domingo, 2 de fevereiro de 2014

PAS242. Que esperas de bom desse homem, formosa menina?


Tinha chegado até ali sem fazer barulho, ou seria ela que o não tinha ouvido, enfronhada nos seus pensamentos como estava. Agora estava ali, estavam sós…
- Bom… bons dias… - balbuciou, enquanto não sabia se havia de secar os braços ou levantar-se.
Ele continuou com olhar sério:
- Assustei-a?
- Sim… um pouco…
- Vi-a lavando e não pude resistir à tentação. Desculpe-me. Como estão todos os seus?
- Bem, obrigado…
Onde estavam todas aquelas frases que tinha preparado? Agora ele estava ali em frente, de olhar fixo, falando suavemente… e ela não sabia que dizer.

- Crê que serei bem recebido se subir ao rancho para os cumprimentar?
- Eu creio… que sim…
- Obrigado. Vou buscar o meu cavalo.
Virou-se e chamou o seu cavalo que se aproximou rapidamente. Levantando-se, Debbie olhou com intensidade. Estava tão nervosa como se lhe tivessem trocado o sangue por azougue. Quando ele montou e atravessou a corrente chegando ao seu lado, voltou a engolir a saliva e desviou o olhar…
Jim apeou-se e aproximou-se dela.
- Sei que não deveria ter vindo – disse. – Mas um impulso mais forte do que eu a isso me obrigou.
- Eu… Nós estamos-lhe agradecidos pela… sua ajuda de outro dia na estrada…
- Refere-se aos bandidos que queriam queimar-lhe o carro? Não teve importância.
Debbie atreveu-se a fixá-lo nos olhos.
- Porque não se deu então a conhecer? E… porque foi a Sedona dizer a Orry Lander que nos deixasse em paz?
Ele olhava-a muito sério.
- Podia dar-lhe muitas explicações, mas só uma é verdadeira. Quer conhecê-la?
O coração de Debbie deu um salto, fixando-se-lhe na garganta. Negou rapidamente, demasiado rapidamente…
- Não, não! Não… me interessa…
Ele esboçou um triste sorriso.
- Compreendo. «Cholla» Jim não é homem de quem se possa esperar alguma coisa de bom…
(Coleção Arizona, nº 52)

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