Lily abriu os seus formosos olhos e contemplou o jovem, cravando nele um terno e doce olhar. Os seus lábios entreabriram-se num sorriso de felicidade e exclamou:
- Buck, amo-te tanto… tanto!...
Dawes contemplou-a, sem se atrever a falar. Parecia-lhe um sonho o que ouvira. Depois sentiu o coração pular de júbilo e fitou a jovem.
Estendeu os braços, enlaçando-a pela cintura e atraiu-a contra o peito. Ela passou os formosos braços em torno do pescoço do jovem e um beijo, terno e prolongado, selou aquele pacto de amor.
Lily sentiu-se mais forte. Aqueles braços másculos pareciam protege-la contra tudo, da violência e do ódio que espreitavam À sua volta, e do rio de sangue que ia inundar Wyoming.
Mais tarde, quando se dirigiam para casa, a rapariga pediu:
- Não venhas comigo. Em casa estão preocupados com o assunto das mortes e podiam atribuir-te a culpa somente por seres vaqueiro.
- Todavia, gostaria não ter de me ocultar.
- Também eu. Quando for possível, dir-te-ei.
Permaneceram um instante com as mãos enlaçadas e depois separaram-se. Buck seguiu-a com o olhar enquanto ela se afastava, contente e alegre, a caminho da casa.
Ali perto e escondidos, estavam três homens, três fazendeiros. Um deles, chamado Wyatt, exclamou:
- É a filha do Cameron. Quem é ele?
O outro, Rogers, respondeu:
- Um vaqueiro da equipa de Lawrence. Chama-se Buck Dawes.
- O que bateu no Efraim?
- É esse mesmo.
Depois duma pausa, o terceiro perguntou:
- Que estariam a fazer aqui?
Rogers riu, enquanto Wyatt sorria, cínico, e disse:
- É fácil adivinhar!
O terceiro fazendeiro, chamado Deeping, disse, rancoroso:
- Atraiçoa-nos!
(Coleção Bisonte, nº 46)
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