Chattahoochee, mil oitocentos e vinte e quatro.
Dezasseis anos haviam decorrido desde que «Cabeça de Alce» quase provocara uma nova guerra entre os brancos e o povo «cherokee». Johnny ,entretanto, convertera-se num mocetão, hábil caçador, forte com os punhos e certeiro com os ainda rudimentares revólveres.
Depois de alguns anos de ausência, Sam Erikman decidira ficar, definitivamente, em Chattahoochee. O que antes não passava de uma simples cabana, onde ele e o filho estavam algum tempo todos os anos, trans-formara-se numa pequena granja. E ainda que o forte caçador, a quem os anos pareciam não pesar — contava, à altura, quarenta e sete — conser-vasse o seu antigo vigor, pensou que vinha sendo tempo de assentar em algum lugar, abandonando aquela vida de nómada.
Por outro lado, Johnny, com vinte e seis anos, já tinha idade suficiente para ir pensando em fixar-se num sitio determinado e fora ele, precisamente, quem escolhera Chattahoochee para viverem. Sam conhecia, de sobra, os motivos daquela escolha. Os encantadores motivos que tanto fascinavam o filho.
Sim. Nirva contava dezoito anos, dezoito maravilhosas primaveras num corpo esbelto e sadio, tez morena pelo ar saudável das montanhas Cherokees. Para ela fora a primeira visita do jovem, quando regressaram.
— Oh! Parece-me que, de cada vez que te vejo, te encontro mais bonita.., e crescida.
— Estiveste muito tempo sem aparecer. Foram dois anos...
— Contas o tempo?
— Sim. Sei contar como os meus pais e os brancos.
Johnny compreendeu que nunca lhe haviam falado, claramente, da sua procedência; ainda que ela soubesse pertencer também à raça branca, parecia sentir-se «che-rokee» acima de tudo.
— Deverias ter tido muitos pretendentes — insinuou Johnny, desviando o olhar para as águas do arroio, na margem do qual se encontravam sentados.
— Oh! Não faço caso deles. Creio que não há nenhum que me agrade o suficiente.
Johnny celebrou-o, Intimamente, e acabou por demons-trá-lo com um amplo sorriso.
— Gosto muito de ti — sussurrou, — muito, Nirva.
Acercou-se mais da jovem, buscando os seus lábios. Sentia-se atraído pela perturbadora beleza feminina e aquele ia ser o seu primeiro beijo, um beijo que não era de saudades mas sim de verdadeiro amor... No entanto, algo o deteve. Umas vozes, por entre o arvoredo, não permitiram que consumasse o seu desejo.
— Quem será? — perguntou Nirva, num murmúrio, percebendo que não eram os «seus» quem falava, e surpreendida pela estranha presença de forasteiros naquelas paragens.
Johnny levantou-se e aproximou-se, cheio de curiosi-dade, dos primeiros arbustos. Contudo, uma voz obrigou-o a parar:
— Poderemos comprar toda a montanha. Os «che-rokees» não levantarão nenhuns entraves em no-la vender...
— Porquê comprar o que nos é possível obter sem desembolsar nada?
Nirva acercara-se, também, e Johnny fez-lhe sinal para que se mantivesse em silêncio. Com extrema precaução, alcançaram a rocha, por detrás da qual tinha lugar o estranho diálogo. Johnny deu-se conta que deveriam ser três os homens, ao ouvir uma voz que, até então, estivera calada:
— Larry tem razão. Há um método infalível que nos permitirá apoderarmo-nos de tudo. Queimamos o acam-pamento ,urna noite destas, e assunto resolvido!
Nirva abriu os olhos de espanto, e Johnny, com o dedo nos lábios, pediu-lhe que não fizesse qualquer comentário. Depois, ainda com maiores precauções, rodeou a rocha pelo lado do arroio, disposto a ver quem seria o trio com tão trágicas intenções.
— Que dizes a isso, Larry? — quem falava era um tipo de estatura meã, enxuto de carnes, armado com um enorme revólver, e que fazia altar na palma da mão algo que parecia uma pedra.
O aludido Larry, que aparentava ser o chefe do trio, murmurou:
— Eu só sei que isto é uma verdadeira montanha de ouro e que não vou perder a oportunidade de me tornar rico.
— Montanha que será nossa propriedade, Larry! — exclamou o de mediana estatura.
— Há que actuar com cautela, Clive. Clive era quem fazia saltar a pequena pedra que pas-sava, agora, de mão em mão.
— É a terceira pepita que encontramos numa semana. Nunca as tinha visto deste tamanho e Fergusson assegu-rou que era ouro puro.
O terceiro do grupo, um tipo corpulento que respondia pelo nome de Farrell, retorquiu:
— Não lhe disseste onde a encontrámos, eh?
— Claro que não; não sou nenhum idiota — irritou-se Clive.
Larry deu por terminada a conversa.
— Bom, acho melhor irmos embora. Não convém que nos vejam por aqui.
— Se quiseres, esta noite faremos a visita ao acampa-mento. Será fácil, verás. Não ficará uma palhota de pé.
— De acordo; será esta noite.
E os três homens montaram ,dispostos a partir.
— Falaram de arrasar o nosso acampamento! — excla-mou a jovem, visivelmente perturbada.
Não conseguira conter-se e a sua voz foi ouvida por Larry.
— Que foi isto?
— Vamos! — murmurou Johnny, puxando a jovem para um local mais seguro. Atravessaram o arroio e, na outra margem, embrenha-ram-se pelo denso arvoredo.
Larry, Clive e Farrel estavam já à beira da água, olhando em todas as direcções.
—Havia aqui alguém; alguém que esteve a escutar a nossa conversa — disse o chefe do trio.
—Há que bater estas redondezas, imediatamente—propõe o corpulento Farrell.
— Se se inteiram dos nossos planos, poderá ir tudo por água abaixo.
— Vamos! — concordou Clive.
Separaram-se, a fim de procurar cada qual pelo seu lado. Larry, «sacando» o revólver, fora categórico:
— Não quero testemunhas. Se encontrarem alguém, disparem primeiro e perguntem depois.
Farrell encaminhou-se para o local aonde Nirva e Johnny permaneciam imóveis. Cautelosamente, pronto a servir-se do revólver, o cor-pulento bandido aproximava-se. Johnny agachou-se, disposto a tomar impulso no momento preciso.
— Assim que eu salte sobre ele, corres para o acam-pamento e avisas o teu pai — sussurrou ao ouvido de Nirva,.
—E tu ?
— Não te preocupes.
— Eles são três, Johnny.
— Eu cá me arranjarei. Ao fim e ao cabo, acabariam por descobrir-nos. Mais vale acabar com isto quanto antes.
Farrel estava já a muito curta distância. Johnny levantou-se, de um salto, ao mesmo tempo que o outro se voltava, com intenção de disparar. Com uma certeira pancada no braço, o jovem desarmou-o, e, simul-taneamente, pontapeou-o numa canela. O bandido dobrou-se para a frente e Johnny aproveitou tão soberana oportunidade para lhe bater com as costas da mão, à laia de cutelo, no pescoço. O gigante cambaleou, aturdido, mas não tardou a recompor-se, esgrimindo os punhos, na tentativa de passar ao ataque. Johnny sabia que teria de se desfazer, prontamente, do sujeito antes que os outros aparecessem, atraídos já pelo barulho da luta.
— Corre, Nirva! — gritou, vendo que a jovem perdia uns preciosos segundos, indecisa.
Hàbilmente, esquivou o demolidor murro do gorila e conseguiu socá-lo no estômago. Farrell suportou bem o soco e logrou, ao segundo intento, acertar um murro no queixo de Johnny, que rolou algumas jardas pelo chão. O facínora voou, positivamente, para ele, mas Johnny, com extrema agilidade, rodou sobre si mesmo, levando o outro a chocar, violentamente, com o duro chão.
O jovem Erikman aproveitou a oportunidade e socou-o, por duas vezes seguidas, na nuca. Farrel, que se encontrava já de joelhos, caiu, pesada-mente, no chão.
Clive, espectador da última parte da luta, disparou o revólver que empunhava. Johnny saltou a tempo de evitar o mortal chumbo quente e, depois, tomando impulso, correu para o novo adversário que, leogicamente, não tivera tempo de recarregar a arma. Desfazer-se de Clive numa luta corpo-a-corpo ser-lhe-ia muito mais fácil do que fora despachar o corpulento Farrell. O bandido, no entanto, conseguiu esquivar a acometida e apoderou-se de um grosso tronco, que esgrimiu contra o joyem, obrigando-o a recuar, um tanto atabalhoadamente.
Entretanto, Larry, que também se acercara, pôde observar a corrida de Nirva e optou por se concentrar na jovem. Não tardou a alcançá-la, quase no cimo da ladeira. Nirva quis gritar, mas Larry tapou-lhe a boca com a mão, ao mesmo tempo que a agredia com a coronha do revólver, levando-a a perder os sentidos.
Mais abaixo, a luta entre os dois homens continuava. Johnny, com raro oportunismo, conseguiu agarrar o braço de Clive e torceu-lho, brutalmente. O bandido rugiu de dor e o jovem soltou-o, para lhe mandar, acto continuo, um violento soco no rosto, que Clive acusou, cambaleando e acabando por cair.
Aguçou-se o fino ouvido de Johnny. Sabia que faltava o terceiro sujeito e estranhou que ele ainda não tivesse aparecido. Talvez estivesse a ser observado, de algum ponto estratégico, e, por isso, andou com o maior cuidado.
Farrell, o gigante, remexia-se, perto dele. Estava a recobrar os sentidos. Então, surgiu Larry. Não vinha de arma em riste, mas sim com Nirva no braços.
— Cuidado, rapaz! Johnny voltou-se.
— Nirva!
— É tua amiga, não é verdade? Uma «cherokee»! Tu estavas com ela!
—Deixe-a!
— Não estás em condições de dar ordens, rapaz! Lestamente, Larry deixou cair Nirva e «sacou» o revólver. Por nítido instinto, Johnny saltou para o lado, ficando quase colado a Farrell, que começava a soerguer-se, ainda bastante aturdido.
— Os dois sabem demasiado... — continuou Larry.
Johnny, fazendo gala de uma extraordinária rapidez de reflexos, lançou-se contra Farrell que, desesperada-mente ,tentou libertar-se. No entanto, os poderosos braços do jovem rodearam-no, e Johnny conseguiu situar-se atrás dele.
— Pois bem, maldito! A vida dela em troca da do teu amigo.
Larry pareceu hesitar. Farrell tentava escapar daquele verdadeiro abraço de urso, sem, contudo, o lograr.
— Este tipo acabará por me partir o braço. Não dis-pares, Larry! Resolveremos isto noutra ocasião.
O bandido, porém, continuava na dúvida.
— E que importa ? Achas que alguém ajudará esses sujos «cherokees»?
— Tu e os teus amigos são muito mais sujos do que eles — disse Johnny, torcendo-lhe mais o braço. — Largas ou não o revólver, Larry? Vamos, obedece e soltarei o teu amigo!
Enquanto falava, Johnny avançou uns quantos passos, obrigando o dorido Farrell a caminhar à sua frente. Queria aproximar-se de Nirva, que continuava no chão, inconsciente, tal como Clive, perto do arroio. Larry, finalmente, resolveu-se a atirar a arma para o chão.
— Solte-me! — rugiu Farrell. — Ainda não. Afasta-te da rapariga, Larry!
O bandido obedeceu, espreitando a menor oportunidade de conseguir que as coisas voltassem a estar, de novo, a seu favor. O jovem «sacou» o revólver e, só então, libertou Far-rell.
— Agora, quietos! A carga deste revólver não é brin-cadeira nenhuma. Vamos, um para o lado do outro!
Larry e Farrell juntaram-se, enquanto Johnny, sem os perder de vista, procurava reanimar a jovem.
— Nirva, Nirva, sou eu... Acorda, Nirva... A jovem começou a mexer-se, aturdida, e Johnny aju-dou-a a levantar-se.
— Recolham o vosso amigo e preparem-se para uma pequena viagem.
Nirva parecia recordar já tudo o que acontecera.
— Oh, Johnny...
—Escuta, Nirva... Tens de regressar ao acampa-mento... Eu levarei estes sujeitos ao capitão Morgan, para que conheça os seus planos. Pouco depois, a rapariga galopava ladeira acima, em direcção ao povoado «cherokee».
Johnny, apontando o revólver aos três homens (Clive também já despertara), ordenou-lhes:
— Vamos. A pé!
Os três bandidos obedeceram, parecendo conformados com o que lhes acontecera. Mas Larry ainda tinha uma palavra a dizer. Dissimuladamente, extraiu uma faca de entre as roupas, disposto a usá-la à mais pequena opor-tunidade.
No seu trajecto até ao forte de Chattahoochee, o pequeno grupo atravessava uma vereda rochosa, que estreitava em cotovelo. Larry apertou, fortemente, a faca, pensando que aquele era um bom sítio para atacar. Fez um sinal que os outros dois compreenderam e, no momento que achou mais oportuno, voltou-se, inesperada-mente, procurando surpreender Johnny. O jovem compreendeu o perigo demasiado tarde e não pôde evitar ser atingido.
A folha de aço enterrou-se-lhe num ombro e, com um grito de dor, Johnny caiu do cavalo, soltando a carabina que acabara por empunhar para manter os outros em respeito.
— A ele! — gritou Larry.
Mas Johnny, apesar da forte dor que sentia, conseguiu «sacar» o revólver e disparar. Clive, atingido numa perna, caiu de bruços, depois de vários tropeções. Todavia, o jovem parecia à mercê da-queles tipos. As suas reacções tornavam-se demasiado lentas e, quando voltou a disparar, já os outros dois fací-noras se encontravam resguardados atrás de uma rocha.
Mas algo inesperado veio em ajuda do jovem, que começava a sentir como as forças se lhe escapavam.
Tratava-se de um pelotão, sob as ordens do veterano sargento da guarnição de Chattahoochee.
— Soldados! — exclamou Larry.
— Temos de sair daqui — replicou Farrell, com visível contrariedade. — Maldita sorte esta! Gostaria de poder ajustar contas com esse intrometido...
Johnny, a rastejar, procurara a protecção de uma rocha próxima do caminho. Os dois bandidos ajudaram Clive e só tiveram tempo de recolher os cavalos que Johnny trouxera atrás do seu. Fugiram, ràpidamente, quando já o sargento e os soldados estavam à vista. Johnny mal pôde assomar a cabeça, para se dar a ver. O sargento, ao observar a faca, exclamou:
— Céus! Que aconteceu?
O jovem já não pôde responder; caiu para o lado, inconsciente.
Naquela mesma noite, no forte, Johnny, bastante me-lhor e com o ferimento devidamente vendado, relatava a Morgan o ocorrido. O antigo capitão Morgan era, agora, coronel e coman-dante da guarnição.
— O capitão Harys fez uma batida a esses locais, mas não conseguiu dar com os tipos. O sargento saiu, também, em sua busca ,e ainda não regressou.
— É necessário manter uma cerrada vigilância no acampamento «cherokee» — murmurou Johnny. — Esses sujeitos encontraram ouro e quererão afastar os índios seja por que preço for. E isso seria o principio de outra guerra, coronel.
— O meu filho tem razão — aduziu Sam, que assistia à conversa. — Enquanto essa gentalha andar à solta, todos estaremos em perigo.
— Ofereço-me para os encontrar.
— Não estás em condições de o fazer, Johnny. O feri-mento é bastante grave — retorquiu Sam, que tratara ele próprio o filho, quando o sargento o trouxera.
— Sinto-me bem, pai. E este assunto terá de ser resol-vido quanto antes.
O coronel Morgan acenou a cabeça repetidas vezes.
— Pressinto que iremos ter aborrecimentos e dos grandes.
Morgan não se enganava. O sargento Ryder bateu, nesse momento, à porta, pe-dindo licença para entrar. Terminara a sua batida e vinha dar conta do que se passara.
— Seguimos umas marcas no chão. Pertenciam a três cavalos e um deles tinha uma ferradura partida. Infeliz-mente, perdemos essa pista.
— Para onde se dirigiam ?
— Para Oeste.
— Onde perdeu a pista? — perguntou Johnny.
— Na «Corrente do Diabo». Desceram-na e, nas rochas, foi-me difícil seguir a pista.
— Deveriam ter escapado pelo riacho — murmurou Sam Erikman, pensativo.
— Agora, será muito difícil persegui-los — observou Johnny. — Tanto poderão ter ido para o Norte como para o Sul. De qualquer modo, o seu esconderijo não deverá ser muito longe.
O coronel ajuntou:
— Já é de noite e será melhor regressarem a casa. Mandarei alguns homens para o povoado «cherokee», ainda que pense que não se atreverão a atacar tão cedo.
Johnny assentiu.
— Também penso o mesmo, coronel. Mas acabarão por fazê-lo, se não dermos com eles.
Tão-pouco Johnny se enganava nas suas deduções.
Os três homens haviam-se refugiado na zona rochosa das montanhas. Do alto de uma pequena meseta, podiam observar perfeitamente, a planície e os múltiplos caminhos que serpenteavam por entre as colinas.
— Maldita sorte! Agora, vai ser tudo mais difícil—resmungava o hercúleo Farrell.
— Temos de pensar qualquer coisa... As vezes, o que não se consegue pela força, consegue-se com isto --Larry levou o dedo indicador à testa.
— Que queres dizer? — perguntou Clive, que trazia a perna ligada e fazia constantes caretas de dor.
— Álcool... Álcool e espingardas costumam dar bons resultados. Só precisamos de atrair uns quantos «cherokees»; convidamo-los para beber e...
Ficou pensativo, dando forma ao plano que começava a conceber.
— E que ganhamos com isso? — perguntou Farrell, de mau modo. — Se incitarmos os índios a lutar, que acontecerá?
— Intervirão os soldados — replicou Clive. — Oh! Como me dói a perna... Precisava de ser visto por um médico.
— Tem animo e aguenta. Agora, não poderemos mover-nos daqui! — mastigou Larry.
— Continua com o que estavas a dizer — pediu Farrell.
— Assim que rebentar a guerra, que sucederá? — E, sem esperar resposta, prosseguiu: — Os «cherokees» serão exterminados e os sobreviventes, se os houver, terão de aceitar novas condições. Isto está a povoar-se cada vez mais e já não há lugar para os índios. Serão transferidos para outra Reserva e as terras passarão a ser propriedade de quem oferecer mais.
—Hum!... A outra maneira seria mais fácil — resmungou Farrell.
— Sim, mas agora, terão o acampamento vigiado —replicou Larry. — O amigo dessa índia já deveria ter dado o alarme.
— E falado do ouro! — lembrou Clive. — Talvez não...
— Deveremos fazer qualquer coisa, mas depressa —disse Farrell, com impaciência.
— Calma, rapazes. Fomos nós que descobrimos o ouro e enquanto os «cherokees» forem donos da montanha ninguém se atreverá a meter lá uma simples picareta.
Os outros dois ficaram silenciosos. Larry ajuntou:
— Iremos falar com Brown e ele ajudar-nos-á. Um a mais na repartição do ouro não interessa muito, e só Brown nos poderá deitar uma mão neste assunto.
Para Larry o caso parecia arrumado, e os outros dois acataram a sua resolução. De momento, não poderiam fazer outra coisa.
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