Pat Barton ouviu que mexiam no trinco. Só podiam John ou Claer. Assustou-se ainda mais do que já estava. Olhou para todos os lados com angústia, procurando uma saída para fugir. Depois de terem mexido no trinco forçavam a porta com insistência.
— Pat, estás aí? — disseram. Era Claer.
Retrocedeu até à parede, dominado pelo terror.
— Claer! — exclamou.
O outro continuava a dizer:
— Sim, estás aí. És um cobarde e um traidor; mas não poderás escapar. Tenho de matar-te e hei de fazê-lo como se faz a um cão...
Recrudesceram os embates contra a porta que estalava ruidosamente. Pat olhava para lá como hipnotizado. Claer acabaria por deitá-la abaixo, e ele sem se mover dali, em pé, no centro do quarto, a tremer, batendo os dentes.
— Hei de matar-te, hei de matar-te — ameaçava Claer.
Pat nem sequer pensava no que poderia ter acontecido a seu irmão. Se Claer ali estava era porque tinha conseguido desembaraçar-se de John. Ia com deliberado propósito de matá-lo a ele.
Voltou a olhar em torno de si, e os olhos fixaram-se-lhe na janela.
— Talvez por ali — murmurou.
Ocorreu-lhe que talvez pudesse fugir pela janela. Devia tentá-lo. Era o único caminho provável de salvação. Dirigiu-se à janela e puxou pelas grades, até que o suor começou a correr-lhe pela fronte. As grades estavam bem firmes...
Claer, lá de fora, continuava a proferir ameaças:
— Sai daí, Pat — gritava.
Sair? Não, não sairia; pelo menos pela porta… Tinha de fugir pela janela, arrancar as grades, desaparecer antes de Claer conseguir entrar no quarto.
Nem uma vez sequer pensou em fazer frente ao que considerava o assassino do irmão. Das ilhargas, pendiam-lhe os «Colts» de calibre quarenta e cinco e, não obstante, não lhe passou pela imaginação a ideia de fazer uso deles. James Claer viera procurá-lo com o intuito claro de o matar, e Claer não era homem para sentir piedade por ninguém.
Ah! Naquele canto havia uma machadinha. Agarrou-a e correu para a janela. Começou a cortar a madeira, em volta das barras de ferro. Os golpes que dava confundiam-se com as pancadas na porta.
— Cobarde! — rugia Claer.
A porta rangia cada vez mais e começava a sair dos gonzos. Pat voltava a cabeça de quando em quando e olhava para lá. A cada machadada que dava, um estalido na porta. Era urna corrida angustiosa.
— Não podes escapar, Pat. Estás metido numa ratoeira.
Era verdade, estava numa ratoeira donde tinha de sair quanto antes. Empenhou todos os esforços contra a madeira da janela. E o gordo Claer ria estrepitosamente, gozando do pavor que pressentia em Pat:
—Não poderás escapar, não poderás escapar!
Conforme pôde, Barton conseguiu deixar a descoberto a extremidade de uma das barras e a outra movia-se com facilidade. O que o punha mais nervoso era o riso de Claer.
— Cala-te! Cala-te! -- gritou.
Claer não lhe ligou. Por fim, uma das barras caiu no solo. Faltava a outra. Continuou a golpear a madeira com a machadinha. Saltavam estilhas, que lhe feriam a cara e as mãos. Não se preocupava com isso. Ia poder fugir, por fim. Quando Claer entrasse no quarto, já não o encontraria lá. Que balde de água fria ia apanhar! E John? Lembrou-se repentinamente do irmão. Ele não era como o irmão. A ele não lhe importava nada relacionado com a Lei ou a Justiça. Só lhe interessava viver, viver...
Os gonzos da porta saltavam, cedendo aos empurrões de Claer. Pat arrancou a última barra. Já poderia fugir. Sorriu nervoso. A porta, pelo contrário, continuava a resistir às acometidas do proprietário do «Ás de Copas».
— Adeus, Claer --- murmurou.
E, subindo para o parapeito da janela, preparou-se para saltar para o exterior. Claer, por certo, não pensara que ele pudesse escapar-se por ali. Por certo que...
— Diabo, que é isto? Ah! O revólver!
Um dos «Colts» tinha-se enganchado num prego. Teve de puxar por ele. A sensação de frio, produzida pela coronha da arma, fê-lo deter-se por um instante, encarrapitado no parapeito, pronto para saltar. Olhou para trás. O homem que assassinara o seu irmão — pensou — tentava entrar no quarto e ele fugia cobardemente, em vez de o esperar, em vez de fazer-lhe frente para vingar a morte de John. Porque não o faria?
Sentiu desprezo por si próprio. Não defrontava Claer simplesmente porque era um cobarde, um miserável. Apertou com força a coronha do revólver. Podia esperar que Claer penetrasse no quarto e então disparar. Seria extremamente fácil. Claer nem sequer teria tempo para lhe apontar o revólver. Pensou retroceder, voltar a saltar para dentro do quarto; mas uma força poderosa, invencível, puxava-o para fora. «Tens de o fazer — dizia a si próprio. — Assassinaram o teu irmão.» E por outro lado: «Que ganhas com isso? E se falhas o tiro?» O medo, o instinto animal de conservação sobrepunha-se a todos os outros sentimentos.
Com os dedos crispados na parede e o olhar fixo na porta permaneceu segundos que lhe pareceram séculos. A tranca que defendia a entrada acabava de cair no chão e a porta começou a abrir-se lentamente. Espreitou pela abertura o cano de um revólver: o revólver de Claer.
Pat Barton, esquecido do irmão e dos «Colts» que lhe pendiam dos quadris, sem pensar senão em si próprio, pulou rapidamente para o solo e correu, como um doido, à procura do seu cavalo...
James Claer não chegou a tempo de disparar contra ele. Perdeu demasiado tempo a entrar no quarto. Quando chegou à janela já Pat corria na direção dos «Montes Sombrios» que se recortavam à distância, imponentes e bravios.
— Cobarde! Cobarde! Seja como for não hás de escapar! — ameaçou Claer.
Deu meia-volta e saiu, a correr, à procura da sua montada.
—Não hás de escapar — repetia.
Decidira matar Pat, e não voltaria atrás por nada deste mundo. Estava convencido de que tinha sido ele quem dissera ao xerife para ir prendê-lo. Primeiro mataria Pat e, mais tarde, John. Saltou para o cavalo e esporeou-o com raiva.
— Vamos, «Raio»! — gritou.
E «Raio», um cavalo de raça, fogoso e bom corredor, empreendeu a marcha num galope veloz. James Claer, apesar da sua corpulência, era um consumado cavaleiro.
De Winona aos «Montes Sombrios» estendia-se uma vasta planície de várias milhas, salpicada de matagais, pedras e cactos. Era uma terra sedenta, sem rios que a regassem nem sequer chuva que acalmasse a secular sede do seu solo, queimado por um sol quase sempre ardente, abrasador.
O cavalo de Pat deixava atrás de si uma nuvem de pó. Por aquela nuvem de pó se guiava James Claer para prosseguir na sua perseguição, esporeando, constantemente, o cavalo.
— Corre... corre! — incitava.
O animal relinchava dorido, com a baba a escorrer-lhe. Mais adiante, Pat fazia outro tanto com o seu, sem olhar para trás, pensando apenas em afastar-se de Winona. Os «Montes Sombrios» cresciam à sua frente. O medo de morrer levava-o a dirigir-se para o «Deserto Amarelo».
Julgava que Claer não iria lá buscá-lo e que o terrível pesadelo que o mortificava acabaria para sempre. Quase estava contente por tudo ter terminado assim. Só aquele obstinado do John e ninguém mais tinha tido culpa de que Claer o matasse. Devia ter aceitado o dinheiro que o proprietário do «Ás de Copas» lhe oferecia e fazer como os anteriores xerifes. Assim, não o teria metido, a ele, em semelhante aperto. Já não tinha sido mau que tivesse tido tempo de retirar o dinheiro que guardava em casa, antes de fugir.
Sentia o roçar do saquito repleto de moedas de ouro. Por esse lado, preocupava-o pouco o facto de não poder voltar a Winona. Tinha salvado a vida e o seu dinheiro, as únicas coisas que na realidade lhe interessavam. Tudo o mais era secundário.
Com aquele dinheiro, voltaria à pequena aldeia costeira, da distante Maryland, onde passaria o resto da sua vida.
Invadiu-o o desejo de regressar ao lugar que o viu nascer. Estabelecer-se-ia lá. Voltaria à civilização. Regressaria ao Leste, se não tão rico e poderoso como ambicionava, pelo menos com o dinheiro suficiente para fazer frente à vida sem preocupações.
Abstraído em pensamentos tão otimistas, deixou de esporear o cavalo. Winona ficara já muito para trás. Foi então que ouviu um ruído alarmante à sua retaguarda. Atemorizado, voltou a cabeça.
Um cavaleiro avançava pela planície, na mesma direção que ele seguia. Não o conheceu imediatamente. Estava ainda muito longe para o identificar. Era apenas um ponto negro na distância.
— Quem será? — perguntou, a si próprio, em voz alta.
Não fosse o diabo tecê-las, tornou a esporear a montada. Já não cavalgava tão tranquilo como anteriormente. De quando em quando, voltava a cabeça para olhar para trás. O ponto negro que avançava pela planura começara a aumentar. Era um homem a cavalo, um homem que...
— É Claer! — exclamou angustiado.
E era. Acabava de reconhecê-lo. O coração deu-lhe um baque, as têmporas latejaram-lhe com violência e o pavor crispou-lhe os músculos.
O deserto, hostil e inóspito, estendia-se à sua frente como um imenso e sujo lençol, salpicado pelas moitas verde-negras e cinzento dos cactos. À direita e à esquerda, as montanhas e, atrás de si, Claer, vingativo e cruel, perseguindo-o tenazmente.
Pat Barton, com os dedos crispados nas rédeas, estorvava mais do que ajudava a corrida do seu cavalo.
Todos os seus sonhos se iam por água abaixo num momento. Quem lhe dera saber voar!
Pesava-lhe o ouro pendente do cinto, o saco repleto de moedas que lhe batia na perna ao compasso do galope do cavalo.
Esteve tentado a atirá-lo fora, mas não o fez. Queria demasiado ao dinheiro para se desfazer daquele saco, cujo peso — julgava ele — não deixava o cavalo correr à vontade.
Quanto durou a perseguição? Não saberia dizê-lo.
O cavalo de Claer avançava velozmente. Mal faltavam uns cem metros para alcançar Pat.
Este já não voltava a cabeça. Aterrava-o encontrar--se com o olhar frio e o irritante sorriso do gordo assassino. Horrorizá-lo-ia vê-lo ameaçá-lo com o rifle ou o «Colt».
Ia morrer, sim, ia morrer. Estava convencido de que não escaparia e que Claer não iria perdoar-lhe o que supunha ser uma traição da sua parte.
O cavalo sangrava das ilhargas e mesmo assim continuava a esporeá-lo brutalmente, movido pelo terror.
Estava convencido de que, de súbito, Claer ia cair, sobre ele, de que, de um momento para o outro, ouviria as balas silvar à sua volta, se é que chegaria a ouvi--las...
—Para, Pat, para! — gritou Claer.
Qual parar! Para quê?
Mais do que nunca estorvava-o o saco do ouro e com maior fúria do que nunca acicatou o cavalo.
Só lhe importava correr, afastar-se do outro cavalo, cujo galope escutava à sua retaguarda.
Até os revólveres lhe faziam peso e inclusivamente o medo que lhe paralisava os membros e o impedia de empunhá-los para fazer frente ao seu inimigo.
— Para, Pat, para! — voltou Claer a gritar.
E soou o primeiro tiro. A bala passou roçando uma orelha de Pat.
Com o susto, agarrou-se com mais força às rédeas. Por força do brutal e repentino esticão, o cavalo fez uma cabriola no ar, levantou as patas dianteiras bruscamente e Pat caiu de costas no chão. Claer viu-o cair e deteve a sua montada. Já não era preciso correr mais. Tinha a certeza de ter acertado ao primeiro tiro, ainda que, de qualquer modo, 'devia certificar-se.
Pat, no chão, de barriga para baixo, estava imóvel e um charco de sangue começava a formar-se junto da sua cabeça.
— Matei-o — augurou Claer.
Descavalgou sem pressas, empunhando ainda o revólver. Era um homem precavido.
O sol do entardecer, ainda com ardores de fogo, arrancava-lhe suores do corpo.
Antes de aproximar-se de Pat Barton, entreteve-se a desabotoar a camisa, a passar o lenço pelo pescoço e pelo cabelo para limpar o suor.
Sorria contente, com aquele seu repugnante sorriso que parecia prolongar-se pela cara toda, com a linha vermelha da cicatriz.
— Grande porco — exclamou, dirigindo-se a Pat. — Que corrida me fizeste dar!
Pat não estava morto. Observava-o pelo canto do olho, sem se atrever a mexer um único músculo.
Abrigava a esperança de que o julgasse morto e se fosse embora.
Por seu lado, Claer não tinha pressa de se aproximar dele. De momento, preocupava-o mais o cavalo. Entretinha-se a acariciá-lo, falando-lhe em voz baixa.
— Fiz-te correr demais, hã? — dizia. — Mas merecia a pena, não é verdade?
Costumava falar com o cavalo, como com uma pessoa. James Claer tinha coisas estranhas.
—Um tiro foi o suficiente, bem vês — acrescentou. — Aí o tens, no chão. Nunca mais poderá «soprar» nada a ninguém. Eu devia saber que ele era um cobarde e um denunciante.
Pat ouvia-o. «Julga que estou morto», pensou. Não obstante, conhecia bem Claer. O gordo proprietário do «Ás de Copas» não, se deixava enganar facilmente. Quando se cansou de acariciar o cavalo, dirigiu-se para Pat, empunhando o «Colt».
—Bem, Pat, bem — monologou. — Vê lá de que te serviu teres ido com histórias ao teu irmão. Um tiro e pronto...
Pat não lhe via senão os pés enormes, com joanetes, avançando passo a passo pela terra amarelenta. Também o ouvia falar.
— Querido Pat, quantas vezes não te leriam metido uma bala no corpo se não fosse eu?
Não estava a perguntar-lhe a ele, claro. Falava por falar, porque, estando tão quieto, devia julgá-lo morto.
Outro dos defeitos de Claer era falar sozinho. Não obstante, que pretenderia? Por que razão se aproximaria tanto? Os seus pés pareciam monstruosos, e a sua voz, e o seu riso.
Conteve a respiração até sentir-se sufocado. Depois o grito de dor que lhe subia à garganta. Claer acabava de pôr-lhe um pé sobre a mão.
As cardas das botas cravavam-se-lhe nos dedos, torturavam-nos.
Mas não gritou. A sua vida dependia disso.
Depois ouviu a respiração de Claer, uma espécie estertor asmático e sibilante. Estava a abaixar-se; pressentia-o. Quase que podia vê-lo dobrar, a custo, a cintura obesa, num esforço superior às suas forças.
As cardas das botas continuavam cravadas nas mãos de Pat... Apoiava todo o peso do corpo naquele pé, de propósito. Pat nem gritava, nem se queixava, aterrorizado, coberto de suor...
Só o medo de morrer podia dar-lhe forças para resistir à dor lacerante e insuportável. Sabia que Claer o estava a visar com um «Colt» e que, ao menor movimento que fizesse, dispararia contra ele.
De súbito, Claer deixou de pisá-lo. Tirou o pé d cima da sua mão e bateu-lhe na cara.
— Vamos, Pat, abre os olhos. Julgas que sou parvo?
Barton não tugiu nem mugiu. Claer ria às gargalhadas.
— Abre os olhos, abre os olhos — dizia.
Depois, Pat sentiu-se agarrado pelos ombros e voltado bruscamente de cara para cima. Claer adivinhou o violento palpitar do seu coração e viu que só o tinha ferido levemente numa orelha.
— Levanta-te, Pat.
Pat Barton, contudo, abrigava ainda alguma esperança de salvar-se. Continuou com os olhos fechados obstinadamente.
— É inútil fingir — insistia o do «Ás de Copas» — Ninguém morre de uma ferida como a tua. Levanta-te, se não queres que te mate como a um cão, assim mesmo como estás agora.
Levantar-se? Nada. Não se levantaria. O mais certo era Claer estar a dizer aquilo para se certificar se estava morto ou não.
— Tens dois revólveres — acrescentou. — Porque não te defendes?
Ao próprio James Claer repugnava matá-lo daquele modo. Era um assassino, mas sentir-se-ia melhor se Barton fizesse pelo menos o gesto de levar a mão ao «Colt». Sacudiu-o bruscamente e Pat abriu, por fim, os olhos. Um pavor sem limites refletia-se neles.
À sua frente, fitando-o fixamente, Claer era uma bola de sebo, húmida de suor.
— Ah! Por fim! — exclamou. — Vês como não sou parvo? Anda, levanta-te. Mostra que és homem, nem que seja uma vez na vida. Vou matar-te, mas defende-te ao menos.
Deixou-se levantar do chão como um boneco de palha, sem vontade e sem forças. Claer puxava por ele rindo e bailando-lhe uma alegria sinistra no olhar.
— Defende-te, Pat. Por que não o fazes? Tens dois revólveres. Olha.
Entre irónico e furioso, levou-lhe as mãos às coronhas dos «Colts». Barton retirou-as rapidamente.
— Não, não — gritou. — Por que queres matar-me?
— Por que quero matar-te? Tem graça. Ainda o perguntas? Por delator e espião, por cobarde.
— Eu não...
— Deixa-te de histórias. Pega nos revólveres e defende-te.
Claer apontava-lhe as armas. Dava-lhe a possibilidade de defender-se e não se defendia. Porquê? Talvez pudesse convencê-lo ainda de que não dissera nada a John, que fora o irmão quem imaginara tudo. Ou talvez...
— Tenho ali dinheiro, Claer -- disse. — Fica com ele e deixa-me ir embora.
—Dinheiro? Que me importa a mim o dinheiro? Tenho de sobra. Quero... a tua vida, Pat. A tua vida, ouviste?
Sim, ouvia-o. Já nem forças lhe restavam para argumentar. E começou a retroceder passo a passo, com braços caídos ao longo do corpo, tremendo de medo, a súplica nos lábios.
— Enganas-te, Claer, enganas-te, eu...
— Pega nos «Colts» e defende-te.
Não pensava em defender-se. Não pensava senão que iam matá-lo. Que assim que levasse as mãos aos «Colts», Claer dispararia. Por isso, alongava os minutos que lhe restavam de vida, avaro de viver, ansioso de respirar o ar carregado de fogo que lhe queimava pulmões.
— Bem, como quiseres — admitiu Claer, ao fim uns momentos. — Não dirás que não te dei ocasião para te defenderes. Ergueu o «Colt» e apontou-lho ao peito, ao coração — Não tenho outro remédio senão matar-te como um cão, Pat...
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