Enquanto falava, Fulton Candy havia separado da gaveta da
secretária um maço de notas. Separou algumas e entregando-as ao homenzinho,
disse:
- Aqui tens os teus mil dólares, Ratcliff. Conta-os.
- Não é necessário, senhor Candy.
- Conta, homem, é melhor assim.
- Está bem. Já que tanto insiste…
E o homenzinho pôs-se a contar as notas, enquanto Fulton
Candy, no outro lado da secretária, sorria de estranha maneira.
-Está bem? – perguntou, quando o outro acabou.
- Está. Já o sabia de antemão.
- Bem, então vamos a tratar da tua partida. Não podemos
perder tempo.
Fulton Candy levantou-se da cadeira. Rodeou a secretária,
para se aproximar do outro e, quando estava a seu lado, deu-lhe uma palmada nas
costas.
- Prestaste-me um bom serviço, Ratcliff – disse,
amigavelmente. – Tê-lo-ei em conta, para quando for necessário. Segue-me.
Candy dirigiu-se para a porta e Ratcliff seguiu-o a dois
passos de distância.
O homenzinho não pareceu dar importância ao gesto do dono do
hotel, ao levar a mão a um dos bolsos interiores da canadiana.
E, por isso, nada pôde fazer para se salvar.
Girando bruscamente sobre os calcanhares, Fulton Candy
chocou com o que ia à retaguarda. E, quase ao mesmo tempo,…
O pequeno «Derringer» que se apoiava agora ao peito de
Ratcliff cuspiu uma dose mortal de chumbo.
(Coleção Arizona, nº 21)
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