segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

BIS156.02 Salvo pelo pistoleiro

O rapaz deteve-se diante do assassino e de novo o seu estômago se contraiu, mas conseguiu dominar as náuseas e, passando por cima do cadáver do «apache», parou junto ao corpo retesado de Dobson.
— Arranca-me isto... suplico-te... — arquejou o assassino, enquanto uma espuma sanguinolenta lhe surgia nos lábios.
Restavam-lhe muito poucos instantes de vida e ele sabia-o, mas não queria morrer como uma barata trespassada por aquele longo alfinete «apache».
— És um assassino — disse Dieter.
— Rogo-te... rapaz... foi ideia... de Ira Holker... Ajuda-me...
Os seus olhos perderam o brilho e as suas feições relaxaram-se. Agonizava, mas continuava a segurar entre as mãos a lança que lhe lacerava o peito.
Dieter avançou um passo e com a mão direita quis desprender a arma, mas o «apache» tinha-a enterrado brutalmente e a ponta tinha ficado encaixada numa pequena fenda da rocha.
O rapaz não tinha muita força e, não podendo dispor das duas mãos, não logrou arrancar a lança.
— Uma... vez... vi...
Dieter nunca soube o que Jo Dobson tinha visto. As suas últimas palavras foram afogadas por uma golfada de sangue. O seu corpo contraiu-se e a cabeça descaiu--lhe sobre um ombro; estava morto.
Dieter, com os dentes cerrados, continuou a mover a lança até que a conseguiu desprender, e o corpo do assassino despenhou-se pesadamente. O rapaz arrancou a lança do cadáver e lançou-a o mais longe possível. Em seguida, olhou à sua volta com os olhos avermelhados.
O espetáculo que se oferecia ante eles não era muito agradável.
Seis «apaches» caídos nas mais grotescas posições. Karl Ritter e Cole Treger com os rostos fundidos na camada de pó e areia que cobria o solo do desfiladeiro. Collins e Walter mortos ao pé da grande rocha e, um pouco mais afastado, o cadáver de Joe Siedel.
Por fim, o corpo de Dobson, tombado sobre o cadáver do «apache» que o havia trespassado com a sua lança. Completavam a cena os corpos dos cavalos e da mula.
— É horroroso! — exclamou Dieter, deixando-se cair ao lado do cadáver de seu pai.
Um estranho torpor estava a apoderar-se dele e os corpos dos mortos começavam a mover-se, como se neles ainda existisse vida. Tinha febre e o ferimento do ombro doía-lhe terrivelmente.
Compreendeu que se ficasse ali morreria irremissivelmente.
Com a mão direita, recolheu o relógio de seu pai, a carteira, o cachimbo e a pele de coelho onde o velho Karl tinha desenhado a localização do jazigo mineiro. Em seguida, lançou fora o seu inútil revólver e apanhou o de calibre «45» que Karl não havia chegado a tirar do coldre. O rapaz colocou-o entre a camisa e o cinto das calças.
Levantou-se e foi então que descobriu um dos cavalos dos assassinos. O animal devia estar acostumado aos disparos porque não se tinha praticamente afastado do local. Havia outros cavalos mais distantes, mas Dieter não tinha forças para andar. A febre tinha-se apoderado dele e tremia como uma folha sacudida por um furioso vendaval.
— Um dia regressarei a Desolação para matar Ira Holker, pai — murmurou o rapaz.
Em poucos minutos, Dieter tinha sofrido uma grande transformação. Tinha deixado de ser um rapaz para se tornar um homem. Andando com grande dificuldade, dirigiu-se para o cavalo.
Conseguiu montar, depois de várias tentativas, e segurando-se ao arção com a mão direita golpeou os flancos do animal com os tacões das botas. Afastou-se em direção ao Norte, procurando a corrente do Salt River.
Cavalgava muito inclinado para a frente e cada passada do cavalo causava-lhe dores terríveis. Saiu do desfiladeiro deixando os cadáveres atrás de si, e quando se tinha afastado pouco mais de meio quilómetro os abutres abateram-se sobre os corpos sem vida.
Mas Dieter não os viu. A febre tinha-o deixado à beira da inconsciência e oscilava perigosamente sobre a sela de montar. O instinto do animal levou-o até à água. Faltavam apenas umas vinte jardas para atingir a margem do rio quando Dieter escorregou da sela e rolou pelo solo.
O cavalo afastou-se lentamente na direção da corrente.
O rapaz ficou inconsciente. Nunca conseguiu saber o tempo que permaneceu naquele estado. Quando recobrou o conhecimento era completamente de noite.
A escuridão era completa e no céu não brilhava uma única estrela. Uma suave brisa soprava vinda do Norte e Dieter encheu os pulmões com o ar fresco da noite. Tentou erguer-se. Teve a impressão de que cem garras de puma lhe rasgavam o ombro esquerdo e que uma mão invisível vertia chumbo fundido para dentro da sua ferida.
O seu corpo era uma brasa ardente e os calafrios percorriam-lhe o corpo em todas as direções, fazendo-lhe bater os dentes. Tinha os lábios secos e gretados. A língua parecia ter adquirido o dobro da sua espessura normal e quando um gemido se escapou da sua garganta não reconheceu a sua própria voz. A sede tinha-se transformado num tormento.
Começou a arrastar-se como um verme, fundindo as unhas na terra e deixando bocados de carne e de pele entre as pedras; mas não sentiu qualquer dor por esse facto.
Um instinto desconhecido empurrou-o para a água, e quando chegou à margem do Salt River mergulhou o rosto na corrente e bebeu com avidez, até que os ouvidos começaram a zumbir-lhe.
Ouviu o ruído que o cavalo produzia ao mover-se na sombra e pensou que nunca mais voltaria a montá-lo. Sentia-se desfalecer e os seus olhos não conseguiam divisar nada para além dos dois metros de distância. Ficou estendido ao lado da água, procurando a sua frescura.
Tinha arrepios de frio e, no entanto, a cabeça e o ombro esquerdo ardiam-lhe como se alguém tivesse acendido uma fogueira em cima deles. Perto do amanhecer, ouviu o aulido de um coiote e o piar de uma coruja. Em seguida, mergulhou novamente num longo torpor, muito parecido com a morte.
Foi assim que Read Cline o encontrou duas horas mais tarde, quando se dispunha a atravessar o Salt River para pôr a maior quantidade possível de terra e água entre ele e os três homens que o perseguiam para acabar com ele a tiro e poderem receber os dois mil dólares que ofereciam pela sua cabeça.
Read Cline era um homem alto, seco, de feições angulosas e nariz de ave de rapina. Tinha completado cinquenta anos uns meses antes, mas mantinha-se tão forte como um roble.
Usava calças pretas, •uma labita bastante coçada, da mesma cor, e um chapéu de copa alta com as abas para baixo, segundo o hábito dos quacres. Mas ele não o era. Os quacres não andavam armados e Read, sob a coçada labita, usava um cinturão-cartucheira duplo com os coldres muito baixos e presos às coxas com finas correias de pele. Dois pesados revólveres de calibre «45», de brilhantes coronhas gastas pelo uso, acomodavam-se neles.
No comprido coldre da sela usava uma reluzente «Winchester» modelo «73». Não, Read Cline não era um quacre. Além do mais, em todo o território do Arizona, ofereciam dois mil dólares pela sua cabeça, mesmo que a entregassem separada do tronco.
Read era um pistoleiro e, naquele momento, fugia do território porque estava cansado de matar. Desejava encontrar um lugar seguro onde fosse completamente desconhecido. Uma semana antes, tinha entrado num povoado chamado Red Rock e acabara por ter de matar um homem , mais um a acrescentar à sua longa lista.
Três amigos do morto seguiram a sua pista para tentarem conseguir o que aquele não havia conseguido: receber os dois mil dólares que ofereciam pela cabeça de Read. Este não desejava matar, e como já ia nos cinquenta anos não sentia desejos de glória. Era de opinião que já tinha a suficiente. E era precisamente a sua fama que impelia os outros homens a matá-lo, ou antes, a querer matá-lo.
Read decidiu que fugir não era nenhuma cobardia e que, ao fazê-lo, salvara a vida dos três malditos loucos que se haviam empenhado em receber a recompensa. Mas, ao descobrir o corpo de Dieter, os planos de Read sofreram uma profunda alteração.
Desmontou ao lado do rapaz e voltou-se de boca para cima. Franziu o sobrolho ao descobrir a ferida e, seguindo os costumes de todos os cavaleiros solitários, começou a falar em voz alta, dirigindo-se ao seu cavalo.
— Creio, «Black», que esse rapazinho precisa da nossa ajuda. Houve alguém que lhe fez um buraco na pele e se o não socorrermos morrerá.
O cavalo de Read não pareceu muito interessado naquele assunto porque começou a mordiscar a erva fresca que crescia na margem do Salt River.
— Receio mudá-lo de sítio, pois pode morrer durante a operação — continuou Read, em voz alta.
Levantou-se, e dos seus alforges tirou uma pequena farmácia.
Usava-a sempre, pois durante toda a sua vida houvera ocasiões em que ele tinha sido médico de si próprio. Acendeu uma pequena fogueira, embora soubesse perfeitamente que o fumo atrairia os seus três perseguidores como o mel atrai as moscas.
— Lamento, amigos, mas o rapaz precisa de ajuda. Não posso deixá-lo morrer como um cão abandonado —disse Read, com pena na voz.
Com as suas hábeis mãos, começou a limpar a ferida com água fervida. Fê-lo com grande cuidado para evitar que no seu interior ficasse algum fragmento da camisa de Dieter.
Quando terminou, ligou-a cuidadosamente, e, em seguida, chegou um frasco de uísque aos lábios gretados do rapaz.
— Acho que ainda és demasiado jovem para beber um licor tão forte, mas vai ajudar-te a recobrar o conhecimento — disse, quando Dieter começou a tossir.
Levantou-se e amarrou os dois cavalos, o seu e o do rapaz, ao tronco de um dos salgueiros que se elevavam na margem, e, em seguida, pensando que os seus três inimigos já teriam descoberto o fumo, fez um pouco de café, dizendo:
— Mesmo que apague a fogueira, os três estúpidos que me seguem já devem ter descoberto o meu rasto e obrigar-me-ão a lutar. Ora se tenho de lutar e morrer, é melhor fazê-lo com as tripas quentes.
Read Cline não era um pistoleiro por conta de outrem. Na realidade, nunca tinha querido ser um homem conhecido pela sua fama no manejo das armas, mas o Destino tinha-lhe pregado uma triste partida.
Tudo havia começado quando tinha dezoito anos e matara um conhecido bandido que assaltou o «rancho» de seu pai. Foi um disparo que mudou toda a sua vida.
Matou o bandido por pura casualidade, mas os outros não o entenderam assim; e todos os homens desejosos de ganharem fama dirigiram-se ao «rancho» dos Cline para matar Read. Este teve de defender a sua vida a tiro... e assim começou a sua fama de pistoleiro.
Teve de abandonar o «rancho», esperando que ao mudar de residência o deixassem tranquilo. Mas enganou-se.
A sua fama acompanhou-o por todo o lado, e quando se viu obrigado a matar um xerife que se havia empenhado em demonstrar-lhe que era mais rápido, a sua cabeça foi posta a prémio e converteu-se num fora-da-lei. Read Cline, cuja única ambição tinha sido ser «rancheiro», como seu pai, viu-se obrigado a fugir constantemente e a ser um proscrito por cuja captura, morto ou vivo, se ofereciam dois mil dólares.
Quando Dieter recobrou o conhecimento, descobriu o nariz do pistoleiro muito perto do seu rosto, mas não sentiu qualquer receio porque Read sorria-lhe amavelmente.
— Como te encontras, rapaz? — perguntou o pistoleiro.
— Tenho frio — respondeu Dieter.
— Ainda tens febre — salientou Read, que havia tapado o rapaz com a sua única manta.
— Quem é você? — indagou Dieter.
— Um homem que foge, mas sou teu amigo. Como te chamas?
—Dieter Ritter, senhor.
— O que te aconteceu, Dieter? — perguntou Read, apanhando o frasco de uísque para que o rapaz bebesse outro trago. Dieter contou-lhe tudo o que se passara, sem lhe ocultar nada. Falou-lhe, inclusivamente, no jazigo de prata e mostrou-lhe o plano que seu pai havia desenhado.
— Se regressares agora a Desolação, Ira Holker acabará contigo. Transformaste-te numa testemunha muito perigosa para ele — comentou Read.
— Irei a Phoenix e registarei a mina — disse Dieter.
— Não to aconselho, rapaz. Ao fazê-lo, descobririas a sua localização e uma nuvem de aventureiros, assassinos e canalhas como Holker, caíram sobre a mina... e tu és demasiado jovem para a defender a tiro.
— Que devo fazer, senhor? — perguntou Dieter.
— Esperar. E difícil que descubram a mina de teu pai, e quando fores mais velho já a poderás defender — aconselhou Read, lançando um olhar para o Sul.
Uma pequena nuvem de pó, que se erguia a menos de três quilómetros, indicou-lhe a localização dos seus inimigos. Antes de uma hora tê-los-ia em cima. E ~ente os poderia afastar a tiro. Sabia que perderia miseravelmente o seu tempo se tentasse falar com eles, a pedir-lhes que o deixassem em paz.
— Dois mil dólares e a fama de terem matado Read Cline é algo que não deixarão fugir — murmurou.
— Dizia alguma coisa, senhor? — perguntou Dieter, que havia fechado os olhos.
— Que descanses. Antes que anoiteça far-te-ei um novo tratamento ao teu ferimento — respondeu Read, afastando-se do corpo do rapaz. 
Empunhou a «Winchester» e verificou as munições existentes na câmara. Estava disposto a matar os três homens que o acossavam. Pensou que eles já tinham vivido bastante e que Dieter era ainda uma criança.
— Se eles me matarem, não se preocuparão com o rapaz. Devem estar ansiosos por regressar ao povoado, para mostrarem o meu cadáver e receberem a recompensa. E se levarem Dieter, ele morrerá pelo caminho — murmurou, enquanto se afastava.
O seu sentido de dever impedia-o de abandonar o rapaz. Ainda seriam precisas umas duas semanas até Dieter se achar em condições de cavalgar.
— Creio que apenas eu posso cuidar dele... e já sofreu demasiado durante as últimas horas — disse, ao estender-se por detrás de um grande pedregulho que lhe serviria de parapeito.
Os seus inimigos de momento não tardariam a aparecer e Read preparava-se para lutar. Agora, não ia limitar-se a defender a sua vida, mas também a de Dieter Ritter.
O primeiro cavaleiro surgiu na curva do amplo desfiladeiro que terminava na margem do Salt River. Deteve--se para examinar o terreno que se estendia diante dele. Ao descobrir a fogueira e o corpo de Dieter envolvido na manta, lançou um grito de aviso e os outros cavaleiros apareceram com grande rapidez.
— Parece-me que o facto de acabar com três tipos, que desejam matar-me apenas para receber uns dólares, não será nenhum delito grave. Enojam-me porque são piores que as feras. Estas matam apenas quando têm fome, mas eles querem acabar comigo por dinheiro —
disse Read, como se desejasse justificar-se perante si mesmo.
Manteve-se imóvel, até que o primeiro cavaleiro se encontrou a menos de trinta metros do seu esconderijo. Pôde ver os três rostos contraídos pela cobiça e pelo desejo de matar.
Apesar daqueles três homens terem disparado anteriormente contra ele em duas ocasiões, não quis acabar com eles sem lhes mandar uns tiros de aviso. Fez fogo três vezes consecutivas, com grande rapidez, e o chumbo fundiu-se entre as patas dos cavalos, fazendo que um deles se encabritasse.
— É melhor regressarem ao povoado! — gritou Read.
— Maldito pistoleiro! — exclamou um dos seus inimigos.
Sacou o revólver e disparou contra a pedra que protegia Read. Os projéteis uivaram sinistramente ao ricochetearem e perderem-se no céu sem nuvens. Read, deliberadamente, escolheu o terceiro cavaleiro, o que estava mais afastado.
Aquilo tinha a sua explicação. Se aquele homem conseguisse fugir iria ao povoado e regressaria com outros homens ansiosos de receberem a recompensa. E aquilo não interessava a Read, visto que teria de passar duas semanas ao lado de Dieter, cuidando dele e caçando para lhe proporcionar alimentos. Levantou a carabina com lentidão e apertou o gatilho logo que a silhueta do seu perseguidor ficou no enfiamento da ranhura da alça com o ponto de mira.
O cavaleiro abriu os braços, como se quisesse abraçar a brisa do Norte, e tombou por terra, lançando um grito de morte.
Read baixou um pouco o cano da «Winchester» e, antes que o segundo cavaleiro pudesse fazer fogo com o seu revólver, apertou o gatilho e meteu-lhe um balázio no centro do peito.
O terceiro inimigo saltou do cavalo, no mesmo instante em que o segundo cavaleiro caía entre as patas da sua montada, e correu desesperadamente à procura de um abrigo.
Read disparou e o homem deu um terrível salto. Ainda estava no ar quando um segundo balázio lhe destroçou a cabeça. Read não desejava que os seus inimigos sofressem.
Não sentiu nenhum júbilo nem tão-pouco compaixão quando abandonou o seu parapeito, empunhando a carabina fumegante. Para ele, os três homens que acabavam de morrer eram piores que répteis.
Tinha-os matado por necessidade, para evitar que eles o matassem a ele e, depois, ao levarem Dieter com eles, o matassem também. Isto, na hipótese de chegarem a preocupar-se com o rapaz.
Não o lamentava porque naquela região selvagem, ninguém podia continuar a viver se se deixasse arrastar pelos sentimentos. Já corria um sério perigo ao ficar ao lado de Dieter.
— Mas, neste caso, não posso esquecer-me dos meus sentimentos. O rapaz ainda não começou a viver — disse, a meia voz, enquanto ia em busca dos cavalos.
Lembrava-se que Dieter se queixara que tinha frio e pensou que nas montadas dos seus inimigos encontraria mais mantas e, certamente, algumas provisões.
Não se enganou. Quando regressou ao lado de Dieter, este olhou-o com os olhos avermelhados e perguntou-lhe:
— Era Ira Holker, senhor?
— Não, mas pareciam-se imenso.
— Estão mortos, não é verdade?
— Sim — limitou-se Read a responder, tapando o rapaz com outra manta.
— Não quero que ninguém mate Ira Holker. Hei-de ser eu a matá-lo — assegurou Dieter.
— Sabes manejar uma arma? — indagou Read.
— Não, mas você ensinar-me-á — respondeu Dieter, como se não tivesse qualquer dúvida acerca disso.
O rapaz fechou os olhos e mergulhou num sono profundo.
Duas semanas mais tarde, o pistoleiro e Dieter Ritter atravessaram a corrente do Salt River e cavalgaram na direção do Este.
Dirigiam-se para o Novo México, onde Read poderia viver tranquilo porque ali desconheciam a sua fama... ou pelo menos, era isto o que ele pensava.
Dieter cavalgava à sua esquerda. Tinha perdido o seu pai, mas havia encontrado um excelente amigo. Já não se encontrava sozinho na vida.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário