quarta-feira, 4 de setembro de 2013

PAS059. Respeitar os direitos alheios

- Sou mestiço. Mas se a minha pele é branca, o meu sangue é índio e o meu coração o de um pele-vermelha puro. Foi uma mulher índia quem me deu o ser, nasci num acampamento índio, a meio do deserto. Índios foram os meus companheiros de jogos, índios os que me educaram  e índios são todos os amigos e parentes que conheço. A minha pela branca é como o verniz da cultura ocidental que recebi de vocês, mas dentro de mim sinto viver o índio. Especialmente quando se trata de defender a vida e os direitos dos índios.
- A sua nomeação de Segundo Superintendente de Assuntos índios coloca-o em ótimas condições de trabalhar pela paz, prosperidade e o bem-estar da nação índia. Mas vigie as suas reações de índio… Colocaram-no na Reserva de São Carlos para evitar conflitos entre os brancos e os pele-vermelhas e nunca para os criar.
- Eu sei – respondeu o jovem, soltando as rédeas do seu cavalo. – Os colonizadores do Gile Valley e todos quantos vivem ao largo da fronteira da nossa reserva jamais encontrarão um homem melhor, disposto à compreensão, à amizade e à cooperação entre os brancos e peles-vermelhas. Os meus parentes, os yavapais, respeitarão as propriedades dos seus vizinhos brancos. Mas os brancos terão de se acostumar a considerar os índios como um povo humano, livre e soberano, e respeitar as suas fronteiras, os seus direitos e as suas vidas. Só assim será possível que os índios e brancos vivam em paz debaixo do mesmo qualificativo de americanos.


A seguir: O sonho de uma grande nação

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