Quando os vapores do álcool desapareceram da mente de Fred, surgiram as recordações e os remorsos. Não quis olhar para a mulher que dormitava a seu lado.
— Vai-te daqui — disse-lhe.
Lulu ergueu a cabeça e mirou-o com um sorriso cheio de ternura. Como ele se mostrasse indiferente, beijou-o, ao de leve, nos lábios.
— Vai-te embora, Lulu.
— Falas a sério?
— Sim.
Não se zangou. Inclinou-se para o jovem e voltou a beijá-lo.
— Se não fosses bonito, Fred, pediria a Garret que viesse matar-te. Ainda bem que irritámos esse ricaço presunçoso.
Fred cerrou os olhos. Não a viu vestir-se.
— Adeus, querido — murmurou a rapariga, beijando-o de novo. — Nunca te esquecerei...
Ouviu a porta abrir-se e fechar-se e logo os passos da mulher que se afastava. Então, voltou-se para o outro lado e adormeceu. Era meia-noite. Lulu entrou no «saloon» com um sorriso malicioso.
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