A notícia do que acontecera com os seus homens em Cheyenne chegou a Richard Kennedy naquela mesma noite e quando jantava com toda a tranquilidade. Recebeu o homem na própria sala de jantar e perguntou-lhe mal o viu:
— Que se passa para vires com tanta pressa, Blair? Já disse que não quero que me incomodem quando estou ocupado. Diz o que tens a dizer e desaparece.
O pistoleiro olhou para Richard Kennedy, não sabendo por onde começar para lhe dar a notícia. Temia a reação deste.
Por seu lado, Kennedy estava a começar a impacientar-se. Ia a começar a falar precisamente no momento em que Blair se decidiu.
— Houve molho em Cheyenne, senhor Kennedy — disse.
— Isso já eu sabia. Mandei os meus homens contra esse tal Mac Gregor, para isso. Para me dares essa notícia não valia a pena incomodares-te. Suponho que fizeram o que lhes mandei. Onde estão?
Blair engoliu em seco. O seu chefe não suspeitava nem por sombras o que acontecera. Hesitou um instante e por fim decidiu dizer tudo de uma só vez:
— No cemitério. Esse Mac Gregor...
Não terminou a frase olhando o belo rosto que tinha na sua frente. E durante mais de um longo minuto nada sucedeu na dependência. Kennedy parecia lutar com desencontrados sentimentos. Depois...
— Diz lá o que tens a dizer, Blair, mas depressa.
O homem de olhar esquivo e de pele rosada como de uma mulher, voltou a engolir em seco. Depois foi dizendo pausadamente o que acontecera, sem esquecer os movimentos de Mac Gregor durante o resto do dia. E desta forma soube Richard Kennedy que praticamente Mac Gregor tinha comprado Cheyenne, e que aquilo significava a sua ruína se não atalhasse o mal de modo violento.
Pouco a pouco, uma fúria surda o acometeu. Blair olhava-lhe nervosamente para o rosto. Estava lendo nele toda a luta interior que Kennedy sustentava. Por fim rebentou como um furacão. Kennedy com um gesto violento varreu toda a mesa e os pratos e as colheres estatelaram-se no chão. A seguir pôs-se de pé trespassando Blair com o olhar.
— Suínos! — explodiu. — Bando de cobardes! Foi de surpresa e acabaram com eles.
— Não estava só. Já lhe disse. E esse Sutton, Sinclair e...
— Cala o bico, Blair! Isso já eu sei. Como sei que agora Cheyenne está cheia dos seus homens. Encarregaste-te de me dizer, bem depressa. Mas, antes, Blair, onde estavas tu?
Kennedy disse isto avançando já fora da mesa. Blair retrocedeu levando a mão ao «Colt». O homem que tinha na sua frente não costumava perdoar um engano, e ele tinha sido um estúpido ao correr a dar-lhe a notícia.
Porque diabo lhe havia de dar para ir a Cheyenne naquele mesmo dia? Porque a única verdade era aquela. Tinha saído do rancho sem dizer nada a ninguém com a intenção de ir beber uns copinhos à povoação. Do pequeno estabelecimento de bebidas presenciara a ocorrência sem chegar a intervir. Aquele quarteto era mais perigoso do que uma cobra cascavel e ele não estava disposto a perder a pele sem garantias de espécie alguma.
E agora...
Kennedy estava na sua frente. Já não podia retroceder mais. As suas costas tinham tropeçado com a parede. Escapara de uma para cair noutra talvez muito pior. Nos olhos de Kennedy estava lendo o desejo de o matar.
— Maldito cobarde!
Nessa altura Blair puxou freneticamente pelo «Colt». Que era um bom atirador, demonstrou-o categoricamente, já que este saiu da funda num quinto de segundo, e apontava-o agora à elástica e felina figura de Kennedy.
Mas o fazendeiro tinha sido ainda mais rápido. Já lhe apontava a arma, quando Blair ainda não tinha puxado pela sua. Portanto pôde dar-se ao luxo de aguardar que este o alvejasse, e só então apertou o gatilho durante seis vezes consecutivas.
Blair encolheu-se quando recebeu o primeiro tiro, a meio do peito. Depois começou a andar de um lado para o outro, dando voltas sobre si mesmo, estrebuchando a cada novo impacto. A seguir rolou pelo solo, ficando com os olhos vítreos e sem vida, fixos no tecto.
Kennedy carregou tranquilamente a arma. Já a enfundava quando fortes pancadas dadas contra a porta lhe fizeram voltar a olhar para ali. Abriu-a de repente dando de cara com três dos seus homens que acudiam ao barulho dos disparos.
— O que é que acon...!
Atalhou a pergunta com um gesto e replicou:
— Este pássaro bisnau do Blair deixou que matassem em Cheyenne Lang, Mills, Moore, Linsay e Webb. Encontrava-se lá e não interveio. Tirem daqui esta peste! Cheira a cobarde.
Obedeceram em silêncio e Richard Kennedy ficou novamente só. Uns momentos mais tarde parecia uma fera enjaulada, dando passadas nervosas de um lado para o outro.
Todos os seus pensamentos rodavam à volta de Spencer Mac Gregor e na forma como acabar com ele. Era certo que ainda tinha uns dez homens no rancho. Mas era expor-se a muito atacar na própria Cheyenne. E quanto ao «Três Barras» ... Isso nem pensar sequer! Aquele «passarão» de Pancho Suárez e os seus vaqueiros!... E, não obstante, tinha de encontrar um meio para o obrigar a desaparecer. A questão estava em encontrá-lo.
O fracasso dos seus homens naquela tarde tinha-o metido num beco, do qual não sabia como sair... pelo menos por agora. Mas também era verdade que já se tinha encontrado noutras situações muito piores.
Um momento mais tarde ocorria-lhe uma ideia. Tinha de falar com ele. E decidiu-se, sabendo como sabia que Spencer Mac Gregor jamais levantaria uma arma contra ele. Nesse caso... uma vez frente a frente...
Matá-lo-ia tal como tinha feito momentos antes a Blair! Aquilo podia ser expor-se muito. Dependia da reação dos seus homens quando soubessem que tinha caído o seu chefe. Enfim, na própria altura e no dia seguinte, procuraria solucionar o caso da melhor maneira para os seus interesses.
E com este pensamento, já mais tranquilo, subiu para o quarto disposto a dormir com inteira tranquilidade, sem que a consciência lhe pesasse pouco ou muito pelo homem que acabava de matar.
*
Mac Gregor levantou-se cedo, mas não tanto que não se encontrasse com algum dos vaqueiros do «Três Barras». E sobretudo com Pancho Suárez. Fê-lo quando estes, já havia tempo, galopavam pelos pastos.
Foi à cavalariça e «Thunder» relinchou alegremente, como que a dar-lhe os bons dias. O jovem selou-o e pouco depois afastava-se a trote em direção ao ribeiro junto de cujas águas se erguia a cabana da tal rapariga. Procurou-a por longo tempo até que por fim deu com ela. Pelo menos assim o julgou já que a todo o comprimento do rio não havia mais nenhuma além daquela tosca e pobre construção.
Em linha recta, e ao passo de «Thunder», meteu pelo estreito caminho que conduzia até ela. E foi precisamente naquele momento que verificou que esta se encontrava encravada nos terrenos do «Três Barras». Certamente a rapariga tinha ido vê-lo por causa disso. Como este mudara de dono receava ser posta na rua. Era uma pena que fosse uma mulher! Se não fosse...
Mac Gregor não pôde concluir o seu pensamento. Uma deliciosa figurinha tinha saído de entre as árvores.
Viu o ginete e deteve-se indecisa. Depois deitou a correr em direção à cabana. Entrou e trancou-a por dentro. Feito isto pegou numa espingarda que tinha dependurada num prego ferrugento e dirigiu-se rapidamente para a janela. Por detrás dela ouviu-se uma voz masculina:
— Que aconteceu, Marah?
— É um canalha — replicou ela. — Vou meter-lhe uma bala na cabeça se continuar a dirigir-se para aqui.
— Marah!
— Deixe-me, avô! Quer ser posto na rua? Com essa fera não se pode pactuar. Além disso..., onde temos o dinheiro para lhe pagar..., no caso de ele o querer?
E terminou a longa frase com o cano apontado para Mac Gregor e o dedo tenso sobre o gatilho. Iria ensinar a arte das boas maneiras ao novo dono do «Três Barras» ..., mas com chumbo!
— Larga a arma, Marah! Acima de tudo, ele é o dono...
— Um raio que o parta, avô!
O final da frase coincidiu com o disparo da arma. Mac Gregor encolheu-se sobre a sela e deteve «Thunder». As frases finais de quando a rapariga se despedira dele, soaram-lhe aos ouvidos. Levantou, pois, as mãos em ar de paz.
Por detrás da janela, Marah, permaneceu indecisa. As palavras do avô, ressoavam ainda na habitação. Esperou. Depois viu que o ginete fazia avançar o cavalo em direção à cabana.
— Fique aonde está, Mac Gregor! Fique aonde está ou mato-o!
— Larga a arma, pequena. Venho em paz.
— Que o diabo me leve se acredito nisso!
Então Mac Gregor saltou do cavalo. A bala roçara-lhe a aba do chapéu. Raios partissem Marah Stivens! A malvada atirava bem! Mac Gregor fez este raciocínio quando já corria em ziguezague em direção às árvores.
Marah fez fogo de novo e a bala enterrou-se no chão junto dos pés do jovem. Este soltou uma praga e correu ainda mais.
Alcançou as árvores sem que Marah Stivens tivesse continuado a disparar. De uma para outra foi avançando até à cabana. Tinha de entrar nela de qualquer forma. Tinha ido para falar com aquela mulher e fá-lo-ia, apesar das suas cinquenta espingardas.
Oferecer-lhe-ia dinheiro para que abandonasse Cheyenne. Não a queria próximo do «Três Barras», nem tão-pouco na povoação. É que Mac Gregor tinha medo. Medo de urna mulher.
E isto ainda não o sabia apesar de o seu subconsciente lhe ordenar que a tirasse dali da melhor maneira possível.
Da janela, Marah perdeu-o de vista por entre as árvores. Permaneceu uns momentos pensativa, indecisa. Depois correu para a parte detrás da casa.
O homem tentaria entrar pela janela. Mas iria encontrar uma bela surpresa! O ancião que repousava numa cadeira de rodas olhou para ela quando passou junto dele como urna seta.
— Não sejas louca, Marah. O homem não disparou um único tiro. Se o fizesse...
Mas ela nem sequer olhou para o decrépito e paralítico ancião. Respondeu já com a espingarda apontada para o lado de fora da janela, onde esperava vê-lo aparecer:
— Vou matá-lo, avô. É a única maneira de estarmos a salvo aqui. Tratou-me...
O seu lindo rosto crispou-se numa careta perante a recordação. Porque a ela jamais a tinham tratado assim. Como se fosse uma «tipa» qualquer. Transtornada pelo ódio que julgava ter contra Mac Gregor continuou a vigiar atentamente, sem saber ao certo o que iria fazer. Tinha-o tido ao alcance do tiro, podia tê-lo morto com uma só bala e limitara-se a disparar em ar de aviso. E agora, tão pouco estava muito certa, e apesar de as suas palavras anteriores, de querer verdadeiramente matá-lo. Teria razão o avô? Porque não o escutar?
Continuou olhando nervosamente para as árvores. Mac Gregor não dava sinais de vida. Ter-se-ia ido embora?
Precisamente nesse momento o jovem chegava junto da casa, mas pela parte da frente. Ou seja, ao ponto donde a rapariga disparara pela primeira vez.
Bom conhecedor do género humano, Mac Gregor tinha adivinhado todos os movimentos de Marah Stivens e apresentava-se no local que ela acabava de abandonar.
Com a decisão que caracterizava todos os seus actos, alcançou a parede da casa. Para ele, devido à sua elevada estatura, foi questão de segundes lançar as mãos ao parapeito, tomar balanço e passar através da janela como um verdadeiro gato.
— Largue essa arma, menina — disse brandamente.
Marah voltou-se como um raio encarando-se com Mac Gregor que a olhava da outra dependência com o rosto tenso. Mas não levantou a espingarda, não obstante o jovem ter as mãos afastadas das armas. Pelo contrário. Encostou-a junto da parede e depois sentou-se.
— Sente-se, já que está cá dentro, Mac Gregor.
O jovem obedeceu, vendo o ar de desalento estampado no belo rosto da rapariga. Depois reparou no enrugado e sarmentoso paralítico. O seu olhar ia de um para o outro até que este falou:
— Queira sentar-se, senhor Mac Gregor.
Mas este não o escutava, olhava agora para a rapariga.
— Que foi fazer a minha casa? — disse de repente.
Marah atacou como uma fera:
— O mesmo que o senhor à minha. Incomodar. Só o que é que eu entrei pela porta.
— Ora! Parece que se esquece de qualquer coisa, menina. Que esta também é minha.
— Eu não te disse, avô! Vem para nos pôr na rua! Que pena não lhe ter metido uma bala no corpo!
E de soslaio olhou para a espingarda.
— Não tente fazer nada, menina! Nem pensar nisso. Perdeu a sua oportunidade..., e não terá outra.
Marah endireitou-se sobre a cadeira ao verificar a rudeza das palavras de Mac- Gregor. Talvez lhe tivesse replicado azedamente, mas o paralítico interveio nesse momento.
— Rogo-lhe que se sente, senhor. Gostaria de conversar consigo.
— Qual conversar, qual carapuça, avô! Que se ponha a mexer quanto antes! É uma fera como Kennedy. Um grosseirão além de tudo mais!
Mac Gregor voltou a olhar para ela. Depois...
— Cale o bico, sua intrometida! Isto é assunte para homens. E Mac Gregor sentou-se enquanto os lábios Marah voltaram a formar aquele perfeito oh. Mas desta vez não saíram deles qualquer exclamação. A sua dona tinha-se limitado a enrubescer intensamente, acabando por levar as mãos ao rosto. E nessa atitude prestou atenção à conversa dos dois homens.
—Faz favor de falar, avozinho.
— Ora, senhor Mac Gregor! Que quer que lhe diga depois do tratamento que deu à minha neta no «Três Barras»? Fique sabendo que fui eu que mandei lá.
E com esta frase pensou desconcertar Mac Gregor que não se atrapalhou, visto que o jovem lhe replicou imediatamente:
— E quem diabo é o senhor?
Por instantes o ancião remexeu-se inquieto na cadeira. Marah afastou as mãos do seu rosto e pareceu querer trespassá-lo com os olhos. Mas permaneceu calada tal como Mac Gregor. Este aguardou a resposta do paralítico, que não tardou a chegar:
— Chamo-me Kit Stivens. Meu filho John era cavaleiro do «Três Barras». Mataram-no quando perseguia uns ladrões de gado. Isto foi há anos. A minha neta era então muito pequenina. A mãe, tinha morrido quando ela nascera. Marah ficou sob o meu amparo. Vivíamos relativamente bem até que caí daquele maldito cavalo. Desde então ficámos para aqui. O casal Silver foi bom para nós. Mandaram construir esta casa. Agora venderam o «Três Barras». Por isso mandei a minha neta. Queríamos saber... Mas o senhor...
Stivens olhou para o jovem que se pusera em pé, perguntando:
— E que espera de mim?
— Que não nos ponha na rua.
— Ora, avozinho! Não gosto de intrusos nas minhas terras.
Marah remexeu-se inquieta na cadeira, mas continuou sem nada dizer.
— Nunca fomos intrusos no «Três Barras», senhor Mac Gregor. Mas se..., se nos puser na rua...
— Não supliques, avô! Nada adiantarás! É um...
— Cala o bico... se não!...
E Marah emudeceu novamente, furiosa consigo própria ao verificar quão pouco lhe custava obedece àquele energúmeno. A pergunta seguinte surpreendeu por igual a net, e o avô.
-- De que vivem?
— Marah lava a roupa do «Três Barras». Vai vivendo assim.
Por resposta, Mac Gregor aproximou-se da rapariga sem que nenhum deles pudesse prever o que tencionava fazer com a sua desconcertante atitude. Esta limitou-se a erguer o rosto para olhar para ele e o jovem viu nos seus olhos um estranho desafio. Sem reparar nisso pediu:
— Dê-me as suas mãos.
— Para quê?...
— Dê-me as suas mãos, menina. Quero vê-las.
E ao acabar de dizer isto pegou nelas. Marah tentou esquivar-se ao mesmo tempo que se punha em pé. Mas não pôde. Aquelas tenazes eram demasiadamente poderosas para ela. Portanto, sem outro caminho a seguir, esperou que Mac Gregor as soltasse.
— Que viu nelas, Mac Gregor? Nos seus olhos havia ironia, que se transforme,' em assombro quando ele lhe perguntou:
— Sabe ler e escrever?
Durante uns segundos não soube que responder. Mas a seguir pulou sobre a cadeira como se sobre esta tivessem surgido alfinetes... e explodiu:
— Mas, que ideia faz de mim, seu estúpido? Que sou alguma selvagem? Fique sabendo que estudei... o suficiente para ensinar alguém em qualquer lado. Mas há o avô... Seria a sua morte se eu o tirasse daqui. Ainda... não sei para que diabo lhe estou a contar isto!...
Mac Gregor fez um gesto e ela calou-se repentinamente, olhando-o de um modo estranho.
— Amanhã espero-a no «Três Barras». Às nove. Pancho dar-lhe-á um cavalo a seu gosto. Parta a galope até Cheyenne e compre qualquer coisa..., mas que não sejam esses farrapos. Percebeu a ferazinha?
Ela corou perante a clara alusão ao seu vestido, e alguma coisa de subtil julgou perceber naquelas palavras. Transformada num basilisco e deitando chamas pelos olhos, exclamou:
— Basta de asneiras, seu canalha! Guarde a porcaria do seu dinheiro. Por quem me toma? Mas eu..., isto é o cúmulo...
Sufocava. A paixão que punha nas suas furiosas palavras não a deixavam falar, oportunidade que aproveitou Mac Gregor para continuar a falar com perfeita calma.
-- Devolverá o dinheiro com aquilo que ganhar. No rancho dir-lhe-ei o que deve fazer. Ou tem medo?... Se assim é pode ficar até que apodreça de velha..., se é esse o seu desejo. Eu não costumo avassalar velhos nem mulheres. E muito menos estou enamorado de si, Marah Stivens. Não gosto de feras.
E sem esperar o assentimento da rapariga ou que ela lhe dissesse obrigado ou lhe atirasse com alguma coisa à cabeça pelo seu contraditório comportamento.
Mac Gregor girou sobre os seus altos tacões e saiu da casa deixando a rapariga muda de assombro. Quando Marah reagiu do seu espanto, o galope do «Thunder» perdia-se na distância. Então voltou-se como uma fera encarando-se com o avô.
— Não vou, avô! — disse. — Que leve o diabo esse tal Mac Gregor do inferno! Não vou! Já disse que...
— Tu é que sabes, minha filha. Mas pensa que seria uma boa coisa para ti. Ou tens medo?...
Era a mesma pergunta que formulara Mac Gregor. Mas aos ouvidos de Marah soou de maneira diferente. Porque era verdade. Portanto não replicou à pergunta. Se se enamorasse daquele basilisco, este rir-se-ia da menina que se atrevera a erguer os olhos para uma estrela. Mas estava o avô que fora um pai para ela. Teria direito a negar-se? Que fazer?
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