Ela vestia de branco, com um cinto vermelho. Johnny tivera medo de a ver e, realmente, vê-la fazia-lhe mal. Tinha passado quanto tempo? Dois longos anos?
Convertera-se numa esplêndida mulher. Bela, serena, como seu pai. Suave, esbelta, fina, terna, doce, como o fora sua mãe. Desta herdara as pupilas verde-cinzento. Daquele, o modo único inconfundível, de olhar os homens e de olhar a vida cara a cara.
Wolfe disse:
- É Johnny Custer, Louise.
A rapariga sorriu.
- Não perdi a memória. Sê bem-vinda, Johnny – e estendeu a mão. – Mentiria se dissesse que não pensei em ti desde a última vez que nos vimos. E também mentiria se dissesse que não mudaste.
Cara a cara!
Nem uma reprovação, nem o mínimo tom de ironia ou de amargura: mas quantas coisas, que vasto universo de coisas naquele sorriso!
(Coleção Búfalo, nº 53)
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