Toda a gente na cidade conhecia o trôpego «Chefe Cherokee», velho índio fanfarrão, que vestia trapos de cores berrantes e adornava a cabeça com uma carapuça de plumas. Era, por assim dizer, o último vestígio da lendária e opulenta tribo «cherokee».
«Chefe Cherokee», apelido porque era conhecido em Enid visto o seu verdadeiro nome, desconhecido da maioria, ser uma palavra intrincada com muitas letras e difícil pronúncia, não acompanhara os seus conterrâneos, por qualquer motivo, e ficara na povoação que começava a nascer. Hoje vivia exclusivamente da caridade dos habitantes e estava tão velho, que precisava de se apoiar a um cajado nas suas curtas caminhadas. Ninguém sabia onde tinha ido arranjar o seu diadema de plumas mas este devia pertencer a um verdadeiro chefe da tribo, que na precipitação da partida o esquecera no meio das coisas inúteis.
O «Chefe Cherokee» passava os seus dias vagabundeando pela urbe, esmolando alimento e dinheiro, ou então ficava sentado nos degraus do «Estrela Prateada».
A garotada gostava de ouvir as bafientas fanfarronices do velho índio e sentava-se à sua volta, ouvindo as histórias que enriqueciam a sua imaginação infantil. Ele contava episódios de guerras entre tribos ou aventuras de caça e, uma vez por outra, permitia-se entrar como personagem das suas narrativas.
Naquela tarde, o «Chefe Cherokee» contava ao rapazio a história do cavalo branco encantado. «Chefe Cherokee» embora não perdesse a sequência à narrativa, não deixava por isso de vigiar a entrada do «saloon», porque havia sempre um ou outro que lhe dirigiam o convite que os seus ouvidos mais gostavam de ouvir:
— «Vamos a um copo, «Chefe Cherokee»?
Então, o índio agarrava-se ao cajado que ficava no chão para o ajudar a levantar e, trôpego, seguia o ofertante, sim, porque, segundo ele mesmo afirmava, a «agua-de-fogo» era a melhor coisa que os brancos possuíam! «Chefe Cherokee» viu o xerife entrar no «saloon» é ficou admirado de não lhe ter falado. Mas, quando, um quarto de hora depois, Bronco voltou a sair e se dispunha a seguir, ligeiro, pela rua, chamou-o:
— Hem, xerife! Que pressa é essa?
Jefferson parou e voltou atrás ficando por momentos a ouvir a história do índio.
— Aí vai com que beberes um copo, «Chefe Cherokee»! — e atirou-lhe uma moeda que o índio apanhou com ambas as mãos.
— Obrigado, xerife.
Bronco acenou-lhe e seguiu o seu caminho.
— Por hoje acabaram as histórias, meus amigos —disse «Chefe Cherokee».
A garotada debandou em correria. «Chefe Cherokee» entrou no «saloon» agitando de contente a mão que continha a moeda.
«Chefe Cherokee», apelido porque era conhecido em Enid visto o seu verdadeiro nome, desconhecido da maioria, ser uma palavra intrincada com muitas letras e difícil pronúncia, não acompanhara os seus conterrâneos, por qualquer motivo, e ficara na povoação que começava a nascer. Hoje vivia exclusivamente da caridade dos habitantes e estava tão velho, que precisava de se apoiar a um cajado nas suas curtas caminhadas. Ninguém sabia onde tinha ido arranjar o seu diadema de plumas mas este devia pertencer a um verdadeiro chefe da tribo, que na precipitação da partida o esquecera no meio das coisas inúteis.
O «Chefe Cherokee» passava os seus dias vagabundeando pela urbe, esmolando alimento e dinheiro, ou então ficava sentado nos degraus do «Estrela Prateada».
A garotada gostava de ouvir as bafientas fanfarronices do velho índio e sentava-se à sua volta, ouvindo as histórias que enriqueciam a sua imaginação infantil. Ele contava episódios de guerras entre tribos ou aventuras de caça e, uma vez por outra, permitia-se entrar como personagem das suas narrativas.
Naquela tarde, o «Chefe Cherokee» contava ao rapazio a história do cavalo branco encantado. «Chefe Cherokee» embora não perdesse a sequência à narrativa, não deixava por isso de vigiar a entrada do «saloon», porque havia sempre um ou outro que lhe dirigiam o convite que os seus ouvidos mais gostavam de ouvir:
— «Vamos a um copo, «Chefe Cherokee»?
Então, o índio agarrava-se ao cajado que ficava no chão para o ajudar a levantar e, trôpego, seguia o ofertante, sim, porque, segundo ele mesmo afirmava, a «agua-de-fogo» era a melhor coisa que os brancos possuíam! «Chefe Cherokee» viu o xerife entrar no «saloon» é ficou admirado de não lhe ter falado. Mas, quando, um quarto de hora depois, Bronco voltou a sair e se dispunha a seguir, ligeiro, pela rua, chamou-o:
— Hem, xerife! Que pressa é essa?
Jefferson parou e voltou atrás ficando por momentos a ouvir a história do índio.
— Aí vai com que beberes um copo, «Chefe Cherokee»! — e atirou-lhe uma moeda que o índio apanhou com ambas as mãos.
— Obrigado, xerife.
Bronco acenou-lhe e seguiu o seu caminho.
— Por hoje acabaram as histórias, meus amigos —disse «Chefe Cherokee».
A garotada debandou em correria. «Chefe Cherokee» entrou no «saloon» agitando de contente a mão que continha a moeda.
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