Chegado a Turner, Evans dirigiu-se ao "saloon". Deixou o animal completamente solto, empurrou as duas portas e foi ao balcão, não ligando importância ao silêncio que se fizera, à sua entrada.
— Um uísque. E uma informação — disse para o empregado —. O meu nome é Clark Evans. Ouvi dizer que aqui, em Turner; dois "amigos" me procuravam. Onde poderei encontrá-los?
— Não sei do que está falando — gaguejou o empregado.
Evans estava em frente do espelho e pôde, por isso, responder, imediatamente:
— Já não faz falta a sua informação, amigo. Agora, afaste-se. E um bom conselho...
Acabara de ver, através do cristal, abrirem-se as portas batentes para darem entrada às figuras sinistras de Pete Still e Jass Cummins. Pouco tinham mudado, desde a última vez que os vira.
Still trazia um solitário "Colt", bem à vista, mas Evans sabia que ele tinha sempre uma "Derringer" no bolso do lado direito, enquanto Cummins exibia dois “Colts" de calibre máximo, além da navalha que tinha no cano da bota direita, uma navalha que lançava com a mesma destreza que um índio ou um mexicano.
Esperou que chegassem a seu lado, no balcão, para dizer:
— Boas noites, Still Cummins. Voltamos a encontrar-nos.
— Olá, Evans. Procurávamos-te.
— Eu sei. Por isso vim.
Um sorriso sarcástico desenhou-se nos lábios de Cummins.
— Não digas isso que me dá vontade de chorar... Bem, deixemo-nos de conversas. Queremos o nosso dinheiro, Evans....
— Isso já foi há muito tempo.
— Ainda assim, queremo-lo — proferiu, com voz suave, Still.
O sorriso com que Evans respondeu era gelado.
— Burton e Tracy também o queriam.
— Sim…? — a pergunta de Still foi levemente irónica —. E diz-me: quanto lhe deste?
— Nada. Eles, como tu e esse que está a teu lado, também queriam os tais cinquenta mil dólares. Mas foram sem eles.
— Sim? — repetiu Still —. E esperas que acredite?
— Não. Mas posso dizer-te para onde foram. Ou não te interessa sabê-lo?
— Para onde foram, então? — replicou o outro, com expressão sardónica.
— Para o mesmo sítio para onde vocês os dois irão, Still. Para o inferno: Foram para Lá, com
um par de onças de chumbo, dentro deles.
Um pesado silêncio se seguiu a estas palavras, enquanto os últimos frequentadores do “saloon", começaram a deslizar para fora, sem ruído, até deixarem o local completamente vazio.
— Não quererás fazer-nos acreditar que os mataste, não é verdade? — rompeu Cummins o silêncio.
Evans encolheu os ombros.
— Podes acreditá-lo ou não, que pouco impor-ta, Cummins. Mas o que podes crer é que morrerás dentro de cinco minutos, se não deres meia volta e saíres de Turner.
— Creio que estamos perdendo tempo, Evans — exclamou Still, em tom conciliador —. Diz-nos onde estão esses dólares, reparti-los-emos e o assunto fica concluído.
A réplica soou rápida aos ouvidos dos dois. Talvez demasiado rápida.
— É inútil continuar por esse caminho, Stiil. Gastei esse dinheiro e agora não tenho nem um centavo. Está claro?
— Como a água — respondeu Still, acrescentando —: Vamo-nos! Já nada temos que fazer aqui.
— Eu fico, Still — disse o outro. — Não compreendes que nos está enganando?
— És um imbecil, Cummins — disse Still, soltando uma gargalhada. — Claro que nos está a enganar. Ele não gastou esse dinheiro e arrecadou-o em qualquer parte. Compreendes? De forma que vai ser ele mesmo quem nos conduzirá até junto da "massa". A partir de agora, tu e eu vamos ser a sombra de Evans. Mais tarde, ou mais cedo, ele terá de ir pelos dólares. Nesse momento, falarão as armas e... que vença o melhor.
O outro fez um gesto de desagrado, deu meia volta e pôs-se ao lado de Still que caminhava para a salda. Evans voltou-lhe as costas e cravou os olhos no espelho. Estavam no centro do "saloon" quando, repentinamente, Still tocou com o cotovelo em Cummins. Logo, os dois se voltaram para Evans, empunhando os "Colts".
Evans saltou de costas para a esquerda, girou sobre a ponta do pé direito e o local encheu-se dos estalidos das detonações e de pequenas nuvens de fumo branco, envoltas em relâmpagos vermelhos de fogo.
Um segundo mais tarde, Still com as mãos na cara caiu para trás como um saco, enquanto Cummins era lançado contra uma das mesas com os impactos das balas que recebera em pleno peito. Ali ficou, numa posição tragicamente cómica, morto, quase antes de chegar ao solo.
Evans lançou-lhes um olhar frio, abriu o “Colt", voltou a carregá-lo, lentamente, e, sem olhar para trás, saiu para a rua.. Subiu para o cavalo, pensando em Josias Bolton e no segredo que ele guardava com tanto zelo, que nem sequer o tinha dito a Sigrid. A cabeça do cavalo apontava para o Sul e o seu destino era o Texas. Fazer o que pensava, podia ser o princípio do fim. Tudo dependeria da sorte. Três meses mais tarde, alcançava o seu destino.
— Um uísque. E uma informação — disse para o empregado —. O meu nome é Clark Evans. Ouvi dizer que aqui, em Turner; dois "amigos" me procuravam. Onde poderei encontrá-los?
— Não sei do que está falando — gaguejou o empregado.
Evans estava em frente do espelho e pôde, por isso, responder, imediatamente:
— Já não faz falta a sua informação, amigo. Agora, afaste-se. E um bom conselho...
Acabara de ver, através do cristal, abrirem-se as portas batentes para darem entrada às figuras sinistras de Pete Still e Jass Cummins. Pouco tinham mudado, desde a última vez que os vira.
Still trazia um solitário "Colt", bem à vista, mas Evans sabia que ele tinha sempre uma "Derringer" no bolso do lado direito, enquanto Cummins exibia dois “Colts" de calibre máximo, além da navalha que tinha no cano da bota direita, uma navalha que lançava com a mesma destreza que um índio ou um mexicano.
Esperou que chegassem a seu lado, no balcão, para dizer:
— Boas noites, Still Cummins. Voltamos a encontrar-nos.
— Olá, Evans. Procurávamos-te.
— Eu sei. Por isso vim.
Um sorriso sarcástico desenhou-se nos lábios de Cummins.
— Não digas isso que me dá vontade de chorar... Bem, deixemo-nos de conversas. Queremos o nosso dinheiro, Evans....
— Isso já foi há muito tempo.
— Ainda assim, queremo-lo — proferiu, com voz suave, Still.
O sorriso com que Evans respondeu era gelado.
— Burton e Tracy também o queriam.
— Sim…? — a pergunta de Still foi levemente irónica —. E diz-me: quanto lhe deste?
— Nada. Eles, como tu e esse que está a teu lado, também queriam os tais cinquenta mil dólares. Mas foram sem eles.
— Sim? — repetiu Still —. E esperas que acredite?
— Não. Mas posso dizer-te para onde foram. Ou não te interessa sabê-lo?
— Para onde foram, então? — replicou o outro, com expressão sardónica.
— Para o mesmo sítio para onde vocês os dois irão, Still. Para o inferno: Foram para Lá, com
um par de onças de chumbo, dentro deles.
Um pesado silêncio se seguiu a estas palavras, enquanto os últimos frequentadores do “saloon", começaram a deslizar para fora, sem ruído, até deixarem o local completamente vazio.
— Não quererás fazer-nos acreditar que os mataste, não é verdade? — rompeu Cummins o silêncio.
Evans encolheu os ombros.
— Podes acreditá-lo ou não, que pouco impor-ta, Cummins. Mas o que podes crer é que morrerás dentro de cinco minutos, se não deres meia volta e saíres de Turner.
— Creio que estamos perdendo tempo, Evans — exclamou Still, em tom conciliador —. Diz-nos onde estão esses dólares, reparti-los-emos e o assunto fica concluído.
A réplica soou rápida aos ouvidos dos dois. Talvez demasiado rápida.
— É inútil continuar por esse caminho, Stiil. Gastei esse dinheiro e agora não tenho nem um centavo. Está claro?
— Como a água — respondeu Still, acrescentando —: Vamo-nos! Já nada temos que fazer aqui.
— Eu fico, Still — disse o outro. — Não compreendes que nos está enganando?
— És um imbecil, Cummins — disse Still, soltando uma gargalhada. — Claro que nos está a enganar. Ele não gastou esse dinheiro e arrecadou-o em qualquer parte. Compreendes? De forma que vai ser ele mesmo quem nos conduzirá até junto da "massa". A partir de agora, tu e eu vamos ser a sombra de Evans. Mais tarde, ou mais cedo, ele terá de ir pelos dólares. Nesse momento, falarão as armas e... que vença o melhor.
O outro fez um gesto de desagrado, deu meia volta e pôs-se ao lado de Still que caminhava para a salda. Evans voltou-lhe as costas e cravou os olhos no espelho. Estavam no centro do "saloon" quando, repentinamente, Still tocou com o cotovelo em Cummins. Logo, os dois se voltaram para Evans, empunhando os "Colts".
Evans saltou de costas para a esquerda, girou sobre a ponta do pé direito e o local encheu-se dos estalidos das detonações e de pequenas nuvens de fumo branco, envoltas em relâmpagos vermelhos de fogo.
Um segundo mais tarde, Still com as mãos na cara caiu para trás como um saco, enquanto Cummins era lançado contra uma das mesas com os impactos das balas que recebera em pleno peito. Ali ficou, numa posição tragicamente cómica, morto, quase antes de chegar ao solo.
Evans lançou-lhes um olhar frio, abriu o “Colt", voltou a carregá-lo, lentamente, e, sem olhar para trás, saiu para a rua.. Subiu para o cavalo, pensando em Josias Bolton e no segredo que ele guardava com tanto zelo, que nem sequer o tinha dito a Sigrid. A cabeça do cavalo apontava para o Sul e o seu destino era o Texas. Fazer o que pensava, podia ser o princípio do fim. Tudo dependeria da sorte. Três meses mais tarde, alcançava o seu destino.
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