- E tu um teimoso, cego e surdo! – exclamou Frances, com os
olhos brilhantes.
Casey não pôde resistir mais.
- Porquê? Por que te quero e quero livrar-te do perigo?
- Sim. Como se livra uma menina de…
- Não! Como se livra a mulher que se ama…
- Dan! – Frances ficou sem cor e balbuciou com os olhos
muito abertos: - Isso é… verdade?
- Que o inferno me leve se o não é! – agarrou-a pelos ombros
– Embora só o tivesse notado há pouco.
- Oh, Dan!
E Casey tomado de estranha febre, beijou-a.
Durante toda a sua vida recordaria aquele beijo. Não pela
emoção amorosa que lhe proporcionara, mas por lhe ter salvo a vida. No instante
em que os seus lábios se uniam, ouviu-se o ruído de um vidro ao partir-se, o
estampido de um tiro e o silvo de uma bala que levou alguns cabelos ao rapaz.
(Coleção Bisonte, nº 30)
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