
A meio da tarde, Suzan apareceu a vigiar a maneira como o trabalho estava a ser feito. Chegou inclusivamente a dar uma ajuda aqui e além. Tex, vendo o brilho que ela trazia nos olhos, aproximou-se para lhe dizer:
- Dá-me a impressão que a menina gosta muito disto...
Ela confirmou com um aceno de cabeça.
- Creio que tenho todos estes trabalhos metidos na massa do sangue. Às vezes penso que nunca poderia viver noutro sítio que não fosse este rancho.
- Tenho muita pena, mas não penso da mesma forma. Um rancho significa estar agarrado ao mesmo lugar, escravizado para todo o sempre ao mesmo pedaço de terra. E eu gosto de ar livre, de mover-me à minha vontade, de ir de um lado para o outro sem estar preso seja ao que for.
Suzan olhou-o por uns instantes.
- Você pertence àquela classe de indivíduos que sempre foram uma carga inútil numa sociedade tranquila e laboriosa como é a nossa.
Dizendo isto, retirou-se.
(Coleção Búfalo, nº 59)
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