sábado, 22 de janeiro de 2022

BUF129.13 Espanto numa família de gente séria


O cavaleiro chegou ao galope da sua montada ao «rancho» de Jenning Lawer. Apeou-se de um salto e correu para o alpendre, gritando: 

— Senhor Lawer! Senhor Lawer! 

Donald levantou-se e saiu ao encontro do vaqueiro. 

— Que é que há? — perguntou. 

— Bacher... 

— Que sucedeu? — inquiriu Donald, com marcado interesse. 

— Bacher e os dois homens que estavam presos com ele desapareceram. Ontem à noite, já de madrugada, um mascarado deu-lhes a liberdade. 

—Ontem à noite? — repetiu Donald, empalidecendo. 

— Sim. O ajudante do xerife ouviu umas vozes na rua e, ao sair, encontrou-se com o cano de um revólver que lhe apontava. Em seguida, amarraram-no e amordaçaram-no, fechando-o numa cela. 

— Essa agora! Foi certamente algum amigo desse assassino, a quem não apanhámos, que o libertou. Que havemos de fazer? 

— Obrigado, rapaz. 

O vaqueiro afastou-se e Donald correu para dentro de casa. Na sala de jantar, Jenning Lawer, a mulher e Hazel falavam de James. 

— Ernest Bacher fugiu da prisão! — exclamou Donald, sem quaisquer preâmbulos. 

Depois, relatou os factos que o vaqueiro lhe havia contado, sem afastar os olhos do pai. 

— Que queres dizer com isso, Donald? — perguntou o pai. 

— Eu... Bem... nada, não quis dizer nada — balbuciou o rapaz. 

— Não me surpreenderam as tuas palavras, Donald. Esperava qualquer coisa parecida. James é um rapaz agradecido. E alegra-me muito que assim seja. Eu também era assim. 

Donald abriu os olhos, com o assombro refletido neles, fitou a mãe e a irmã e seguidamente, dando meia-volta, abandonou a sala, encolhendo os ombros. 


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