Capítulo XVI
Algo se movia na pradaria plana a perder de vista, como uma mosca caminhando sobre um tapete verde. Smith semicerrou os olhos e colocou a mão em forma de pala. O ponto ganhava volume e o texano não pôde deixar de estremecer ao verificar que aquele ponto era um cavalo índio trazendo no dorso a figura de «Grande Águia».
Dominando a sua cólera, o texano observou que, aparentemente, o feiticeiro se reintegrava no caminho, acabando por tomar um atalho. Smith ia retirar-se quando descobriu algo insólito por debaixo de si.
Deixou-se cair ao solo, estendendo-se ao comprido. O seu rosto mostrava uma expressão de perplexidade. Um a um, foram surgindo duas dezenas de índios guerreiros perfeitamente armados e escondidos nas irregularidades do terreno. Smith ficou atónito. Que significaria aquilo? Quem eram aqueles apaches? Estariam revoltados contra Collins e esperavam-no numa emboscada? E por que razão «Grande Águia» atraiçoara o jovem armazenista?
Não restavam dúvidas. Os guerreiros eram traidores a «Nuvem Negra» e obedeciam às ordens de Bates. A sua surpresa atingiu os limites ao distinguir, ocultos por detrás duma rocha, os seus dois amigos: Spain e «Corvo Louco».
Smith ia soltar uma saudação quando um fulgor metálico feriu os seus olhos. Procedia duma brecha numa rocha. Ali, com uma carabina aperrada, estava outro índio. Mas aquele não era um índio verdadeiro! Era Doyle disfarçado de índio! O cano da arma apontava diretamente para as costas do jovem agente auxiliar.
Smith, com uma velocidade espantosa, sacou o revólver e apontou para a rocha junto do pistoleiro. O tiro cortou atroadoramente o silêncio. O bandido desfechou a sua arma, mas a bala perdeu-se para além das costas de Spain. Durante uma fração dum segundo, nenhum daqueles personagens se moveu. Depois, a voz de Spain elevou-se clara e precisa:
— John Smith! Eh! Que significa isto?
O texano não teve tempo de responder. Doyle, invisível aos olhos dos índios situados mais em baixo, meteu a arma à cara e disparou. A bala incrustou-se na rocha a escassos centímetros da cabeça de Smith. E quando o texano, depois de recuperar a posição, se preparava para atirar novamente, já o pistoleiro havia desaparecido.
— Cuidado! — gritou então o texano para Spain. — Ponha os seus homens a coberto, Spain. Têm Doyle na retaguarda!
Porém, quando os índios principiaram a tomar posições, um círculo de sinistras figuras apareceu de entre as rochas. Doyle não estava só! Era favorecido por um bando de assassinos. O que se seguiu foi simplesmente horroroso.
Smith foi o primeiro a entrar em ação. Então «Nuvem Negra» e os seus homens, compreendendo que estavam cercados, aceleraram o movimento iniciado em resposta ao aviso de Smith. Os seus corpos, rastejando, desapareceram aos olhos do texano, deixando para trás alguns cadáveres. Mas pouco depois, Smith pôde ver a estratégia usada pelos peles-vermelhas.
Do labirinto de rochas, os seus corpos cor de cobre, apareceram, brilhando ao sol. Os seus gritos de guerra ecoavam na atmosfera como qualquer coisa de irreal, lançando-se em tropel contra a hoste de Doyle. À frente deles, «Nuvem Negra» brandia o seu tomahawk. O velho chefe, com hábil manobra, conseguiu tirar os seus guerreiros do cerco em que os bandidos os tinham metido.
O impacto foi violento. Smith não poderia precisar qual o tempo que a luta demorou. As armas desferiam tiros certeiros e mortais. Os punhais cruzavam o ar e incrustavam-se nas costas deste ou daquele. Alguns corpos, numa tentativa de fuga, precipitavam-se no desfiladeiro, rolando no vácuo e esmagando-se em baixo de encontro às rochas.
Smith concentrou a sua atenção, disparando quando lhe parecia oportuno, mas com enorme dificuldade, pois lá em baixo, naquela plataforma, a luta era corpo-a-corpo. De súbito, a sua atenção foi desviada para um homem que, uns metros mais acima do cenário da batalha, fugia furtivamente para o alto do morro. Doyle abandonava os seus subordinados nas garras da morte.
Smith saltou. Nos seus olhos brilhava um fulgor de gelo. Em cada mão apertava a coronha dum Navy. Doyle também ia armado. Em baixo, os pistoleiros principiaram a gritar pedindo clemência. Os dois homens encontraram-se frente a frente. Os olhos de Doyle estavam injetados de sangue e dilatados pelo terror.
— Larga as armas! — gritou-lhe Smith com voz fria. — Tudo é inútil.
Doyle soltou um rugido e os seus dois revólveres levantaram-se a um só tempo.
O texano esperou um momento, dando tempo a que o seu inimigo aperrasse as armas. Depois apertou o gatilho. Os projéteis saíram disparados com precisão mortífera, incrustando-se no peito do foragido. Os joelhos do bandido dobraram-se. As armas saltaram-lhe das mãos. Deu dois passos para trás e perdeu o equilíbrio. O abismo tragou-o.
Segundos depois um embate surdo, lá no fundo, chegou aos ouvidos do texano, avisando-o de que o corpo de Doyle se havia esmagado de encontro às rochas. Lá em baixo, a batalha havia terminado e Joe Spain gritava para os índios:
— Não os escalpem! Os apaches são um povo civilizado!
Smith sorriu. «Corvo Louco» subia pela encosta ao encontro do amigo, limpando ainda o punhal a um pedaço da camisa dum cadáver.
— Acabou-se... — E olhando o texano com um sorriso pálido, continuou: — Folgo em ver-te.
— Estás ferido?
— Uns arranhões somente.
«Nuvem Negra» andava sem pressas, dum lado para o outro, contando os seus mortos.
— Que tens tu? — perguntou Smith, notando algo de diferente na expressão do mestiço.
— Que tenho eu ?!...
— Sim!... Dir-se-ia que sentes qualquer coisa. Vê-se nos teus olhos.
O mestiço forçou um sorriso.
— Tens a certeza? Bem!... — Smith encolheu os ombros. Reunir-me-ei com vocês em Blue Lake Spring. Desceu pela vertente, e montou o seu alazão. Quando entrou no bosque, o sol escondia-se no ocaso. Não tardaria que as sombras da noite invadissem a terra. Rodeou a lagoa e aproximou-se de Spain. Este, com um pano embebido em água, limpava o sangue de várias feridas, todas elas sem gravidade. Os dois homens apertaram as mãos.
— Felicito-o.
A excitação do rapaz era imensa.
— O senhor viu? Viu que valor... que grande combate? Viu que não houve um único escalpe? Nenhum, Smith!
— Você é extraordinário!
«Corvo Louco» aproximou-se com um cigarro ao canto dos lábios.
— Não! Extraordinário, não — respondeu Spain. — Defendo a civilização.
Smith olhou o mestiço.
— Que faziam os índios aí emboscados?! —perguntou.
— Sabíamos que Bates ia enviar Doyle e os seus homens para assaltarem o transporte — explicou «Corvo Louco». — Viemos primeiro para os receber. Não foste avisado?
— Bates não estava com os homens? — perguntou o texano por sua vez.
— Não.
— Compreendo. Atraiçoou-os.
Os apaches principiaram com as suas cantilenas, encomendando aos espíritos a alma dos sete guerreiros que haviam perecido em plena juventude.
— Quem nos traiu? — perguntou Spain.
Então Smith contou o ocorrido com «Grande Águia». O olhar do jovem agente auxiliar endureceu-se.
— O feiticeiro!... Grande cão!... — murmurou entre dentes. — Um tanto melhor. Soou a hora de livrar a tribo das nefastas rezas desse patife. Hoje principia uma nova vida para o povo apache.
O canto dos guerreiros tinha uma força vibrante e patética, à luz irreal do anoitecer. Ao longe cantava um rouxinol. O corpo de «Corvo Louco» estremeceu.
— Aqui está «Nuvem Negra» — anunciou Spain.
O cacique saudou majestosamente o texano.
— Ouvi falar muito de ti, irmão branco — declarou o velho chefe. — A minha gratidão e a do meu povo elevam-se até aos deuses. Que eles façam generoso o teu coração.
Smith inclinou a cabeça.
— Tu e o teu povo, mereceram ter conquistado a paz — respondeu. — Os teus jovens guerreiros sofreram ferimentos, mas esta noite dançarão a dança da vitória. Podes anunciar à tua tribo que o reinado do perverso Bates terminou. Logo que o Grande Pai Branco saiba em Washington da verdade, o vosso irmão branco Spain será nomeado agente e a reserva ficará a seu cargo. Prometo-te, grande chefe.
— As palavras do meu irmão são a verdade e a justiça.
Minutos depois, Smith fazia um sinal ao mestiço.
— Traz o teu cavalo e apressa-te.
— E Bates?
— Bates deve estar agora emboscado em Skeleton Pass. Vamos porque os carros de Collins não devem tardar em passarem ali.
Os dois homens montaram e Spain aproximou-se, perguntando:
— Voltarei a vê-los? O texano baixou o corpo e apertou a mão que o jovem agente lhe estendia. — Só Deus conhece o Destino dos seus filhos.
Spain passou a língua pelos lábios ressequidos.
— Mas... sr. Smith. Queria expressar-lhe... talvez... queria que o senhor...
— Eu não conto, rapaz. São homens do seu temperamento que fazem falta na terra. Continue com a sua obra de civilização... e boa sorte.
«Corvo Louco» não proferiu uma só palavra. Instantes depois os dois cavaleiros afastavam--se, deixando para trás as sombras da noite. No céu apareciam as primeiras estrelas.
Algo se movia na pradaria plana a perder de vista, como uma mosca caminhando sobre um tapete verde. Smith semicerrou os olhos e colocou a mão em forma de pala. O ponto ganhava volume e o texano não pôde deixar de estremecer ao verificar que aquele ponto era um cavalo índio trazendo no dorso a figura de «Grande Águia».
Dominando a sua cólera, o texano observou que, aparentemente, o feiticeiro se reintegrava no caminho, acabando por tomar um atalho. Smith ia retirar-se quando descobriu algo insólito por debaixo de si.
Deixou-se cair ao solo, estendendo-se ao comprido. O seu rosto mostrava uma expressão de perplexidade. Um a um, foram surgindo duas dezenas de índios guerreiros perfeitamente armados e escondidos nas irregularidades do terreno. Smith ficou atónito. Que significaria aquilo? Quem eram aqueles apaches? Estariam revoltados contra Collins e esperavam-no numa emboscada? E por que razão «Grande Águia» atraiçoara o jovem armazenista?
Não restavam dúvidas. Os guerreiros eram traidores a «Nuvem Negra» e obedeciam às ordens de Bates. A sua surpresa atingiu os limites ao distinguir, ocultos por detrás duma rocha, os seus dois amigos: Spain e «Corvo Louco».
Smith ia soltar uma saudação quando um fulgor metálico feriu os seus olhos. Procedia duma brecha numa rocha. Ali, com uma carabina aperrada, estava outro índio. Mas aquele não era um índio verdadeiro! Era Doyle disfarçado de índio! O cano da arma apontava diretamente para as costas do jovem agente auxiliar.
Smith, com uma velocidade espantosa, sacou o revólver e apontou para a rocha junto do pistoleiro. O tiro cortou atroadoramente o silêncio. O bandido desfechou a sua arma, mas a bala perdeu-se para além das costas de Spain. Durante uma fração dum segundo, nenhum daqueles personagens se moveu. Depois, a voz de Spain elevou-se clara e precisa:
— John Smith! Eh! Que significa isto?
O texano não teve tempo de responder. Doyle, invisível aos olhos dos índios situados mais em baixo, meteu a arma à cara e disparou. A bala incrustou-se na rocha a escassos centímetros da cabeça de Smith. E quando o texano, depois de recuperar a posição, se preparava para atirar novamente, já o pistoleiro havia desaparecido.
— Cuidado! — gritou então o texano para Spain. — Ponha os seus homens a coberto, Spain. Têm Doyle na retaguarda!
Porém, quando os índios principiaram a tomar posições, um círculo de sinistras figuras apareceu de entre as rochas. Doyle não estava só! Era favorecido por um bando de assassinos. O que se seguiu foi simplesmente horroroso.
Smith foi o primeiro a entrar em ação. Então «Nuvem Negra» e os seus homens, compreendendo que estavam cercados, aceleraram o movimento iniciado em resposta ao aviso de Smith. Os seus corpos, rastejando, desapareceram aos olhos do texano, deixando para trás alguns cadáveres. Mas pouco depois, Smith pôde ver a estratégia usada pelos peles-vermelhas.
Do labirinto de rochas, os seus corpos cor de cobre, apareceram, brilhando ao sol. Os seus gritos de guerra ecoavam na atmosfera como qualquer coisa de irreal, lançando-se em tropel contra a hoste de Doyle. À frente deles, «Nuvem Negra» brandia o seu tomahawk. O velho chefe, com hábil manobra, conseguiu tirar os seus guerreiros do cerco em que os bandidos os tinham metido.
O impacto foi violento. Smith não poderia precisar qual o tempo que a luta demorou. As armas desferiam tiros certeiros e mortais. Os punhais cruzavam o ar e incrustavam-se nas costas deste ou daquele. Alguns corpos, numa tentativa de fuga, precipitavam-se no desfiladeiro, rolando no vácuo e esmagando-se em baixo de encontro às rochas.
Smith concentrou a sua atenção, disparando quando lhe parecia oportuno, mas com enorme dificuldade, pois lá em baixo, naquela plataforma, a luta era corpo-a-corpo. De súbito, a sua atenção foi desviada para um homem que, uns metros mais acima do cenário da batalha, fugia furtivamente para o alto do morro. Doyle abandonava os seus subordinados nas garras da morte.
Smith saltou. Nos seus olhos brilhava um fulgor de gelo. Em cada mão apertava a coronha dum Navy. Doyle também ia armado. Em baixo, os pistoleiros principiaram a gritar pedindo clemência. Os dois homens encontraram-se frente a frente. Os olhos de Doyle estavam injetados de sangue e dilatados pelo terror.
— Larga as armas! — gritou-lhe Smith com voz fria. — Tudo é inútil.
Doyle soltou um rugido e os seus dois revólveres levantaram-se a um só tempo.
O texano esperou um momento, dando tempo a que o seu inimigo aperrasse as armas. Depois apertou o gatilho. Os projéteis saíram disparados com precisão mortífera, incrustando-se no peito do foragido. Os joelhos do bandido dobraram-se. As armas saltaram-lhe das mãos. Deu dois passos para trás e perdeu o equilíbrio. O abismo tragou-o.
Segundos depois um embate surdo, lá no fundo, chegou aos ouvidos do texano, avisando-o de que o corpo de Doyle se havia esmagado de encontro às rochas. Lá em baixo, a batalha havia terminado e Joe Spain gritava para os índios:
— Não os escalpem! Os apaches são um povo civilizado!
Smith sorriu. «Corvo Louco» subia pela encosta ao encontro do amigo, limpando ainda o punhal a um pedaço da camisa dum cadáver.
— Acabou-se... — E olhando o texano com um sorriso pálido, continuou: — Folgo em ver-te.
— Estás ferido?
— Uns arranhões somente.
«Nuvem Negra» andava sem pressas, dum lado para o outro, contando os seus mortos.
— Que tens tu? — perguntou Smith, notando algo de diferente na expressão do mestiço.
— Que tenho eu ?!...
— Sim!... Dir-se-ia que sentes qualquer coisa. Vê-se nos teus olhos.
O mestiço forçou um sorriso.
— Tens a certeza? Bem!... — Smith encolheu os ombros. Reunir-me-ei com vocês em Blue Lake Spring. Desceu pela vertente, e montou o seu alazão. Quando entrou no bosque, o sol escondia-se no ocaso. Não tardaria que as sombras da noite invadissem a terra. Rodeou a lagoa e aproximou-se de Spain. Este, com um pano embebido em água, limpava o sangue de várias feridas, todas elas sem gravidade. Os dois homens apertaram as mãos.
— Felicito-o.
A excitação do rapaz era imensa.
— O senhor viu? Viu que valor... que grande combate? Viu que não houve um único escalpe? Nenhum, Smith!
— Você é extraordinário!
«Corvo Louco» aproximou-se com um cigarro ao canto dos lábios.
— Não! Extraordinário, não — respondeu Spain. — Defendo a civilização.
Smith olhou o mestiço.
— Que faziam os índios aí emboscados?! —perguntou.
— Sabíamos que Bates ia enviar Doyle e os seus homens para assaltarem o transporte — explicou «Corvo Louco». — Viemos primeiro para os receber. Não foste avisado?
— Bates não estava com os homens? — perguntou o texano por sua vez.
— Não.
— Compreendo. Atraiçoou-os.
Os apaches principiaram com as suas cantilenas, encomendando aos espíritos a alma dos sete guerreiros que haviam perecido em plena juventude.
— Quem nos traiu? — perguntou Spain.
Então Smith contou o ocorrido com «Grande Águia». O olhar do jovem agente auxiliar endureceu-se.
— O feiticeiro!... Grande cão!... — murmurou entre dentes. — Um tanto melhor. Soou a hora de livrar a tribo das nefastas rezas desse patife. Hoje principia uma nova vida para o povo apache.
O canto dos guerreiros tinha uma força vibrante e patética, à luz irreal do anoitecer. Ao longe cantava um rouxinol. O corpo de «Corvo Louco» estremeceu.
— Aqui está «Nuvem Negra» — anunciou Spain.
O cacique saudou majestosamente o texano.
— Ouvi falar muito de ti, irmão branco — declarou o velho chefe. — A minha gratidão e a do meu povo elevam-se até aos deuses. Que eles façam generoso o teu coração.
Smith inclinou a cabeça.
— Tu e o teu povo, mereceram ter conquistado a paz — respondeu. — Os teus jovens guerreiros sofreram ferimentos, mas esta noite dançarão a dança da vitória. Podes anunciar à tua tribo que o reinado do perverso Bates terminou. Logo que o Grande Pai Branco saiba em Washington da verdade, o vosso irmão branco Spain será nomeado agente e a reserva ficará a seu cargo. Prometo-te, grande chefe.
— As palavras do meu irmão são a verdade e a justiça.
Minutos depois, Smith fazia um sinal ao mestiço.
— Traz o teu cavalo e apressa-te.
— E Bates?
— Bates deve estar agora emboscado em Skeleton Pass. Vamos porque os carros de Collins não devem tardar em passarem ali.
Os dois homens montaram e Spain aproximou-se, perguntando:
— Voltarei a vê-los? O texano baixou o corpo e apertou a mão que o jovem agente lhe estendia. — Só Deus conhece o Destino dos seus filhos.
Spain passou a língua pelos lábios ressequidos.
— Mas... sr. Smith. Queria expressar-lhe... talvez... queria que o senhor...
— Eu não conto, rapaz. São homens do seu temperamento que fazem falta na terra. Continue com a sua obra de civilização... e boa sorte.
«Corvo Louco» não proferiu uma só palavra. Instantes depois os dois cavaleiros afastavam--se, deixando para trás as sombras da noite. No céu apareciam as primeiras estrelas.
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