Continuaram a avançar em corrida desenfreada sem um momento
de descanso. Ainda não tinham podido parar nem comer nada e já passava do
meio-dia. O menor ruído no mato fazia-os prepararem-se para a defesa, com
receio de terem sido alcançados.
E, quando o alongamento das sombras, que
indicava o pôr do sol, os apanhou exaustos mas satisfeitos porque praticamente
se podiam considerar a salvo, deram de súbito com o negro covil de um jaguar.
Do fétido e oco tronco de uma árvore saiu o macho que, rugindo de enfurecido, se
lançou sobre eles.
Alan pôs a espingarda à cara, instintivamente, sem tempo
algum para refletir. A explosão foi atroadora, cuspindo a mensagem de morte que
pulverizou o crânio da fera. No entanto, levado pelo impulso do salto, o jaguar
caía em cima do peito de Walburn, derrubando-o e, no espasmo da agonia, rasgou
com as patas traseiras a perna direita do infeliz.
(Coleção Búfalo, nº 27)
A seguir: Requiem por um amigo
Sem comentários:
Enviar um comentário