segunda-feira, 30 de setembro de 2019

KNS004.06 A manada tresmalhada em louca correria e... Carol

A semana decorreu normalmente. Os dois guarda-costas de Carol tinham-se afastado, mas seguiam-nos a curta distância. Carol não tinha voltado a falar com Shelby, que também não a tinha procurado.
Naquela manhã, Shelby cavalgando junto de Donovan, disse-lhe apontando os dois estranhos californianos, que se avistavam ao longe:
— Não parecem ter pressa.
— Não, fazem-me lembrar os abutres, que espreitam a sua presa.
King, sem deixar de observar as longínquas silhuetas dos cavaleiros, resmungou:
— Se eu me pudesse livrar deles!
À noite, King afastou-se um pouco dos vaqueiros, como se quisesse estar só para refletir. Fumava pensativo, um cigarro, deixando-se embalar pela tranquilidade da pradaria. Os seus olhos acostumados à escuridão, avistavam não muito longe o ponto ígneo da fogueira dos californianos.
— O homem duro está preocupado! — ouviu-se na escuridão a voz trocista de Carol.
Shelby não respondeu, continuando a fumar.

domingo, 29 de setembro de 2019

KNS004.05 Presenças indesejadas no acampamento

Donovan dizia a King, enquanto no dia seguinte os «cowboys» conduziam o gado na direção prevista:
— Os rapazes disseram que não queriam que aumentassem o pessoal. «A morte do senhor Stanley é uma coisa que nos diz respeito», disseram eles. E têm razão.
— Mas assim terão mais trabalho.
— Talvez. Mas você é agora o ídolo deles. Nenhum outro patrão lhes teria dado dinheiro para se divertirem, atrasando a partida com isso.
Shelby, montado no seu belo alazão, olhava a manobra dos dez vaqueiros, cujos gritos e risos, punham em marcha a enorme manada.
— Devíamos ajudá-los.
— Isso agradar-lhes-á mais ainda. Vamos.
Aproximaram-se do lugar onde faziam mais falta. Ao chegar lá tiraram os revólveres dos coldres e dispararam para o ar, para assustar os animais.
Os que vinham à cabeça da manada, expressaram com roucos mugidos, o medo que a súbita aparição lhes causara e viraram empurrando os seus companheiros. Era uma tarefa dura que tinha algo de grandioso.
Aqueles milhares de patas pisavam o chão, levantando nuvens de pó, que se introduzia na boca e no nariz, asfixiando os vaqueiros. Por isso King, tal como os seus companheiros, cobriu a boca e o nariz, com o lenço de cores vivas que trazia sempre ao pescoço. Por fim entre gritos, tiros, imprecações e mugidos, a manada pôs-se em marcha, precedida a boa distância pelo carro dos mantimentos, que procuraria o sítio para acampar e onde preparariam a comida.

sábado, 28 de setembro de 2019

KNS004.04 Preparativos para regressar a Abilene com gado

A notícia da morte de Stanley e a chegada dos seus homens a Free Town, foi tema de inúmeros comentários, durante essa semana. Numa terra de vida tão monótona, acontecimentos daquele tipo, valia bem explorá-los... Mas o espanto atingiu o auge, quando se soube que aquele jovem, que chegara com a filha de Stanley e os «cowboys», estava decidido a comprar uma manada, com a intenção de a ir vender a Abilene.
— Estás cheio de vontade de deitar dólares à rua? — perguntou um rancheiro, sentando-se ao seu lado, num «saloon».
— Porque diz isso?
— O caminho para Abilene está amaldiçoado.
— Isso é uma idiotice.
— Admito-a, mas a realidade diz-me o contrário. Stanley foi morto. Isso quer dizer qualquer coisa, ou não? E que me diz das doenças que assolam as manadas?
— Que culpa tem o caminho para Abilene? Ainda não pensou que só o gado tem culpa, de não estar nas devidas condições, para ser conduzido para lá?
Os rancheiros que se tinham juntado àquele que falava com Shelby, disseram:
— Decidimos levar o nosso gado a Dodge ou a Leavenworth. É curioso, não é? Nesses caminhos não acontece nada ao gado.
Shelby mordeu os lábios, prevendo o entrave que aquilo punha ao progresso de Abilene.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

KNS004.03 Filha do Oeste

Os treze cavaleiros detiveram-se, ficando imóveis durante uns momentos, contemplando o horizonte dilatado, que se lhes oferecia aos olhos.
O sol avermelhado caía sobre o crepúsculo, dispersando carmim sobre o azul celeste.
Uma brisa suave agitava, de vez em quando, o capim dos prados e as copas altas das árvores velhas.
Os cavalos fatigados levantavam a cabeça, farejando água e descanso. O vale descia em curva suave que acabaria em Free Town, sua meta final.
Shelby King, com o rosto ainda mais queimado, devido ao implacável sol da pradaria, olhou para os seus cavaleiros. Os dez «cowboys» pareciam soldados, como se formassem um esquadrão. Donovan mascava tabaco.
Carol Stanley parecia segura de si. King olhou-a demoradamente, admirando-a. Nos dois meses que demorava a travessia, não tinha soltado um único queixume. O seu corpo de adolescente, era duro e flexível como o aço, e como ele vibrava se algo feria a sua alma. Apenas falara na dor que lhe massacrava a alma. Nem uma só vez, mostrara o seu verdadeiro espírito alegre e buliçoso, brincalhão como um cachorro selvagem. A trágica morte do seu pai, tinha-a modificado completamente.
— Acamparemos junto a esse ribeiro — decidiu Donovan, conhecedor do terreno.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

KNS004.02. Vaqueiros em fúria desmedida

Shelby King, montado no seu belo alazão de pelo brilhante, aproximou-se dos enormes currais situados nos arredores de Abilene, onde naquele momento acabara de entrar uma enorme manada.
O pó levantado por aqueles milhares de cascos, dirigia-se em espessas nuvens para o céu azul, que parecia inflamado pela enorme bola de fogo do sol.
Era um espetáculo magnífico. Os mugidos das fatigadas reses, cujos olhos avermelhados, denunciavam as longas jornadas percorridas desde os pastos do Sul, atroavam os ares. Junto a isso, os gritos dos «cowboys» e os tiros que disparavam, para dirigir o gado na direção mais conveniente, de modo a fazer abortar qualquer tentativa de fuga.
O rapaz, com um largo «sombrero» de cor creme, aproximou-se do lugar onde um cavaleiro de cabelo grisalho, presenciava as manobras.
— Prazer em vê-lo, Stanley — foi o cumprimento de King, colocando-se ao lado do proprietário.
— Caramba, Shelby! Não esperava que viesses visitar-nos tão cedo!
— Interessa-me sempre a chegada de qualquer manada. Que tal a Rota?
— Como de costume, um inferno!
— Foram incomodados?
— Houve tiros e tivemos de pagar o tributo. Um pouco de tudo para amenizar a travessia.
Os dois homens olharam-se, sabendo ambos que pensavam na próxima pergunta. Shelby, olhando os olhos cinzentos do seu velho amigo, adivinhou a resposta.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

KNS004.01 Gado doente, lucros anormais

Os olhos azuis de Shelby King deitavam chispas e as suas mãos fortes apertavam-se, uma contra a outra.
—É preciso pôr termo a esta situação! É tudo quanto tenho a dizer, meus senhores!
As pessoas reunidas naquela sala, elegante e ricamente mobilada, olharam-se entre si, inquietas e ao mesmo tempo assombradas. Eram ao todo seis, contando com o jovem que tinha falado, aparentando ser todos, pessoas de posição. Vestiam fatos de boa fazenda, camisas de seda fina e traziam anéis de brilhantes nos dedos.
— Não creio que essa questão nos importe muito. Ao fim e ao cabo, não somos os diretamente prejudicados.
Shelby King voltou a cabeça, de cabelos pretos e feições corretas e másculas, para olhar aquele que tinha falado.
— Não considera importantes os nossos próprios interesses?
O interpelado era um dos vice-presidentes da Associação de Criadores de Gado de Abilene, cargo que tinha ocupado, após muitos anos de luta na pradaria.
— Você pensa, King, que eu não sei do meu ofício?
— Não duvido que seja capaz, apenas com um olhar, dizer que lhe falta uma rês, mas temo que em negócios, ande um pouco às cegas.
Outro dos presentes cortou a discussão:
— Basta, Spencer! Chega, Shelby! Este é um assunto, em que estamos todos envolvidos e que, por consequência, nos interessa a todos.
— Ao senhor Spencer, pelos vistos, não — interrompeu King, com firmeza.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

CLF153_160

Não dispomos de capa e texto dos livros seguintes da Coleção Califórnia:

153 Cerco de Ódios ......................... R. C. Lindsmall
154 A Estrela Sobre a Sepultura ..... A. Rolcest
155 Dois Revólveres Fumegantes ... Keith Luger
156 O Crime de Silver City ............. M. L. Estefânia
157 A Noiva Do Diabo .................... Silver Kane
158 O  "Gun-Man" Solitário ............ Mikky Roberts
159 Trágica Representação .............. Meadow Castle
160 Trabalho Para Pistoleiros .......... M. L. Estefânia

domingo, 8 de setembro de 2019

KNS151_KNS161

Não dispomos de capa e texto dos seguintes livros da Coleção Kansas:
151 O Seu Fim Seria a Forca ………..M. L. Estefânia
152 Quando as Balas Chegam  ……...Keith Luger
153 Encontro Com as Pistolas ...…….A. Rolcest
154 A Rainha de Nevada ...………….Keith Luger
155 Caminho Para o Inferno ………...Keith Luger
156 O Ódio das Morley ……………..M. L. Estefânia
157 Prisão Territorial ………………..Keith Luger
158 O Crime de Helena ……………..M. L. Estefânia
159 Arranhando o Túmulo …...……..A. Rolcest
160 Condenado a Morrer …...……….M. L. Estefânia
161 Paixões Ocultas ………………...Meadow Castle

sábado, 7 de setembro de 2019

ARZ014.21 A paz regressa à cidade

A distância que o separava da casa dos sitiados era bastante grande. O jovem começou a percorrê-la lentamente, no meio dum silêncio impressionante. Ambos os lados cessaram os seus disparos e uma pesada quietude reinava na atmosfera. Só se ouvia o tilintar das esporas de Cliff.
Quando percorrera uns poucos de metros, apareceu na porta a figura gigantesca de Hudson, que por sua vez se pôs em movimento com andar pausado.
Os dois rivais foram avançando ao encontro um do outro. Cliff, que mantinha todo o corpo retesado e as mãos caídas ao longo das ilhargas, via diante dele Lloyd, algo encolhido sobre si mesmo e com a destra roçando quase a coronha do revólver.
O jovem sentia um latejo constante e persistente nas fontes, como se o sangue lhe circulasse nas veias em estado de ebulição.
De súbito, quando a distância que os separava estava notavelmente reduzida, Hudson parou de repente e, fletindo o corpo com surpreendente agilidade, puxou pelo revólver.
Cliff, ao mesmo tempo que dava um formidável salto de lado, deitou a mão ao seu «Colt». Na rua soaram duas estrondosas detonações. Para todos os que presenciaram o desafio, pareceu que ambos os contendores haviam tirado as armas com idêntica rapidez e feito fogo ao mesmo tempo. Mas não foi assim. Houve uma diferença duma fração de segundo, e essa diferença foi favorável a Cliff.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ARZ014.20 Desafio decisivo

Cliff, empunhando o seu revólver, dirigiu-se apressado para a mais avançada das barricadas. Os homens, com as espingardas apontadas, permaneciam imóveis. O jovem, colocando-se atrás duma carroça voltada, assomou a cabeça por cima do parapeito.
Pelo extremo da rua, vindo da pradaria, avançava a galope um grupo de cavaleiros que gritavam e disparavam as armas sem cessar. Era um espetáculo impressionante, capaz de infundir o pânico ao mais valente.
Cliff conhecia muito bem aquela forma de ataque e os homens que o realizavam, porque outrora tinham sido seus companheiros. Olhou em volta, certificando-se de que a sua gente estava a postos.
Depois, os seus olhos voltaram-se para os edifícios próximos. Viu ali, nos terraços e nas janelas, os atiradores que empunhavam as suas armas. Wickes, que era quem os comandava, fez-lhe sinal de que tudo estava bem. Cliff voltou a olhar para os cavaleiros inimigos, que estavam agora já mais próximos.
Ergueu o seu revólver e apontou cuidadosamente a um que gritava como um possesso e disparava para a direita e para a esquerda. Decorreu uma fração de segundo e Cliff disparou. O cavaleiro, como se mão invisível lhe aplicasse um tremendo -soco no peito, foi arrancado violentamente da montada e caiu ao chão. Aquele era o sinal para os defensores.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

ARZ014.19 Sacrifício por amor

O precipitado regresso de Cliff e do seu grupo de cavaleiros causou um verdadeiro alarme em Tonopah.
— Hudson dirige-se para aqui com toda a sua quadrilha. Os homens com quem tropeçámos eram os exploradores — explicou o jovem a Wickes. — Tenho a certeza de não me enganar.
O xerife esfregou o queixo, pensativo.
— Quanto tempo acha que podem demorar a chegar aqui?
— Uma hora, pouco mais ou menos. É preciso organizar a defesa sem perda de tempo.
Wickes fitou-o nos olhos.
— Tem a certeza de que não se trata de um falso alarme?
Cliff sustentou o olhar.
— Escute, xerife, não me pergunte porquê, mas sei que quando Hudson envia à frente um grupo tão numeroso é porque ele vem atrás com o resto da sua gente. E o facto de a quadrilha inteira se pôr em ação é porque se propõe assaltar uma cidade. Que outra povoação, além de Tonopah, há aqui em muito quilómetros em redor? Nenhuma.
O xerife abanou a cabeça num gesto afirmativo.
—De acordo, Werfel. Vamos começar imediatamente os preparativos. Toda a cidade de Tonopah se pôs em ação, presa duma febril atividade.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ARZ014.18 Reencontro com a quadrilha

Wickes contemplou Cliff, enquanto este apertava o cinto-cartucheira com o revólver.
— Tenha cuidado, Werfel; procure não cair nalguma ratoeira.
—Não se preocupe. Irei com pés de lã e procurarei fugir ao combate. Não nos convém ter baixas.
Pôs o chapéu na cabeça e, antes de dirigir-se para a porta, murmurou:
— Até à vista.
— Adeus, rapaz. Boa sorte.
Cliff saiu do gabinete e dirigiu-se para as traseiras do edifício. Quando atravessava o pátio deserto, ouviu uma voz chamar:
— Cliff.
Voltou a cabeça. Para ele avançava Nancy com o assombro refletido no rosto. O jovem esperou e a rapariga, ao chegar junto dele, contemplou a estrela que tinha no peito e depois fitou-o nos olhos.
— Então, é verdade?
Cliff apontou para o peito.
— Se se refere a isto, é como vê.
Nancy não saía do seu assombro.
— Mas como foi esta mudança tão repentina? Disseram-me que aceitara o lugar de ajudante do xerife, mas eu não quis acreditar.
— Pois, como vê, é verdade.
A rapariga fitava-o com estranha fixidez.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

ARZ014.17 Organizar a defesa da cidade

Cliff chegou a casa do xerife, mas, em lugar de entrar pela porta que conduzia à residência, entrou pela que dava acesso à repartição policial. Ali encontrou Wickes sentado à sua secretária falando com um grupo de homens.
— Não quero que se deixem vencer pelo susto — dizia-lhes. — Nada lhes acontecerá, nem às vossas famílias. Enquanto conservarmos a serenidade e nos mantivermos unidos, Hudson não se atreverá a atacar-nos. E se o fizer, saberemos fazer-lhe frente.
—E os de Clarenceville não se defenderam? Tu mesmo viste o que lhes aconteceu — exclamou um dos homens, com o medo refletido nos olhos. — A quadrilha de Hudson é demasiada forte e só o Exército pode esmagá-la. Porque não vêm os soldados? Temos direito a que nos defendam.
Um coro de vozes de aprovação surgiu do grupo. O xerife tentou acalmá-los.
— Sosseguem. Aqui não acontecerá o mesmo que em Clarenceville. Vamos organizar-nos e à força de Hudson, oporemos a nossa força.
— E como poderemos lutar com gente tão feroz? —voltou a perguntar o mesmo de antes. — De nada serve termos ilusões ante a realidade. Quem há entre nós que possua experiência suficiente para nos dirigir? Tu és um homem valente e até agora tens sido um bom xerife, mas deves reconhecer que um homem só não é suficiente para nos tirar deste atoleiro. Além disso, falta-te a experiência nesta espécie de luta.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ARZ014.16 Uma lição de solidariedade

Cliff, sentado na alpendrada, aquecia-se ao sol. Havia já uns dias que, com autorização do doutor Graham, se levantava. O ferimento estava quase cicatrizado e o corpo recobrava as forças rapidamente.
— Você é um caso excecional — dissera-lhe o médico. Nunca vi na minha vida um homem com tanta vitalidade. Creio que se estivéssemos no Leste os especialistas dedicavam-se a estudá-lo com interesse.
E era verdade. O jovem cada dia se encontrava fisicamente melhor, embora o seu espírito, pelo contrário, sentisse uma estranha inquietação, que nem ele mesmo podia definir. Nancy não voltara a visitá-lo e isso desgostava-o. Sabia que a rapariga tinha razão, visto ele ter sido demasiado brusco com ela. Eram demasiadas as coisas que se debatiam no seu íntimo para poder responder a todos com a devida delicadeza.
Na véspera, quando estava sentado junto da chaminé, Wiekes aproximara-se para lhe dizer:
— Bem, Werfel, já pensou a resposta para a proposta que lhe fiz?
Ele desviou o olhar.
—Ainda não.
O xerife pôs-lhe a mão no ombro num gesto afetuoso.

domingo, 1 de setembro de 2019

ARZ014.15 Continuam as tentativas para convencer o ajudante de xerife

Nancy entrou com a bandeja e, ao vê-la, Cliff ergueu-se na cama.
— É o seu almoço — murmurou a rapariga.
Enquanto ela lha colocava sobre os joelhos, o jovem examinou o conteúdo com avidez.
— É muito pouco — protestou.
— O médico diz que deve habituar-se pouco a pouco. Seria prejudicial dar-lhe muita comida de repente.
Cliff começou a comer, valendo-se quase exclusivamente da mão esquerda. Nancy sentou-se numa cadeira e contemplou-o em silêncio. Depois, ao fim duns momentos, rompeu o mutismo para dizer:
— Já pensou o que vai responder a Wickes?
Ele levantou a cabeça.
— Responder-lhe sobre quê?
— Refiro-me à proposta que lhe fez, de ficar em Tonopah como ajudante do xerife. Cliff franziu as sobrancelhas.
— Quem lho disse?
— Ele próprio. Explicou-me a conversa que tiveram no outro dia e pediu-me para tentar convencê-lo a aceitar.
O jovem fez um trejeito de desagrado.
—Pelo visto, Wickes supõe que você tem muita influência sobre mim.