- Sou mestiço. Mas se a minha pele é branca, o meu sangue é
índio e o meu coração o de um pele-vermelha puro. Foi uma mulher índia quem me
deu o ser, nasci num acampamento índio, a meio do deserto. Índios foram os meus
companheiros de jogos, índios os que me educaram e índios são todos os amigos e parentes que
conheço. A minha pela branca é como o verniz da cultura ocidental que recebi de
vocês, mas dentro de mim sinto viver o índio. Especialmente quando se trata de
defender a vida e os direitos dos índios.
- A sua nomeação de Segundo Superintendente de Assuntos
índios coloca-o em ótimas condições de trabalhar pela paz, prosperidade e o
bem-estar da nação índia. Mas vigie as suas reações de índio… Colocaram-no na
Reserva de São Carlos para evitar conflitos entre os brancos e os
pele-vermelhas e nunca para os criar.
- Eu sei – respondeu o jovem, soltando as rédeas do seu
cavalo. – Os colonizadores do Gile Valley e todos quantos vivem ao largo da
fronteira da nossa reserva jamais encontrarão um homem melhor, disposto à
compreensão, à amizade e à cooperação entre os brancos e peles-vermelhas. Os
meus parentes, os yavapais, respeitarão as propriedades dos seus vizinhos
brancos. Mas os brancos terão de se acostumar a considerar os índios como um
povo humano, livre e soberano, e respeitar as suas fronteiras, os seus direitos
e as suas vidas. Só assim será possível que os índios e brancos vivam em paz
debaixo do mesmo qualificativo de americanos.
A seguir: O sonho de uma grande nação
A seguir: O sonho de uma grande nação
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