sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PAS152. O amor como escudo humano

- Com que então eras tu, eras tu o assassino! – gritou a jovem, fitando o seu primo com um olhar horrorizado. Até agora duvidava, apesar de tudo!... Não concebia que pudesses ser tão miserável!
O criminoso ergueu-se como eletrizado, e um rugido brotou da sua garganta. Moveu-se com a velocidade do raio e, com um brusco puxão do seu braço, atraiu a si a jovem e pô-la diante dele, utilizando-a como escudo. Ao mesmo tempo, com o outro braço, que se movera com igual velocidade, arrancou a um dos homens do xerife, e apontou com ele a cabeça da prima.
- Maldita sejas! Porque vieste aqui?... Agora tenho de te matar! – exclamou, numa voz em que se apercebia uma estranha nota de pesar. – Não posso permitir que continues a viver e te entregues a esse maldito hipócrita!... Eu queria-te!... Fiz tudo para te conquistar!
Ela debatia-se, sem medo, entre os seus braços.
- Larga-a, Bully! – ordenou o xerife. – Já fizeste bastante mal!
Mas, nessa altura, Ferris e Joss entraram repentinamente em ação. Joss soltou um grito terrível e deixou-se cair no chão, violentamente, à direita do criminoso. Os movimentos reflexos deste fizeram-no afastar durante um instante a arma que ameaçava a cabeça de Carol, para a dirigir contra o amigo de Ferris…
Neste momento, Ferris disparou o revólver contra o assassino, cujo corpo ficara parcialmente a descoberto. Disparou duas vezes. Uma das balas cravou-se no ombro direito de Bully, a outra atravessou-lhe o cérebro. Bully Mareno abriu os braços e caiu de bruços. Quando oi rosto de lhe esmagou contra o chão já estava morto.
(Coleção Pólvora, nº 32)

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