O volume nº 54 da Coleção Califórnia é uma obra de Cliff Bradley com o título «O cantor do Texas». Podia pensar-se que se trata de uma obra onde a canção e a paisagem detêm um papel principal, mas a verdade é que ela é portadora de uma carga dramática assinalável como pode adivinhar-se a partir dos três parágrafos que seguem.
Eram dois homens exatamente iguais. As mesmas feições, o mesmo sorriso, a mesma destreza no disparo, a mesma capacidade para dedilhar uma viola.
Um dia separaram-se e foram percorrer o Oeste. Um deles envolveu-se com uma rapariga que era «pertença» de um perigoso pistoleiro.
No duelo daí decorrente, a arma encravou-se na funda, foi abatido e enterrado no cemitério de Dodge City
.Breve, o outro soube do que se tinha passado e, seis meses depois, ali chegou para vingar a morte do irmão, semeando o pânico entre a população que julgou estar perante um fantasma quando a sua voz, acompanhada da viola, cantava versos que pareciam fazer recordar o que se passara.
Na sua companhia, seguiu uma jovem desprotegida de insuperável beleza, gerando-se um romance que atingiu o ponto culminante bem antes de a novela terminar.
Resta dizer que este texto de Cleff Bradley exibe muitas das qualidades deste autor, embora não se consiga libertar de algumas aleivosias reacionárias e racistas e, por outro lado, não seja dotado de uma tradução brilhante. Mas contém algumas passagens bem divertidas devido à atuação do espectro e outras de romantismo acentuado.
Vamos proceder à sua publicação…
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