quinta-feira, 12 de maio de 2022

FBV159 A lei de Lynch

Ao chegar às imediações de Misoula, Dave Steiner teve a grande surpresa de se deparar com o corpo de vários homens dependurados de árvores.

Misoula era uma povoação de suporte a pesquisadores de ouro entre os quais se encontrava o seu irmão Gilbert entretanto enriquecido e que o convencera a vir até junto dele.

Dave estava muito longe de supor o espetáculo que iria encontrar. Para além da estranha mania de deixar homens dependurados, Gilbert apareceu-lhe como um idiota que utilizava balas de ouro para ostentar a sua riqueza.

Ciente dos perigos dos actos do irmão, entretanto a abusar do álcool, Dave avisou-o com a possibilidade de alguma armadilha e a verdade é que estava a pensar corretamente. Um dia, o juiz Marlowe, pai da encantadora Elizabeth cortejada por Gilbert e pelo malvado advogado Merrill, apareceu morto com uma bala de ouro.

A cruzada de Dave para demonstrar a inocência do irmão foi infrutífera durante a vida deste, mas serviu para mostrar que é sempre bom saber escolher os sócios em explorações mineiras.

Esta novela, de um autor praticamente desconhecido (Bernard Lee) é muito interessante, apesar da escrita cheia de reticências por vezes se tornar desagradável. A Lei do Lynch, que pareceu a Dave tão selvática, acabou por demonstrar a sua necessidade e este teve de aplica-la contra indivíduos pouco sociáveis.

A capa do livrinho é excelente contrastando com o vendaval de capas horrorosas que se seguiria nas coleções da APR e constata-se o facto de a coleção já não apresentar o número seguinte o que era uma prática muito interessante. Na contracapa, mais um cromo da História de Lisboa sem a respetiva indicação e sem identificar autoria que supomos de Carlos Alberto Santos.

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