quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

PAS194. O direito à vingança

Sad Tom e Morel quiseram enforcar Steve Cameron, mas Buck opôs-se:
- Se alguém tem o direito de o matar sou eu. Deixem-mo.
Lily e a sua família olhavam-no com horror. Arnold e o pai não sabiam que fazer nem dizer, mas compreendiam em parte a atitude do jovem vaqueiro. O seu fatalismo de vencidos impedia-os de interceder por Steve.
Buck obrigou toda a famíla Cameron a partir e, quando estava a certa distância da cidade, puxou do revólver. Os seus amigos já não o podiam ver.
- Levem-no daqui, e que nunca mais volte. Porque então, mato-o, com certeza.
Levantou o revólver e deu dois tiros para o ar.
Depois, voltou a garupa e cavalgou ao encontro dos seus companheiros. Lily, enquanto a família se afastava transportando o corpo de Steve ferido durante a refrega, seguiu-o com o olhar. Tinha agora a certeza do motivo por que Buck perdoara a seu irmão. Amava-a e era incapaz de o matar.
Arrasaram-se-lhe os olhos de lágrimas e exclamou:
- Amo-te, Buck! Vem buscar-me! Esperar-te-ei sempre!...
(Coleção Bisonte, nº 46)
 
 
Termina aqui esta novela de J. Leon. Assim mesmo. Sem sabermos o que acontecerá a Buck e Lily. Será que voltaram a encontrar-se? Será que o seu amor vingou? Como é possível focar, nos moldes em que isso aconteceu nesta novela, o amor entre os dois jovens, e deixá-la terminar deste modo? Já passaram tantos anos e Leon nunca esclareceu o assunto…

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