar de oferecer aos nossos amigos. A bela Narda é sequestrada a partir de uma tentativa de assalto numa cabine telefónica e o mago é obrigado a sair do seu descanso para lhe acudir.

BD0023. Kit Carson "a caminho de Fort Wade"

Apresentamos de seguida a digitalização de parte do notável fascículo 19 da Coleção Condor. Trata-se de uma aventura emocionante de Kit Carson, desenhada por Sutherland, talvez a primeira BD que vi e em que me impressionavam alguns desenhos por ainda não os saber interpretar.

HBD014. Uma nota sobre Peter Sutherland (1923-1977), um dos desenhadores de Kit Carson

Peter Sutherland was born in 1923 in the Leicestershire village of Somerby. He was always fascinated by art and began to hone his own drawing and painting skills at a very early age. By his teens, his drawing abilities were outstanding. His service in the REME during the Second World war was largely spent with a pencil or brush in his hand; he hardly saw a gun fired in anger. The powers that be were far keener on him producing posters for camp entertainments than aiming weapons.

BD0022. As armas de Kit Carson

Neste dia dedicado a Kit Carson, começamos pela publicação integral de um fascículo da revista Condor Popular, o número 7 do volume 29. O fascículo não indica data nem apresenta autoria; no entanto, esta é atribuída a Peter Gallant pela BD Nostalgia. A história é engraçada e bem desenhada. O fascículo é completado por uma aventura de Jim Bowie numa história curta, mas de forte emoção.

HBD013. Aventuras de Kit Carson publicadas em Portugal

De acordo com BD Portugal, estas são as revistas em que terão sido publicadas aventuras de Kit Carson como herói principal.


Angola / Globo: Kit Karson: [#1]  
APR / Águia (1958): [#14]   [#28]   [#59]   [#87]  
APR / Caravana Oeste: [#69]  
APR / Ciclone: [#18]   [#25]   [#31]   [#71]   [#121]   [#138]   [#145]   [#148]   [#154]   [#155]   [#160]   [#165]   [#170]   [#175]   [#181]   [#187]   [#193]   [#199]   [#203]   [#212]   [#218]   [#224]   [#231]   [#238]   [#245]   [#251]   [#259]   [#266]   [#274]   [#280]   [#289]   [#296]   [#303]   [#309]   [#318]   [#326]   [#336]   [#346]   [#354]   [#362]   [#370]   [#378]   [#529]  
APR / Condor (1951): [#19]  
APR / Condor (1972, amarelo): [#14]   [#47]   [#58]   [#66]   [#502]  
APR / Condor Popular: [#205]   [#2807]   [#2902]   [#2907]   [#3007]   [#3101]   [#3106]   [#3201]   [#3307]   [#3403]   [#3507]   [#7006]   [#7104]   [#7202]   [#7208]   [#7310]   [#7408]   [#7503]   [#7602]   [#7702]   [#7708]   [#7806]   [#7908]   [#8009]   [#8207]   [#8306]   [#8601]   [#8702  Kit Carson]   [#8809]  
APR / Tigre (série 1, 1955): [#80]  
APR / Xerife: [#136]   [#138]   [#139]   [#140]   [#267]   [#270]   [#290]   [#292]   [#294]   [#296]   [#298]   [#302]   [#304]   [#308]   [#312]   [#314]   [#316]   [#318]   [#320]   [#322]   [#326]   [#328]   [#330]   [#336]   [#340]   [#342]   [#344]   [#346]   [#348]   [#350]   [#352]   [#354]   [#356]   [#360]   [#364]   [#366]   [#388]   [#400]   [#402]   [#415]   [#423]   [#425]   [#427]  
Brasil_extra / Vecchi: Tex (edição 2): [#10]  
ENP / Oásis: [#5]   [#8]  
ENP / Zorro: [#174]  
extra / Ramos & Assunção: Histórias do Oeste: [#7]  
Foreign / UK: Wild West Picture Library: [#96]   [#100]  
MA / Especial: [#13]  
MA / Mundo de Aventuras (série 1) (1949-73): [#166  Nos 5 fasciculos: 166-170.]   [#177  Nos 7 fasciculos: 177-183.]   [#539]   [#545]   [#551]   [#558]   [#566]   [#578]   [#596]   [#604]   [#619]   [#627]   [#637]   [#643]   [#654]   [#660]   [#681]   [#685]   [#686]   [#693]   [#696]   [#699]   [#700]   [#704]   [#713]   [#714]   [#717]   [#719]   [#728]   [#733]   [#738]   [#743]   [#745]   [#747]   [#748]   [#753]   [#1061]   [#1066]   [#1152]   [#1158]  
PPress / Canguru (série 1): [#3]   [#17]   [#21]   [#26]   [#30]   [#32]   [#33]   [#35]   [#38]   [#40]   [#41]   [#44]   [#46]   [#49]   [#50]   [#53]   [#56]   [#58]   [#60]   [#66]  
PPress / Canguru (série 2): [#6]   [#8]   [#11]  
PPress / Far-West: [#2]  
PPress / Fúria: [#4]  
PPress / Jaguar, Nova Colecção: [#5]   [#8]  
PPress / Kit Karson, Grandes Aventuras de: [#1]   [#2]   [#3]   [#4]   [#6]   [#7]   [#8]   [#9]   [#10]   [#11]   [#12]  
PPress / Puma: [#7]  

Última actualização: 04-03-2013


HBD012. Nota biográfica sobre Kit Carson

Christopher "Kit" Houston Carson (1809 - 1868) foi um pioneiro do Velho Oeste, que se tornou notório pela atuação como guia e pela participação em guerras indígenas.
Nascido no Condado de Madison, Kentucky de uma família de origem irlandesa, Kit transfere-se já em 1811 para Missouri, ainda um território semi-selvagem. Em Agosto de 1826, cansado do trabalho de aprendiz de seleiro, foge para agregar-se a uma caravana, indo direto para o Novo México. Entre 1832 e 1842, Kit Carson viajou na vastíssima zona das Montanhas Rochosas, entre Idaho, Colorado, Utah e Wyoming, partilhando a vida precária de trappers, já então lendários, e se casa uma vez com uma mulher índia, Waa-nibe.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

PAS194. O direito à vingança

Sad Tom e Morel quiseram enforcar Steve Cameron, mas Buck opôs-se:
- Se alguém tem o direito de o matar sou eu. Deixem-mo.
Lily e a sua família olhavam-no com horror. Arnold e o pai não sabiam que fazer nem dizer, mas compreendiam em parte a atitude do jovem vaqueiro. O seu fatalismo de vencidos impedia-os de interceder por Steve.
Buck obrigou toda a famíla Cameron a partir e, quando estava a certa distância da cidade, puxou do revólver. Os seus amigos já não o podiam ver.
- Levem-no daqui, e que nunca mais volte. Porque então, mato-o, com certeza.
Levantou o revólver e deu dois tiros para o ar.
Depois, voltou a garupa e cavalgou ao encontro dos seus companheiros. Lily, enquanto a família se afastava transportando o corpo de Steve ferido durante a refrega, seguiu-o com o olhar. Tinha agora a certeza do motivo por que Buck perdoara a seu irmão. Amava-a e era incapaz de o matar.
Arrasaram-se-lhe os olhos de lágrimas e exclamou:
- Amo-te, Buck! Vem buscar-me! Esperar-te-ei sempre!...
(Coleção Bisonte, nº 46)
 
 
Termina aqui esta novela de J. Leon. Assim mesmo. Sem sabermos o que acontecerá a Buck e Lily. Será que voltaram a encontrar-se? Será que o seu amor vingou? Como é possível focar, nos moldes em que isso aconteceu nesta novela, o amor entre os dois jovens, e deixá-la terminar deste modo? Já passaram tantos anos e Leon nunca esclareceu o assunto…

PAS193. Impulso fatal

Steve sentia-se dominador e valente. Por outro lado, incomodava-o o facto de ter fugido, dois dias antes, quando tentavam atacar a manada no vale de Aganoisky. Também se lembrava que Larry era companheiro de Buck Dawes a quem tinha atemorizado outro dia e isto dava-lhe maior audácia.
Ao ver Larry Cornell, parou e fitou-o. Larry voltou-se e, reparando na insistência do rapazola, susteve tranquilamente o seu olhar. Cameron, fazendo peito, perguntou, com gesto altaneiro:
- Que lhe interessa, vaqueiro?
Cornell mediu-o da cabeça aos pés e respondeu:
- O que a você não importa.
Não era esta a resposta que Steve esperava e ficou um pouco confuso. Mas, ao ouvir algumas risadas, enfureceu-se e voltou à carga:
- Não gostei da resposta que parece um desafio.

Larry, afastando Lizz, a cantora, do seu lado, voltou-se para o seu interlocutor. Encostou-se à barra, de forma a libertar as mãos e respondeu:
- Não acha melhor ir-se embora?
Steve, que chegar ao limite da sua paciência, preveniu:
- Pretendeu ofender.me e, portanto, só lhe resta um caminho. Puxe pelo revólver!
Fez-se na sala um silêncio impressionante. Todos olhavam com ansiedade os dois contendores, imóveis. De repente, Steve puxou da pistola, decidido a vencer o seu antagonista. Mas este foi muito mais rápido. Mal Steve esgrimiu a arma no ar, soou um tiro e viu-se ir o «Colt» pelo ar, enquanto o lavrador se agarrava à mão direita.   
Larry brincou um instante com o revólver na mão, olhando o rapaz. Depois, metendo a arma no coldre, disse:
- E agora, quer deixar-me em paz?
Sem esperar resposta, voltou-lhe as costas, começando a falar com Lizz. Desapareceu a tensão, e na sala só se ouviam risadas e piadas trocistas. Steve estava fulo. Fizesse ele o que fizesse, toda a gente se recordaria da facilidade como tinha sido desarmado por aquele vaqueiro que, para maior desprezo, lhe virara as costas.
Cego pela raiva, não pôde conter aquele impulso. Pegou no revólver e apontou aos ombros do vaqueiro. Não houve tempo de o ver puxar o gatilho. A detonação ressoou pela sala e viu-se Cornell levar a mão à ferida, dobrando-se e caindo para trás, no chão. Lizz, aflita, deu um grito. Ouviu-se outra voz sobrepor-se ao barulho e dizer:
- Foi um assassínio.
Cameron não guardou a arma. Apontou-a aos que se encontravam na sala e saiu apressado em busca do cavalo. Acabava de demonstrar que não tinha medo e sabia vingar as ofensas.
Mas não se apercebia de que outra circunstância, com a qual não contara, se voltava inexoravelmente contra ele: matara um homem à traição.
(Coleção Bisonte, nº 46)




A situação complica-se: Steve, irmão de Lily, namorada de Buck, acaba de matar traiçoeiramente Larry, grande amigo de Buck. Resistirá o amor àquela fatalidade?

 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PAS192. A prova de um grande amor

Na fazenda dos Cameron, a família dispunha-se a jantar. Suzanne e Lily serviam À mesa.
Jim e os seus dois filhos, Steve e Arnold, esperavam que as mulheres se sentassem à mesa. Lily andava contente. Durante todo o dia estivera de mau humor. Mas agora, pensava na manhã seguinte, em que se encontraria com Buck. Isto era o que mais lhe interessava, embora a família não soubesse. Gostaria que a sua família conhecesse o noivo, para verificarem as suas boas qualidades.
Bateram à porta. Lily foi abrir e entrou um vizinho, amigo de Cameron.
- Olá, Wogan! Quer jantar?
- Obrigado. Vou para casa. – Fez uma pausa e perguntou; - Já sabem o que aconteceu na cidade?
Todos fizeram gestos negativos, mas a Lily não passou despercebido um sorriso de triunfo em seu irmão Steve. Sentiu um súbito e inexplicável medo.
Cameron perguntou:
- Que sucedeu?
- Acabam de matar Deeping e outros dois: Ellis e Bandry.
- Assassinados? – perguntou Steve.
Wogan negou com a cabeça.
- Não. Foi uma luta leal de três contra um. Matou-os um vaqueiro chamado Buck Dawes.
Lily empalideceu, sentindo apertar-se-lhe o coração. Buck correra o risco de morrer, defrontando-se com três homens. Depois, fez inauditos esforços para não chorar. Seria ele um pistoleiro vulgar, como tantos outros?
- Porque foi a luta? – perguntou Arnold.
- Parece que por causa de uma mulher. Bateram-se na rua. Deeping provocou Buck e insultou uma mulher, não se sabe quem.
Lily olhou, assombrada, para o vizinho. Ele lutara em sua defesa! Não tinha a menor dúvida de que fora ela a causa daquela briga, e sentiu uma íntima amargura perante as consequências dum amor que a ninguém prejudicava.
Steve contemplou Wogan, murmurando:
- Isso é muito esquisito.
O vizinho sorriu.
- Tu tiveste mais sorte quando o provocaste e ele se recusou a bater-se contigo.
Lily sentiu desaparecer toda a amargura, agora substituída por uma grande alegria. Ela sabia orque Buck se recusara a bater-se com Steve; era por ser seu irmão! Era valente e destemido, sem medo de ninguém. Mas poupara Steve, deixando-se inclusivamente, insultar por ele!
Quando se encontrou só, voltou a repetir as suas palavras, no dia da declaração do seu amor. Amava-o tanto,,, tanto!...
(Coleção Bisonte, nº 46)

PAS191. Encontro de apaixonados visto como traição

Lily abriu os seus formosos olhos e contemplou o jovem, cravando nele um terno e doce olhar. Os seus lábios entreabriram-se num sorriso de felicidade e exclamou:
- Buck, amo-te tanto… tanto!...
Dawes contemplou-a, sem se atrever a falar. Parecia-lhe um sonho o que ouvira. Depois sentiu o coração pular de júbilo e fitou a jovem.
Estendeu os braços, enlaçando-a pela cintura e atraiu-a contra o peito. Ela passou os formosos braços em torno do pescoço do jovem e um beijo, terno e prolongado, selou aquele pacto de amor.
Lily sentiu-se mais forte. Aqueles braços másculos pareciam protege-la contra tudo, da violência e do ódio que espreitavam À sua volta, e do rio de sangue que ia inundar Wyoming.
Mais tarde, quando se dirigiam para casa, a rapariga pediu:
- Não venhas comigo. Em casa estão preocupados com o assunto das mortes e podiam atribuir-te a culpa somente por seres vaqueiro.
- Todavia, gostaria não ter de me ocultar.
- Também eu. Quando for possível, dir-te-ei.
Permaneceram um instante com as mãos enlaçadas e depois separaram-se. Buck seguiu-a com o olhar enquanto ela se afastava, contente e alegre, a caminho da casa.
Ali perto e escondidos, estavam três homens, três fazendeiros. Um deles, chamado Wyatt, exclamou:
- É a filha do Cameron. Quem é ele?
O outro, Rogers, respondeu:
- Um vaqueiro da equipa de Lawrence. Chama-se Buck Dawes.
- O que bateu no Efraim?
- É esse mesmo.
Depois duma pausa, o terceiro perguntou:
 - Que estariam a fazer aqui?
Rogers riu, enquanto Wyatt sorria, cínico, e disse:
- É fácil adivinhar!
O terceiro fazendeiro, chamado Deeping, disse, rancoroso:
- Atraiçoa-nos!
(Coleção Bisonte, nº 46)