sábado, 28 de dezembro de 2013

PAS203. Uma canção macabra

Contexto da passagem: Lance partiu em busca do irmão sem saber que este tinha sido enforcado e aproxima-se da cidade em que tudo se passou.
 E, agora, estava ali, à entrada do vale onde viviam os homens a quem seu irmão procurava...
Deixou os seus pensamentos, meteu o cavalo ladeira abaixo e caminhou sem pressa até à cidade longínqua. O crepúsculo desceu e a escuridão por detrás da serra começava a apoderar-se do vale.
Começou a cantar. Tinha uma boa voz de barítono e gostava de cantar enquanto trabalhava e, também, quando lhe apetecia quebrar a solidão e a monotonia da caminhada...

«When I  be dead,
I whish not to be buried
In the imense and lovely prairie...»

Certamente, ignorava, mas aquela canção em que se dizia «que ao morrer não desejava ser enterrado na pradaria» parecia um macabro pressentimento... 
E contribuiu para a tremenda impressão recebida pela rapariga que apareceu, de súbito, numa volta do caminho. Parou, fixando-o com os olhos dilatados pelo espanto, empalideceu intensamente, deu um grito e desmaiou caindo da sela do cavalo...
(Coleção Bisonte, nº49)

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