Vários homens, munidos de picaretas e pás, sob o comando de um desconhecido, haviam principiado a abrir umas galerias na extremidade do terreno correspondente ao rancho Coleman, meso junto da vedação que delimitava a propriedade.
Ante o assombro de Gregory e de Freg que se revezavam na vigilância dos trabalhos de extração do metal que tinha de ser crivado e lavado no regato, aqueles indivíduos pretendiam abrir uma contramina justamente na altura do atual filão explorado mais intensamentedo que nunca por Elbert e seu sobrinho.
O que mais os intrigou foi verem Wilbur dando instruções aos novos mineiros assim como a irónica saudação que dirigiu aos vizinhos da «Mina Alma», demonstrando uma falsa cordialidade em que era mestre consumado.
- Viva, rapazes! Não tarda que nos encontremos por aí abaixo. A Lei está a nosso favor. Suponho que não levarão a mal que exploremos os n ossos terrenos, não é assim?
- Os teus terrenos, Wilbur? – perguntou, surpreendido e alarmado ao mesmo tempo, Elbert.
- Ah! Esqueci-me de lhes dizer! É que Carlos Coleman e eu associámo-nos. Ele dá o terreno e eu trato da sua exploração e de tudo o mais que se relacione com o metal.
- Malditos! – balbuciou Elbert. – Esses patifes vão pregar-nos uma ignóbil partida. Observa como agora aprofundam verticalmente na linha da divisão, mas, depois de terem escavado alguns metros para baixo, hão-de passar-se para as nossas galerias sem que possamos controlar sem deter o avanço.
Donald, que até aí se limitara a observar o grupo de homens de Wilbur, disse, elevando a voz:
- Vou a Sacramento a fim de confirmar ou retificar sobre a separação destas duas terras. Quando a papelada estiver pronta já vocês terão aprofundado bastante. Podem ir até ao inferno se assim o entenderem maslivrem-se de pensar em dirigir a mina para o nosso terreno, porque, nesse caso,…
- Que acontecerá? – interrogou inocentemente Wilbur.
- Acontecerá que não viverás para o ver, criador de pilecas. Lembra-te disso!
Ainda se ouviam as gargalhadas de Wilbur quando Donald e Elbert entraram na sua cabana.
(Coleção Bisonte, nº 54)
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