sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PAS151. O ataque à orelha do cobarde

Bully Mareno, que tinha empalidecido, tratou de afastar Joss da porta, empurrando-o furiosamente com um ombro, mas não conseguiu fazê-lo mover-se nem uma só polegada. Plantado ali, o corpo de Joss era irremovível. De repente, Bully, com um movimento rápido, sacou do revólver, que costumava usar pendente do cinto.
- Cuidado! – gritou Carol alarmada.
Ferris sorriu, calmamente, sem se preocupar com  o amigo. Conhecia-o demasiado bem.
Com efeito, por muito rápido que tivesse sido Bully ao sacar o revólver, Joss respondeu-lhe com maior rapidez ainda, pois não precisava de sacar arma nenhuma. A sua mão aberta estendeu-se de súbito até à cara de Mareno e raspou-a de cutelo até atingir a orelha e sem se deter com o débil obstáculo… Não foi uma ancada. Foi um espantoso raspão. O lóbulo da orelha ficou um pedaço pendente e todo aquele lado da cara se tornou logo vermelho. Mais tarde ficaria negro.
O efeito sobre a vítima foi espantoso. Urrou como se o tivessem regado com azeite a ferver aquela parte da sua anatomia. Largou o revólver, deixando-o cair, e com ambas as mãos apertou a orelha à face. A primeira sensação para ele devia ser que lhe tinham arrancado aquele apêndice.
(Coleção Pólvora, nº 32)

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