terça-feira, 23 de junho de 2020

BUF002. EPÍLOGO

Ninguém, ao ver Jerrigan, adivinharia o inferno que trazia dentro de si. Continuava a sua vida normal à base de diversas atividades, novas empresas cada dia, cavalgadas esgotantes...
Mas ao encontrar-se só, notava-se, em si próprio, moralmente caído. A recordação de Georgina era a sua obcecação. Saber que continuava em Anglers inn, irritava-o; pensar que chegaria o dia em que se afastaria para sempre, causava-lhe angústias mortais.
— Enamorado dela... Eu enamorado dessa mulher!... — costumava repetir, desesperado umas vezes; cheio de infinita tristeza, outras.
Revoltava-se contra o Destino que o havia castigado de tão cruel maneira, mas, ao fim, acabava baixando a cabeça. Sim, queria-lhe, adorava-a; mas saberia consumir-se no fogo da sua paixão sem que se vissem as chamas. Nem por um momento aceitou a possibilidade de que aquele amor desse fruto: ela, era ela... e ele, era ele! Acima de tudo estavam a sua dignidade, o culto que devia aos seus maiores, o orgulho do sangue mestiço.
Uma tarde...
Regressava ao «Fortaleza» e no caminho encontrou Cindy, a mulher negra, mãe de duas mulatitas, a quem Denny se havia referido um dia ao falar com sua irmã.
— Deus o guarde, senhor Jerrigan.
Ele deteve o cavalo, sorrindo afetuoso.
— Olá, Cindy. Como vai a sua vida?
— É como vê, senhor, vou-me defendendo.
— Há muito tempo que a não via.
— Enquanto esteve doente, vim todos os dias. Quando se pôs melhor, como anda com falta de tempo... Bem sabe... aqueles diabinhos...
— Como se encontram?
— Bem. Bem, dentro do possível, claro.
— Irei visitá-las qualquer dia. Tenho vontade de brincar com Dorothy.
— Ela ficará muito contente. A pobrezinha, sem se poder mover nunca... Quando alguém a vai ver sente-se feliz. Agora, graças à menina Georgina, tem passado uma temporada feliz.
Buck julgou não ter ouvido bem. Pestanejou nervosamente e olhou fixamente a sua interlocutora:
— Que diz, Cindy?
— O que ouve, senhor Jerrigan. A menina Georgina visita-nos diariamente, leva-lhes brinquedos e doces e passa muito tempo com as pequenas. Gostamos muito dela. Mas... ficou muito sério; isto aborrece-o?
Buck tardou uns momentos a responder. Quando o fez, a sua voz era pouco firme:
— Não, porque me havia de aborrecer?... Simplesmente, me surpreendeu... Bem, Cindy, faz-se tarde. Um dia passarei pela sua cabana. Precisa de alguma coisa?
— Como posso eu precisar, se não deixam de me enviar coisas boas por sua ordem, — e a menina Georgina também se afana em nos ajudar!
Naquela noite, Jerrigan não conciliou o sono. As mais desencontradas ideias desfilaram pela sua mente.
Deixou passar dois dias. Ao terceiro, não podendo resistir mais, dirigiu-se à cabana da negra. Queria convencer-se de que aquela visita era como tantas outras; mas desde o mais fundo do seu ser, uma voz o acusava de mentiroso.
Desmontou, antes de chegar e, a pé foi-se aproximando. Através da janela descobriu Georgina sentada junto do leito de Dorothy, fabricando uma boneca de trapos e rindo juntamente com a enferma e a outra mulatita. Não muita longe, contemplando o grupo, feliz, Cindy costurava. Buck empurrou a porta. A rapariguinha sã correu para ele; Dorothy, na caminha, estendeu-lhe os braços.
— Olá, minhas queridas...
Beijou-as longamente. Cindy apressou-se a saudá-lo. Georgina havia-se levantado, retirando-se para um canto. Buck sentindo subitamente uma ânsia em fustigar a rapariga, voltou-se para ela:
— É curioso o seu comportamento, minha senhora! Não concebo que perca o seu precioso tempo descendo a entreter umas rapariguinhas mulatas.
Georgina avançou lentamente e, com voz segura, sustentando-lhe o olhar, replicou:
— Ainda não há muito comprovei, por tê-lo vertido eu própria, que o sangue dos mulatos é também vermelho e mais generoso, às vezes, que o de muitos que o não são.
— Ahn?
— Tanto assim, que estou apaixonada por um mulato... e sonha que ele me corresponda.
Jerrigan vibrou como a folha de uma árvore.
— Você...
Ela aproximou-se mais, colocou-lhe as mãos sobre o peito que havia perfurado com chumbo e foi subindo-as... subindo-as... Mas... Georgina...
— Quero-te, Buck; adoro-te, meu mulatito. Juntaram-se os lábios. Cindy e as meninas bateram palmas. 



FIM

segunda-feira, 22 de junho de 2020

BUF002.10 Um mulato com sangue vermelho

Buck abriu uma das cartas que acabava de receber, extraiu o papel e juntamente caiu um cheque. Os seus lábios formaram um sorriso duro, enquanto lia a carta, assinada pelo diretor do Banco Rio Verde:

«Meu querido amigo Jerrigan: O facto que esperava deu-se ontem, ao apresentarem-se a receber esse cheque «seu» Temos de reconhecer que está perfeitamente falsificado. Atendendo às suas indicações foi satisfeito sem que a pessoa interessada notasse a mais leve vacilação pela nossa parte. Há dois empregados que atuaram como testemunhas, podendo, se assim o desejar, identificar quem recebeu o dinheiro. Com a satisfação de sempre, saúda-o o seu bom amigo, 
W. H. Darton» 

Buck tirou um papel da pasta que tinha na sua frente e no qual estavam anotadas várias quantias, juntou o cheque, escrevendo sobre ele a palavra «Falsificado», e mandou chamar Denny.
— Feche a porta — disse-lhe apenas o viu aparecer, empregando um tom amável que poucas vezes usava quando se dirigia a pessoas que não gozavam da sua amizade.

domingo, 21 de junho de 2020

BUF002.09 O matador mulato

Jerrigan refreou a sua montada, detendo-a a poucos passos do rancho «Cem Milhas». No pátio estava um vaqueiro, velho, enrugado, que o olhou temeroso com vontade de se lançar a correr.
— Procuro o senhor Jory — disse Buck, sem desmontar.
— Não está aqui.
— Onde se encontra?
— Não sei.
— Se mente, passará um mau bocado.
— Nunca menti, senhor Jerrigan. O patrão saiu esta manhã muito cedo, sem dizer onde ia e ainda não voltou.
Buck não duvidou das informações do seu interlocutor. Sabia conhecer na cara dos homens se diziam ou não a verdade.
— Está bem —admitiu —. Quando regressar, diga-lhe que o procuro para o matar; que esteja prevenido, porque onde quer que o encontre o tombarei.
O velho abriu grotescamente a boca e os olhos. Jerrigan, sem lhe dar importância, picou as esporas e afastou-se, seguindo o caminho que o conduziria ao rancho de Theodore.

sábado, 20 de junho de 2020

BUF002.08 Ladrões de gado e mortandade

Jess encontrou vaqueiros, mas teve de os procurar longe da região, pagá-los a bom preço e resignar-se a que não oferecessem satisfatórias garantias do seu comportamento. Alguns dos que formavam o pessoal de Huberd, os de menos escrúpulos, acolheram-se também no «Cruzes de Ouro».
Nenhum incidente digno de menção se produziu durante duas semanas. As coisas seguiam o seu curso e quase por inércia já, desenrolavam-se como Jerrigan queria, em prejuízo de Georgina, Charles e Theodore.
Naquele lapso de tempo, Buck não se ocupou dos seus inimigos. Estava absorvido nos seus afazeres e, além disso, começava a cansar-se. Até os comentários em torno da aventura que custara a vida a Huberd depressa o aborreceram. Parecia que desejava encher o cérebro de novas ideias que expulsassem da sua mente as já existentes e, sobretudo, a recordação de Georgina.
O mulato desgostava-se ao observar que o seu ódio por essa criatura, sem haver decrescido, tomava novas e extravagantes formas. Henry Keyes observava-o com afeto e inquietação. Nunca havia visto o seu chefe tão preocupado.
— Porque não descansa um pouco, patrão? —perguntou-lhe certa tarde.
— Descansar?
— Trabalha excessivamente. Que necessidade tem disso? Esta madrugada saem os rapazes com as seiscentas cabeças de gado vendidas em Scottsdale; de Scottsdale a Phoenix é um passeio. Que lhe parece se os acompanhássemos e depois nos fossemos divertir um pouco à cidade?

sexta-feira, 19 de junho de 2020

BUF002.07 Encenação de morte

A ideia do crime vivia no cérebro de Gus Huberd há algum tempo. As suas alusões ao mesmo eram como sondas lançadas aos seus amigos. O facto de que estes não respondessem como teria desejado fazia-o conter-se; mas nem por isso renunciava. Pelo contrário, dava-lhe voltas e mais voltas, afirmando-se no propósito de o levar a cabo.
Sobretudo desde que estava em Anglers inn e as vitórias de Jerrigan se iam tornando cada vez maiores, pensou que não poderia descansar até dar ao problema a única solução que tinha, em seu entender. Com essa finalidade, iniciou habilidosas tentativas.
Necessitava de encontrar a pessoa adequada que lhe servisse de instrumento. Havia-lhe ocorrido o mesmo plano que a Charles, em Phoenix: valer-se de um assassino profissional. E dedicava horas inteiras a deambular por Sugarloaf e Rio Verde, visitando os tugúrios e interessando-se, discretamente, pelas vidas s sujeitos de má catadura que descobria.
De entre todos, houve um que despertou a sua preferência. Chamava-se Leslie Mc Guffley, era de meia idade, alto, musculoso, forte; usava o revólver à maneira dos pistoleiros profissionais e a sua presença era acolhida sempre com demonstrações de temor.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

BUF002.06 Para um cow-boy antes o desemprego que trair um colega

Denny lamentava-se, passeando lentamente pela ampla sala do racho «Cruzes de Ouro».
— Parece mentira! Sempre me recebes da mesma maneira: gestos ferozes, palavras desagradáveis!
—Nem por isso deixas de me vir ver.
— Porque quero e necessito convencer-te da minha nobreza e colaboração. Apesar das minhas ameaças, és minha irmã e devo pagar o mal com o bem, esquecendo-me da tua ingratidão. Repeliste-me, deixando-me na indigência e, como reagi? Metendo-me na boca do lobo para defender os teus interesses. Não sabes a coragem que é necessária numa ação como a minha. Jerrigan é um energúmeno. A sua personalidade é tão forte que detém os mais ousados. Como maneja os punhos e o revólver! Que altivez a sua, que coragem!
— Suponho que não irás fazer o panegírico desse homem na minha presença.
— Pretendo só que aprecies o que significa o meu sacrifício. Todo o rancho «Fortaleza» é hostil para os brancos. Os mulatos, em troca, são felizes. Eles compõem inteiramente o pessoal. Começando por Henry Keyes e acabando no último «cowboy», não há um único que não tenha sangue misturado nas suas veias. E... como respeitam e veneram o seu chefe! Com gosto se deixariam matar por ele. Buck considera-os como seus irmãos mais novos. Quando se trata de beneficiar qualquer dos seus, parece outro homem. Eu já o vi, apesar de todo o seu poderio, ir à cabana de uma negra chamada Cindy, que ele protege, e brincar com um garotinho e com as mulatinhas filhas desta, uma das quais está meio paralítica. Fora desses momentos débeis, não há por onde o agarrar. No entanto, consegui ganhar a sua estima e confiança, podendo facilitar-vos, graças a isso, notícias de interesse. A culpa não é minha se não têm sabido utilizar acertadamente as informações que tenho dado.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

BUF002.05 Um homem cede

— Ernest Ryan está aí fora e quer falar-lhe —anunciou Keyes.
Buck recostou-se no sofá e olhou sorridente para o seu subordinado.
— Ou muito me engano ou começam já a render-se.
— E têm bons motivos.
Henry tinha a certeza disso. Havia motivos para que os rancheiros, a quem o mulato havia declarado luta, se encontrassem próximo do desespero. Todos eles, incluindo Georgina, haviam seguido para as suas respetivas propriedades com ânimo de afrontarem abertamente a questão e não se deixarem vencer; mas não conseguiram acertar. Tudo quanto tentavam lhes saía mal.
Os seus maiores fracassos consistiram nas manobras encaminhadas em prejudicar Buck, o qual continuava a rir manejando os fios da sua teia e fazendo com que os dardos com que o queriam atingir se voltassem contra os seus inimigos.
— Sim, têm motivos — admitiu Jerrigan Estou-me divertindo muito.
Ainda não havia dois meses que lhes declarara guerra em Phoenix e já se podia apreciar como todos e cada um permaneciam numa crispação de nervos esgotantes.
— Também eu.
— Acredito. Manda entrar o visitante.

terça-feira, 16 de junho de 2020

BUF002.04 Atentado falhado

Charles Jory pôs-se de pé, embora ainda não tivesse a cabeça muito firme, e olhou rancoroso para a sua noiva:
— Basta, Georgina. Magoas-me com esses gracejos. Reconheço que a minha atitude na frente de Jerrigan me colocou em ridículo se se comparar com o resultado: mas o fator surpresa jogou uma boa vaza no assunto. Não esperava um soco tão veloz e contundente.
Ela riu.
— Supunhas que depois do teu insulto te renderia homenagem?
— Não, mas tampouco que atuasse como o fez. Enfim, a coisa não tem arranjo. Socou-me de uma maneira fulminante, completando o efeito ao atirar-me pela janela. Grande proeza! Qualquer no meu lugar se sentiria pouco menos que desonrado para sempre. Eu, não. Eu, não... porque o jogo pode dizer-se que acaba de principiar, e tenho o propósito de que a cartada de hoje marque poucos pontos.
— Vais desafiá-lo?
— Reservo-me sobre o que penso fazer. Digo--te, unicamente, que Jerrigan não estará muito tempo celebrando a sua «heroicidade» de hoje.
A firmeza de que Jory fazia gala agradou à moça, induzindo-a a modificar a sua atitude, mostrando-se carinhosa:
— Anda com cuidado, Charles. Ernest Ryan acertou: esse mulato é muito perigoso.
— Rio-me dele. Adeus, Georgina.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

BUF002.03 Candidato a bufo

O criado anunciou:
—O senhor Mallard deseja falar-lhe, senhor Jerrigan.
—Mallard, disse?
— Denny Mallard.
Buck trocou um olhar com Henry Reyes e autorizou:
— Mande-o entrar.
O criado saiu, e Reynes, levantando-se, disse:
— Com sua licença vou ao encontro do visitante para o guiar até aqui.
Buck sorriu, assentindo. Compreendia perfeitamente as intenções do seu subordinado, o qual abandonou a habitação, atravessou um pequeno gabinete e deteve-se na espécie de antessala alugada também pelo seu chefe naquele hotel de Phoenix. Denny, precedendo o criado, deteve-se à porta, indeciso.
— Procuro o senhor Jerrigan...
— Entre se faz favor — dirigiu-se ao criado. —Pode retirar-se.
Ficaram sós e o gigante acrescentou:
— Chamo-me Henry Keyes, para o servir, e terei muito gosto em o conduzir até onde está o meu chefe: mas antes deixará aqui todas as armas que traz consigo.
Denny fez um gesto de surpresa.
— Não compreendo...

domingo, 14 de junho de 2020

BUF002.02 Uma lição de negócio aos criadores de gado

As deliberações acabavam de se iniciar no domicílio de Theodore Levinson, homem de meia idade e intenções duvidosas.
Eram cinco os reunidos. Todos tinham propriedades na comarca de Anglers inn, se bem que nenhum se tivesse ocupado até então em atendê-las diretamente. Residiam ali, em Phoenix, ocupados em diversos negócios e disfrutando uma vida bastante menos dura que a dos ganadeiros em toda a extensão da palavra.
Por vezes faziam visitas aos respetivos ranchos e davam instruções, voltando depressa às suas ocupações na cidade. Mas isso, que tão cómodo lhes havia sido em tempos passados, estava-se-lhes tornando impossível de sustentar.
Os assuntos do gado estavam sofrendo uma grande crise, sendo o culpado disso um tal Buck Jerrigan, instalado na comarca há questão de uns dois anos, o máximo, o qual sustentava uma concorrência ruinosa, tanto pelos seus conhecimentos na matéria como pelas suas maneiras de se desenvolver.
De início, Theodore Levinson e os seus amigos fizeram pouco caso dos toques de alerta dos seus capatazes; mas pouco a pouco, em virtude de a situação ir tomando caracter alarmante, dirigiram os seus olhares para aqueles extremos, começando a padecer dos primeiros sintomas de inquietação,

sábado, 13 de junho de 2020

BUF002.01 Uma mulher soberba

Denny Mallard entrou como uma tromba na saleta onde sua irmã se encontrava e, apoiando ambas as mãos sobre a mesa, olhou-a colérico, sem que a indignação o permitisse falar. Ela, com desprezo, dura, disse:
— Não voltes a entrar dessa maneira onde eu estiver.
— Georgina!
— Se o voltas a fazer ordenarei que te ponham fora.
— Serias capaz?!
— Não o duvides. Domina os teus nervos, esses nervos que só se descontrolam para falar comigo: adota uma atitude correta e dize o que aqui te traz.
— Ainda me perguntas com essa tranquilidade! Venho do notário, que me chamou para me comunicar que me retiraste todos os meus poderes.
— Avisei-te de que o faria.
— Como outras tantas vezes; mas pensei que se tratava de uma nova ameaça.
— Já viste que não.
— Mas... sabes a transcendência que tem essa tua atitude?
— Sim. E não grites. Ouço muito bem. Foi a medida mais suave que pude tomar. A fazer aquilo que mereces, estarias na prisão.
— Rapariga! Georgina ergueu-se lenta, majestosamente, mostrando em todo o seu esplendor a maravilha da sua figura escultural. Os seus olhos negros brilhavam como se estivessem iluminados por fogueiras interiores.
— És um miserável! — disse, mordendo as palavras —. Um ladrão!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Reencontro com «A vingança do multao»

O segundo livro publicado na Coleção Búfalo tem a autoria de Raf Segrram um autor que caraterizámos como oferecendo uma novela com uma perspetiva humanista acerca do Oeste. Mas uma vez isso acontece agora através da presença de um mulato que terá sentido alguma hostilização e segregação social tornando-o numa pessoa muito dura evingativa.
Apesar de tudo, essa personagem é aqui apresentada como alguém de sucesso a quem todos os outros têm de se vergar e que, por isso, vai alimentando um ódio significativo à sua pessoa que acabou por se traduzir em roubos e tentativas de assassínio.
Entre os rancheiros que detestam o mulato está uma mulher de elevada soberba e riqueza. Apesar de tudo, essa mulher é honesta.
Com o desenrolar da novela, o mulato acaba por se livrar de todos os que na região estorvavam o seu crescimento e acabou por conquistar a bela rapariga entretanto tornada uma pessoa humilde.
Esta novela parece-nos ter uma construção ainda muito primitiva longe dos pergaminhos que esta coleção viria a conseguir em publicações seguintes…