Ao entardecer do duodécimo dia de fuga, a mais de quinhentas
milhas de Kaesport, levava o cavalo a passo por um caminho que serpenteava por
entre álamos e arbustos.
De repente, o que viu sobre um matagal fê-lo tomar as
rédeas. Examinou o objeto com mais atenção e verificou tratar-se do vestido
duma mulher. Aumentou o assombro ao depararem-se-lhe outras peças íntimas do
vestuário feminino, espalhadas na erva.
De súbito, uma voz de mulher fez-se ouvir:
- Eh! Você!
Voltou-se para o rio de onde o chamavam e viu uma cabeça de
rapariga que emergia das águas. Tinha o cabelo loiro e o Sol arrancava dele
deslumbrantes reflexos dourados. Tinha a testa franzida, mas nem isso lhe
diminuía a beleza. A pele era branca e rosada, os olhos cinzentos, o nariz
recto… e os ombros nus.
- Que olha? – disse a jovem, irada.
- Desculpe! Não sabia que estava aí – e juntando o gesto à
palavra, dispunha-se a partir.
A jovem deteve-o gritando:
- Espere aí! Por favor…
Ele parou novamente sem perceber. Olhou para a rapariga que,
com um débil fio de voz, pediu:
- Preciso de si…
(Coleção Bisonte, nº 43)
John está em fuga de Kaesport e encontra esta bela rapariga que lhe
pede auxílio. Que se passará? Será alguma cilada das autoridades que o
perseguem?
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