Na comprida varanda, ponto estratégico para contemplar uma magnífica paisagem da montanha, Garry fechou-se nas suas recordações.
Três rapazitos brincavam aos índios. Nas suas brincadeiras havia sempre o Grande Chefe, o Pequeno Chefe e o Rosto Pálido. Trocavam estes papéis entre si, mas o Grande Chefe era sempre o traidor, enquanto o Rosto Pálido era o herói do drama. Por seu turno, o Pequeno Chefe era o índio amigo. O que livrava sempre o seu o seu Irmão branco do sangrento «tomahawk» do Grande Chefe cruel.
Depois os seus pensamentos rumaram noutro sentido. Até à cabana do «Amigo das Sombras». Relembrando o que lá se passara na noite anterior, Garry murmurou de súbito:
- Como é que pudeste fazer isto, Schuyler? Tu e eu odiámos sempre o suicídio. Achávamos que era uma cobardia.
Mal pronunciou estas palavras, Garry estremeceu. Assim…
- Não acredito! – exclamou em voz alta. – Schuyler não se matou!
(Coleção Búfalo, nº 54)
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