— Que tal se sente? — esta voz libertou McGinnis dos seus pensamentos.
O xerife Flanagan sorria-lhe da entrada, mas no seu semblante adivinhava-se uma certa apreensão, talvez pelo rumo que os acontecimentos estavam a tomar.
O cow-boy ficou calado e tentou sentar-se, o que conseguiu embora sentindo dores enormes em todo o corpo. O xerife foi lá dentro buscar uma cadeira e veio sentar-se ao pé dele.
— Livrou-se de boa! Hook ia matá-lo, não tenha dúvidas. Consegui arrancá-lo às mãos dele e minha mulher fez-lhe os primeiros curativos.
— Agradeço a ambos.
— Falei com Max Estapoole sobre um emprego para si. Está tudo arranjado. Logo que possa deve dirigir-se àquele rancho. Estapoole é uma excelente pessoa e vai ver que vai ficar contente.
— Lily Carmena? — perguntou, simplesmente, McGinnis como exteriorizando um problema que lhe dominava a mente. Jack Flanagan franziu o sobrolho.
— Morreu! — disse.
Notou que os punhos de Franck se fechavam com desespero.
— E Hook?
— Desapareceu. Andamos à sua procura. Mas é sempre a mesma coisa: aparece um diabo a dizer que foi ele quem a matou, pago por Hook, e cumpre o tempo de prisão que o outro devia cumprir.
— E a forca?
-- Aqui não! Seis anos por homicídio voluntário, neste caso.
— Desta vez não acontecerá da maneira que disse: eu testemunharei que foi Hook quem matou Lily!
Adivinhando o que se passava dentro de Franck, o xerife disse-lhe:
— Oiça, McGinnis. Lembra-se de me ter dito que vinha cá com propósitos pacíficos, apenas, procurando um emprego?
— Graham Hook não quis que fosse assim...
— Deixe as coisas seguirem o seu rumo e mantenha-se à margem delas. Neste caso, você também teve culpas, sabia que Lily Carmena era a rapariga do Hook! McGinnis ficou calado.
— Vá para o rancho do Estapoole e viva lá sossegado. Eu tratarei dos assuntos da Justiça.
Por resposta, McGinnis voltou a deitar-se e ficou calado, com o olhar preso no tecto. Vendo-o assim, Flanagan saiu...
O xerife Flanagan sorria-lhe da entrada, mas no seu semblante adivinhava-se uma certa apreensão, talvez pelo rumo que os acontecimentos estavam a tomar.
O cow-boy ficou calado e tentou sentar-se, o que conseguiu embora sentindo dores enormes em todo o corpo. O xerife foi lá dentro buscar uma cadeira e veio sentar-se ao pé dele.
— Livrou-se de boa! Hook ia matá-lo, não tenha dúvidas. Consegui arrancá-lo às mãos dele e minha mulher fez-lhe os primeiros curativos.
— Agradeço a ambos.
— Falei com Max Estapoole sobre um emprego para si. Está tudo arranjado. Logo que possa deve dirigir-se àquele rancho. Estapoole é uma excelente pessoa e vai ver que vai ficar contente.
— Lily Carmena? — perguntou, simplesmente, McGinnis como exteriorizando um problema que lhe dominava a mente. Jack Flanagan franziu o sobrolho.
— Morreu! — disse.
Notou que os punhos de Franck se fechavam com desespero.
— E Hook?
— Desapareceu. Andamos à sua procura. Mas é sempre a mesma coisa: aparece um diabo a dizer que foi ele quem a matou, pago por Hook, e cumpre o tempo de prisão que o outro devia cumprir.
— E a forca?
-- Aqui não! Seis anos por homicídio voluntário, neste caso.
— Desta vez não acontecerá da maneira que disse: eu testemunharei que foi Hook quem matou Lily!
Adivinhando o que se passava dentro de Franck, o xerife disse-lhe:
— Oiça, McGinnis. Lembra-se de me ter dito que vinha cá com propósitos pacíficos, apenas, procurando um emprego?
— Graham Hook não quis que fosse assim...
— Deixe as coisas seguirem o seu rumo e mantenha-se à margem delas. Neste caso, você também teve culpas, sabia que Lily Carmena era a rapariga do Hook! McGinnis ficou calado.
— Vá para o rancho do Estapoole e viva lá sossegado. Eu tratarei dos assuntos da Justiça.
Por resposta, McGinnis voltou a deitar-se e ficou calado, com o olhar preso no tecto. Vendo-o assim, Flanagan saiu...
***
Apesar de todos os seus protestos, Jack Flanagan não conseguiu dissuadir McGinnis de ir ao enterro de Lily Carmena. Franck nunca vira um funeral tão pobre! À hora marcada, apenas, estavam presentes três homens: o xerife, McGinnis e um pobre diabo, corcunda e calvo, chamado Harris que exercia, acumulativamente, os afazeres de barbeiro, mestre-escola e principal zelador do cemitério da terra, como é vulgar acontecer nos pequenos aglomerados do Oeste.
O caixão de Lily Carmena, a bela rapariga que durante a sua vida fora a cobiça de todos os homens de Hayman City e que, na hora derradeira, era esquecida e desprezada por todos, era construído, toscamente, de uma madeira barata, esbranquiçada.
Mister Harris estava preocupado: três homens, apenas, não conseguiriam transportar a urna! Faltava, pelo menos, mais um. Franck lembrou-se do barman do Saloon Estrela Grande. Mister Harris foi chamá-lo.
Ao fim de algum tempo de espera, o homem lá acabou por vir, resmungando, descaradamente, por terem-no obrigado a deixar o seu serviço. E, foi com este quarteto — McGinnis, Flanagan, Harris e o taberneiro — que Lily Carmena foi transportada para a sua última morada. Como era de esperar, Graham Hook não apareceu...
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