Menard era uma povoação pacífica, em que de vez em quando se falava dos índios apaches ou do que acontecia em Oklahoma, a várias milhas de distância.
Era uma terra simples, de gente simples, com uma
história simples e de simples ambições.
O xerife também era um homem simples.
Chamava-se Dennis Blake e talvez no seu tempo não fosse um indivíduo tão insignificante como era desde que pusera ao peito a estrela de chefe da policia.
Não era de estatura muito elevada, não atingia os seis pés de altura nem os oitenta de peso. Dizia-se que os seus punhos eram de aço, e que embora não pesassem, possuíam a potência do coice de uma mula.
Também se dizia que era um mago no manejo do revólver, mas ninguém o vira manejá-lo. Trazia-o sempre no coldre, fechado por uma tira de couro já gasta.
A vida para o xerife de Menard era muito calma. Chegara um dia não se sabia de onde, puseram-lhe a estrela e ficara ali, com o ordenado de cento e cinquenta dólares mensais, acrescido das comissões nas multas que aplicasse.
O pior era que havia muito tempo não aplicava multa nenhuma, pois a gente daquela povoação texana era aborrecidamente honesta.
Por sorte, ó contrato estipulava que comeria do mesmo que os presos, e a comida era paga pela povoação, juntamente com as despesas de manutenção do gabinete do xerife; e como não havia presos ...
O caso era que Dennis Blake se contentava com a sua sorte. E isso dava azo a que se murmurassem certas coisas. Dizia-se que a sua vida anterior fora muito agitada, muito turbulenta, e que aquela paz, aquele sossego, era o que Blake precisava e, decerto, o que procurara.
Mas o xerife fazia falta. Pelo menos, a gente da terra assim pensava. Sabiam que noutras povoações, talvez mais importantes, com um censo muito mais elevado, se contentavam com um ajudante.
E Dennis também. Portanto, estavam em paz; talvez até com demasiada paz, pois às vezes, Dennis, quando recebia o ordenado, julgava necessário justificar-se.
Mas que havia de fazer? Era praticamente impossível demonstrar que ganhava cêntimo a cêntimo a centena e meia de dólares. Durante o dia, permanecia no escritório, sentado numa cadeirinha de vime, debaixo do alpendre, encostado à parede e com um gato velho, meio pelado, a dormir-lhe aos pés. Com as algibeiras repletas de tabaco, para enrolar cigarros, que no cúmulo do aborrecimento às vezes mascava.
À noite, fazia uma ronda, sozinho, com o velho revólver pendente da cintura, o chapéu deitado para a nuca e o cigarro apagado nos lábios.
Entrava num bar, verificava que ninguém armava zaragata, voltava a sair, entrava noutro; ofereciam-lhe um copo, dois, três ...
Tinha por hábito aceitar os convites até cinco vezes; os restantes recusava-os. E era um mau hábito, porque às vezes, se por um motivo qualquer não atingia a conta, tinha de se convidar a si mesmo.
Depois ia dormir. Levantava-se ao romper do dia, tomava um pequeno-almoço de café com leite e, se estava no principio do mês, bebia um golo de uísque. A seguir arrastava a cadeira de vime para o alpendre, inclinava o chapéu velho e desbotado para os olhos, encostava-se à parede e entretinha-se a ver quem passava.
Então chegava o gato e punha-se entre os seus pés, onde permanecia até que da pensão faziam sinal ao xerife para ir comer. Nunca o seguira, mas esperava-o, e era raro o dia em que o xerife se esquecia dele. Levava-lhe sempre um embrulhinho com espinhas ou restos de comida.
A tarde voltava a sentar-se, tapava a cara com o chapéu e dormitava durante uma hora, duas ou três. Acordava, enrolava um cigarro e fumava-o.
— Boas tardes, xerife.
— Boas tardes, «mister» ...
Era todo o seu trabalho, cumprimentar quantas pessoas passavam, com uma leve inclinação de cabeça e com uma frase vaga, lenta, cansada.
Às vezes, algum velho retirado da vida ativa ia fazer-lhe companhia, jogar uma partida de póquer ou qualquer outra coisa.
Depois a tarde declinava, jantava, ia à estação ver se chegara alguma coisa para ele, quer pelo correio, quer pelo telégrafo, e regressava ao escritório. Então, começava a primeira ronda, que voltava a repetir à meia-noite.
Quando fazia uma só escolhia a segunda, pois lhe parecia mais importante.
Uma vez tivera de proceder contra um mineiro bêbedo, que deixara sem luz meia rua, apedrejando os candeeiros de petróleo. Tivera de o levar de rastos para o escritório e fechá-lo numa cela. No dia seguinte o bêbedo, que era forasteiro, agradecera-lhe a pensão gratuita e seguira o seu caminho.
A sua missão como xerife estava cumprida; mas como concidadão a coisa era mais complicada. Tinha de conhecer todas as doenças daquela gente, os familiares que se encontravam longe dali, os negócios em que andavam metidos ...
— Bons dias, xerife ...
— Olá, Sam. Como está a menina?
— Ah, bem! O médico já a deixa levantar-se.
Sam afastava-se; tratava da granja de «mister» Moode.
Passava Tomkin:
— Bons dias, xerife ...
— Olá, Tomkin. Então, a tua mulher já deu à luz?
— Isso sim! Com certeza é uma menina. Para se demorar tanto ...
E Tomkin afastava-se lentamente, debaixo do sol escaldante, para ajudar o ferreiro, que embora não tivesse trabalho pelo menos colaborava no aborrecimento.
Chegava o correio. O do Leste vinha no comboio; o do Oeste nas diligências. O do Leste vinha de quinze em quinze dias; o do Oeste, quase de quarenta e oito em quarenta e oito horas.
— Notícias, Jeff?
— Estão todos bem.
--- Ótimo... isso dá-me prazer.
O cigarro na boca, baforada de fumo acre. Aborrecimento de fumar, de falar, de perguntar, de dormir ...
Mas continuava. Quando chegava a diligência, levantava-se e ia ao seu encontro. Nunca se apeava nenhum passageiro, a não ser para molhar a garganta. A diligência afastava-se e Dennis voltava a ocupar o seu lugar na cadeira de vime.
Para estes casos, e alguns mais, tinha um ajudante: o filho do homem que recolhia o lixo, o qual, desejoso de ter uma ocupação mais digna do que a do pai, lhe pedira que o deixasse ser seu ajudante. Oferecera-se gratuitamente, e até, se Dennis tivesse querido, pagaria para trazer ao peito a estrela do seu cargo.
— E grande isso de ser xerife! — dizia.
Dennis Blake encolhia os ombros. Não via tal grandeza, mas calava-se. Porque o filho do homem do lixo também costumava dizer:
— Aqui deveria votar-se para a eleição do xerife, como em todos os condados.
Decerto aspirava a ser xerife alguma vez na sua vida. Tinha muitos anos à sua frente; ainda não fizera vinte e dois. Pelo menos, poderia sonhar uns quarenta anos mais.
Naquela manhã, o filho do homem do lixo ia receber uma das maiores noticias da sua vida. Ia ser xerife por três dias!
A noticia foi-lhe dada pelo próprio Blake. A coisa foi simples.
De Llano, a povoação vizinha, chegou um cavaleiro que se dirigiu diretamente para o escritório do xerife, que encontrou sentado debaixo do alpendre, numa cadeira de vime, a mascar tabaco de fumar, com um gato entre as botas velhas.
— Olá, xerife.
—Demónio! Quem é você?
— Venho da parte de Conrad Simons.
-- Que aconteceu ao velho?
— Está doente; tem uma cara tão amarela como a cera. Eu julgo que é da idade.
Aquele tipo era texano, sem dúvida nenhuma. Dennis Blake também o era, mas do norte, de muito ao norte, da própria fronteira.
— Só da idade?
— Há dias que está de cama.
— Sim? ... Lamento.
— Pediu-lhe que lhe viesse solicitar um favor.
-- Por que não desmonta?
O emissário desmontou e subiu ao alpendre.
— Pede-lhe que vá até lá amanhã.
— Amanhã? Porquê?
— É sábado, compreende?
Era uma terra simples, de gente simples, com uma
história simples e de simples ambições.
O xerife também era um homem simples.
Chamava-se Dennis Blake e talvez no seu tempo não fosse um indivíduo tão insignificante como era desde que pusera ao peito a estrela de chefe da policia.
Não era de estatura muito elevada, não atingia os seis pés de altura nem os oitenta de peso. Dizia-se que os seus punhos eram de aço, e que embora não pesassem, possuíam a potência do coice de uma mula.
Também se dizia que era um mago no manejo do revólver, mas ninguém o vira manejá-lo. Trazia-o sempre no coldre, fechado por uma tira de couro já gasta.
A vida para o xerife de Menard era muito calma. Chegara um dia não se sabia de onde, puseram-lhe a estrela e ficara ali, com o ordenado de cento e cinquenta dólares mensais, acrescido das comissões nas multas que aplicasse.
O pior era que havia muito tempo não aplicava multa nenhuma, pois a gente daquela povoação texana era aborrecidamente honesta.
Por sorte, ó contrato estipulava que comeria do mesmo que os presos, e a comida era paga pela povoação, juntamente com as despesas de manutenção do gabinete do xerife; e como não havia presos ...
O caso era que Dennis Blake se contentava com a sua sorte. E isso dava azo a que se murmurassem certas coisas. Dizia-se que a sua vida anterior fora muito agitada, muito turbulenta, e que aquela paz, aquele sossego, era o que Blake precisava e, decerto, o que procurara.
Mas o xerife fazia falta. Pelo menos, a gente da terra assim pensava. Sabiam que noutras povoações, talvez mais importantes, com um censo muito mais elevado, se contentavam com um ajudante.
E Dennis também. Portanto, estavam em paz; talvez até com demasiada paz, pois às vezes, Dennis, quando recebia o ordenado, julgava necessário justificar-se.
Mas que havia de fazer? Era praticamente impossível demonstrar que ganhava cêntimo a cêntimo a centena e meia de dólares. Durante o dia, permanecia no escritório, sentado numa cadeirinha de vime, debaixo do alpendre, encostado à parede e com um gato velho, meio pelado, a dormir-lhe aos pés. Com as algibeiras repletas de tabaco, para enrolar cigarros, que no cúmulo do aborrecimento às vezes mascava.
À noite, fazia uma ronda, sozinho, com o velho revólver pendente da cintura, o chapéu deitado para a nuca e o cigarro apagado nos lábios.
Entrava num bar, verificava que ninguém armava zaragata, voltava a sair, entrava noutro; ofereciam-lhe um copo, dois, três ...
Tinha por hábito aceitar os convites até cinco vezes; os restantes recusava-os. E era um mau hábito, porque às vezes, se por um motivo qualquer não atingia a conta, tinha de se convidar a si mesmo.
Depois ia dormir. Levantava-se ao romper do dia, tomava um pequeno-almoço de café com leite e, se estava no principio do mês, bebia um golo de uísque. A seguir arrastava a cadeira de vime para o alpendre, inclinava o chapéu velho e desbotado para os olhos, encostava-se à parede e entretinha-se a ver quem passava.
Então chegava o gato e punha-se entre os seus pés, onde permanecia até que da pensão faziam sinal ao xerife para ir comer. Nunca o seguira, mas esperava-o, e era raro o dia em que o xerife se esquecia dele. Levava-lhe sempre um embrulhinho com espinhas ou restos de comida.
A tarde voltava a sentar-se, tapava a cara com o chapéu e dormitava durante uma hora, duas ou três. Acordava, enrolava um cigarro e fumava-o.
— Boas tardes, xerife.
— Boas tardes, «mister» ...
Era todo o seu trabalho, cumprimentar quantas pessoas passavam, com uma leve inclinação de cabeça e com uma frase vaga, lenta, cansada.
Às vezes, algum velho retirado da vida ativa ia fazer-lhe companhia, jogar uma partida de póquer ou qualquer outra coisa.
Depois a tarde declinava, jantava, ia à estação ver se chegara alguma coisa para ele, quer pelo correio, quer pelo telégrafo, e regressava ao escritório. Então, começava a primeira ronda, que voltava a repetir à meia-noite.
Quando fazia uma só escolhia a segunda, pois lhe parecia mais importante.
Uma vez tivera de proceder contra um mineiro bêbedo, que deixara sem luz meia rua, apedrejando os candeeiros de petróleo. Tivera de o levar de rastos para o escritório e fechá-lo numa cela. No dia seguinte o bêbedo, que era forasteiro, agradecera-lhe a pensão gratuita e seguira o seu caminho.
A sua missão como xerife estava cumprida; mas como concidadão a coisa era mais complicada. Tinha de conhecer todas as doenças daquela gente, os familiares que se encontravam longe dali, os negócios em que andavam metidos ...
— Bons dias, xerife ...
— Olá, Sam. Como está a menina?
— Ah, bem! O médico já a deixa levantar-se.
Sam afastava-se; tratava da granja de «mister» Moode.
Passava Tomkin:
— Bons dias, xerife ...
— Olá, Tomkin. Então, a tua mulher já deu à luz?
— Isso sim! Com certeza é uma menina. Para se demorar tanto ...
E Tomkin afastava-se lentamente, debaixo do sol escaldante, para ajudar o ferreiro, que embora não tivesse trabalho pelo menos colaborava no aborrecimento.
Chegava o correio. O do Leste vinha no comboio; o do Oeste nas diligências. O do Leste vinha de quinze em quinze dias; o do Oeste, quase de quarenta e oito em quarenta e oito horas.
— Notícias, Jeff?
— Estão todos bem.
--- Ótimo... isso dá-me prazer.
O cigarro na boca, baforada de fumo acre. Aborrecimento de fumar, de falar, de perguntar, de dormir ...
Mas continuava. Quando chegava a diligência, levantava-se e ia ao seu encontro. Nunca se apeava nenhum passageiro, a não ser para molhar a garganta. A diligência afastava-se e Dennis voltava a ocupar o seu lugar na cadeira de vime.
Para estes casos, e alguns mais, tinha um ajudante: o filho do homem que recolhia o lixo, o qual, desejoso de ter uma ocupação mais digna do que a do pai, lhe pedira que o deixasse ser seu ajudante. Oferecera-se gratuitamente, e até, se Dennis tivesse querido, pagaria para trazer ao peito a estrela do seu cargo.
— E grande isso de ser xerife! — dizia.
Dennis Blake encolhia os ombros. Não via tal grandeza, mas calava-se. Porque o filho do homem do lixo também costumava dizer:
— Aqui deveria votar-se para a eleição do xerife, como em todos os condados.
Decerto aspirava a ser xerife alguma vez na sua vida. Tinha muitos anos à sua frente; ainda não fizera vinte e dois. Pelo menos, poderia sonhar uns quarenta anos mais.
Naquela manhã, o filho do homem do lixo ia receber uma das maiores noticias da sua vida. Ia ser xerife por três dias!
A noticia foi-lhe dada pelo próprio Blake. A coisa foi simples.
De Llano, a povoação vizinha, chegou um cavaleiro que se dirigiu diretamente para o escritório do xerife, que encontrou sentado debaixo do alpendre, numa cadeira de vime, a mascar tabaco de fumar, com um gato entre as botas velhas.
— Olá, xerife.
—Demónio! Quem é você?
— Venho da parte de Conrad Simons.
-- Que aconteceu ao velho?
— Está doente; tem uma cara tão amarela como a cera. Eu julgo que é da idade.
Aquele tipo era texano, sem dúvida nenhuma. Dennis Blake também o era, mas do norte, de muito ao norte, da própria fronteira.
— Só da idade?
— Há dias que está de cama.
— Sim? ... Lamento.
— Pediu-lhe que lhe viesse solicitar um favor.
-- Por que não desmonta?
O emissário desmontou e subiu ao alpendre.
— Pede-lhe que vá até lá amanhã.
— Amanhã? Porquê?
— É sábado, compreende?
Dennis Blake compreendeu. O sábado era o único dia em que os xerifes tinham um bocado de trabalho. Ele não, porque não havia quem descesse à povoação no fim da semana, excetuando algum pastor da alta montanha, e mesmo assim apanhava um bebedeira pacifica.
Em Llano era diferente. Nos arredores havia alguns ranchos de criadores de gado e os vaqueiros apareciam à noite para se divertirem, o que sempre dava algum trabalho ao xerife e aos habitantes pacíficos, que naquela noite preferiam ir, por unanimidade dormir cedo.
Também havia mineiros. Num rio, alguém encontrara um bocado de ouro, e quase meio milhar de mãos esgaravatavam a terra febrilmente. E com um pouco de sorte, segundo as últimas noticias recebidas.
— Mau dia — protestou Dennis.
Por isso lhe trago o pedido. Durante toda a semana, temo-nos aguentado, mas — sorriu manhosamente — sabe o que aconteceria se chegassem os vaqueiros e soubessem que não havia xerife?
— Pelo que podia fazer o velho Simons ...
— Sim, mas ...
Dennis encolheu os ombros.
— Bem — respondeu — , irei.
— Mas depressa. Tem de partir agora mesmo.
— Depois de comer, não?
— Homem ...
— Você vá-se embora descansado.
— Não, prefiro esperar por si.
— Pois espere, se quiser. Vou falar com o meu ajudante e encher o estômago para a viagem. Podemos encontrar-nos aqui mesmo, quando essa sombra dai chegar até ao último degrau — disse, indicando a linha escura que formava no solo a coluna do alpendre. — De acordo?
— Se tenho de estar aqui a olhar para a sombra ... -- resmungou o outro.
Dennis Blake levantou-se e o gato velho fugiu-lhe de entre os pés. Meteu a cadeira no escritório e foi ao armazém do lixo falar com o ajudante.
Em Llano era diferente. Nos arredores havia alguns ranchos de criadores de gado e os vaqueiros apareciam à noite para se divertirem, o que sempre dava algum trabalho ao xerife e aos habitantes pacíficos, que naquela noite preferiam ir, por unanimidade dormir cedo.
Também havia mineiros. Num rio, alguém encontrara um bocado de ouro, e quase meio milhar de mãos esgaravatavam a terra febrilmente. E com um pouco de sorte, segundo as últimas noticias recebidas.
— Mau dia — protestou Dennis.
Por isso lhe trago o pedido. Durante toda a semana, temo-nos aguentado, mas — sorriu manhosamente — sabe o que aconteceria se chegassem os vaqueiros e soubessem que não havia xerife?
— Pelo que podia fazer o velho Simons ...
— Sim, mas ...
Dennis encolheu os ombros.
— Bem — respondeu — , irei.
— Mas depressa. Tem de partir agora mesmo.
— Depois de comer, não?
— Homem ...
— Você vá-se embora descansado.
— Não, prefiro esperar por si.
— Pois espere, se quiser. Vou falar com o meu ajudante e encher o estômago para a viagem. Podemos encontrar-nos aqui mesmo, quando essa sombra dai chegar até ao último degrau — disse, indicando a linha escura que formava no solo a coluna do alpendre. — De acordo?
— Se tenho de estar aqui a olhar para a sombra ... -- resmungou o outro.
Dennis Blake levantou-se e o gato velho fugiu-lhe de entre os pés. Meteu a cadeira no escritório e foi ao armazém do lixo falar com o ajudante.
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