Bob Flanagan distinguiu um «cow-boy» que estava a pôr a
silha em «Dinamite», o mais perigoso de todos os cavalos de Bagger. Fazia
aquele serviço tão mal que Bob nem queria acreditar no que via, pois naquela
terra, segundo acreditava, não havia tipos tão desajeitados.
O animal parecia estar nervoso e soltou um relincho. À
medida que se aproximava, Bob chegou a pensar que o bicho estava a magoar-se
pela maneira como sacudia a cabeça enquanto dava fortes patadas.
Que fazia aquele desgraçado? Além de estar a maltratar o
bicho expunha-se a ser esmagado por um coice furioso.
Aproximou-se rapidamente, com os olhos chamejantes de ira,
disposto a castigar o homem. Já perto dele passou-lhe uma nuvem vermelha pelos
olhos. Ao lado dele e sem sequer lhe dar tempo a aperceber-se da sua presença,
agarrou-o por um braço, sacudindo-o com toda a força.
Grande estúpido! Não te deixo nem um osso inteiro!
Levantou os poderosos punhos disposto a golpear sem
compaixão. Era impossível perdoar a um homem do Oeste que não sabia tratar de
cavalos, se, afinal de contas, muitas vezes um cavalo era mais apreciado do que
uma pessoa.
Antes, com o braço esquerdo, já o tinha agarrado por um
ombro e feito dar rudemente meia volta, com a intenção de bater-lhe no rosto
com o punho direito, pois atirou-o com velocidade de um raio. E a mão cerrada
já fendia o ar, quando Bob Flanagan abriu muito os olhos espantado com as
feições que distinguia.
O esbelto «cow-boy» era Linda Bagger.
E agora? Já viram o sarilho em que o Bob está metido? Acham
que consegue travar o punho? E o cavalito? Resolverá também mostrar os nervos?
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