sábado, 14 de setembro de 2013

PAS079. Quem ousa perturbar o descanso do jaguar?

Continuaram a avançar em corrida desenfreada sem um momento de descanso. Ainda não tinham podido parar nem comer nada e já passava do meio-dia. O menor ruído no mato fazia-os prepararem-se para a defesa, com receio de terem sido alcançados.
E, quando o alongamento das sombras, que indicava o pôr do sol, os apanhou exaustos mas satisfeitos porque praticamente se podiam considerar a salvo, deram de súbito com o negro covil de um jaguar.
Do fétido e oco tronco de uma árvore saiu o macho que, rugindo de enfurecido, se lançou sobre eles.
Alan pôs a espingarda à cara, instintivamente, sem tempo algum para refletir. A explosão foi atroadora, cuspindo a mensagem de morte que pulverizou o crânio da fera. No entanto, levado pelo impulso do salto, o jaguar caía em cima do peito de Walburn, derrubando-o e, no espasmo da agonia, rasgou com as patas traseiras a perna direita do infeliz.
(Coleção Búfalo, nº 27)
 
A seguir: Requiem por um amigo

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