Peter fez uma careta de estupefação.
— A própria noiva do morto?... Por cinquenta mil garrafas de «whisky»! Se foi ela precisamente quem teve a culpa de te apanharem em sua casa!... Que classe de loucura é essa?
— Escuta, Peter. Tu sairás daqui esta noite à meia-noite. Restam-me ainda seis horas. E quando I ousares os pés na rua, vais direito a casa de Lídia Howells e contas-lhe as minhas suspeitas.
— Dirá que sonhaste.
— Lídia conhece perfeitamente os sentimentos de Ronald Donovan a seu respeito. Quem sabe, talvez julgue interessante a minha ideia. E a minha última oportunidade.
— Nunca ouvi maior disparate em toda a minha vida. Como vai ela prestar-se para uma coisa dessas? Teria de entrar no escritório com um revólver escondido debaixo da roupa, surpreender Smilles e Luke, apanhar as chaves e abrir-te a porta. Como vai ela fazer isso, quando se trata precisamente do homem que está condenado por ter matado o seu futuro marido?... Oh, não!