Os quinze minutos decorriam lentamente. Deanne sentia-se
angustiada. Se a sua fuga fosse descoberta, expor-se-ia a sérias represálias.
Frank Stern, apesar dos modos de cavalheiro que sabia utilizar quando era
preciso, não conseguiria nunca iludi-la. Era um sádico, um homem perverso que
se sentia bem impondo a sua lei terrorífica aos outros, oferecendo sempre a
morte a quem o não secundava nos seus planos ou desejos.
Que teria acontecido a Larry? Novamente o seu pensamento se
deteve na recordação daquele bravo moço condenado a desaparecer obscuramente com
o corpo trespassado por balas mercenárias. Mas que poderia ela fazer? Mordeu os
lábios, nervosa. Quando partiria aquela maldita diligência?
Chegou enfim o momento. Deitou um último olhar à cidade, já
sentada no banco de duvidosa comodidade, partilhado por um velhote fumador de
cachimbo e um «cowboy» magricela. Um suspiro profundo desafogou o seu
perturbado coração.
Os cascos dos animais levantaram o pó da rua, estalaram os
chicotes no ar, vibraram as vozes dos cocheiros e principiou a mover-se aquela
pesada bisarma de rodas. Começara a viagem…
A seguir: O remorso de Deanne
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