Judite, estendida na palha, ouviu o tiro. O vento levou-o
até ao seu refúgio com uma profética nitidez. Vencida pela dor, os olhos fixos
nas trevas, sentiu que um soluço a afogava, apertando a sua garganta.
Com ambas as mãos gemendo como um animal ferido, procurou
voltar-se de bruços, metendo os braços pela palha. Fê-lo bruscamente como se
quisesse enterrar-se nela.
Foi então quando as suas mãos tocaram algo brando, quieto,
frio…
Tão brando, tão quieto e tão frio como o cadáver de um
homem…
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