quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PAS142. O «Ninho dos Abutres»

- Quando se puder levantar, vamos ao «Ninho dos Abutres» - dizia Sylvia. – Os meus ovelheiros construíram lá uma cabana muito cómoda que até tem uma nascente dentro e à porta floresce uma passiflora.
Mas Tony não a escutava. Ferido pela recordação da medalha perdida, o seu pensamento perdia-se naquela noite em que uma bala traiçoeira o tinha derrubado do cavalo.
- Não me ouve? – perguntou Sylvia, colocando a sua mão sobre a dele.
Ao suave contato, Tony estremeceu, exclamando:
- Quê? Como?
- Será melhor que o deixe descansar um pouco. Não convém fatigá-lo demasiado.
- Mas eu não me canso.
- Voltarei depois. Lembre-se que temos de ir ao «Ninho dos Abutres».
- Para quê?
- Há uma lenda dos antigos «navajos» que diz o seguinte: «Se duas pessoas de sexo diferente beberem juntas a água da fonte que ali existe, e o fizerem ao pôs do sol, serão felizes!»
Não existia tal lenda, pois era fruto da imaginação de Sylvia, que procurava todos os recursos imagináveis para distrair Tony. Este sentiu-se interessado por aquele pormenor romântico e respondeu:
- Iremos à fonte do «Ninho dos Abutres»…


Antevê-se o romance... Será Tony alguma vez capaz de desistir de Sylvia? A resposta está em “O Novato”.
(Coleção Pólvora, nº 26)

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