Ann Smith sempre vestiu o seu traje de noiva e para casar com John Barton.
A boda constituiu um acontecimento em Winona. Não se casaram no dia marcado. John levou tempo a sarar as suas feridas. Pat também não se restabeleceu logo. Os arranhões provocados pelas garras do coiote deixaram-lhe profundas cicatrizes pelo corpo. Mas que importavam as cicatrizes do corpo, se tinha salvo o espírito, a sua alma?
Já não era o mesmo que anteriormente, como também Winona já não era a mesma cidade. O exemplo de John Barton servira para levantar o moral dos que queriam viver it tranquila e honradamente.
Quando se casou, John quis renunciar ao cargo de xerife. Queria dedicar toda a sua atividade e todos os seus esforços à sua casa, ao rancho. Pat foi dos primeiros a opor-se a essa decisão.
— Não, John, deves continuar a ocupar estie cargo. Em Winona faz falta um xerife como tu, senão voltaria tudo a ser como dantes. Aliás...
— Aliás, o quê?
— Aliás, não deves preocupar-te com o rancho. Eu ficarei lá a cuidar dele.
— Isso é verdade, Pat?
— Tão verdade como também eu nunca voltar a pôr as mãos num baralho. Tu bem viste como pode trazer más consequências.
E bem más consequências poderia ter-lhes trazido!
Mas o passado morrera. Tinham à sua frente o presente e o futuro. Um presente tranquilo e um futuro cheio de promessas de felicidade.
— Então, Pat, já sabes, amanhã mesmo...
— Sim, amanhã mesmo estarei no rancho. Verás, havemos de convertê-lo no melhor da região. Ninguém terá melhores cavalos do que nós, nem melhores vacas, nem melhores colheitas...
John Barton ria-se do entusiasmo de Pat.
— Claro — disse. — Se estamos juntos outra vez.
E Pat acrescentou:
— Para toda a vida.
Tinham razão. Estiveram juntos toda a vida e o rancho dos Barton voltou a converter-se no melhor da região.
Além disso, Pat cumpriu a sua palavra. Nunca mais tornou a pegar em cartas nem a pôr os pés no «Ás de Copas».
Claro que o «Ás de Copas» deixou de ser o antro onde só entravam batoteiros, malfeitores e gente de má nota como acontecia no tempo de James Claer. O xerife John Barton não permitia que se demorassem em Winona os tipos dessa laia.
Aliás, como o sabiam, procuravam passar de largo. É que John Barton era citado como modelo de xerife, muitas milhas em redor. E ao falar dele, diziam:
— Muito o ajuda o irmão, o Pat!
— Como não havia de ajudá-lo, se é do mesmo sangue…!?
FIM
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