Belle Smith contemplou-se ao espelho e suspirou tristemente. «Frisco» era um selvagem mas nunca havia conhecido outro homem semelhante. Tal pensamento levou-a à recordação de Chuck. O xerife também a impressionava, mas, diante dele, a sua reação era diferente da que experimentava com «Frisco». Cumberlan era rígido, mas amável, duro, de poucas palavras... Diante dele sentia-se pouca coisa. Quando a olhava, parecia que lho estava a dizer com os olhos. «És pouca coisa; a tua beleza não chega para mim; não és... não representas... não sugeres... nada».
Belle passou o pente pela cabeleira.
Que atrativo teria «Virtuosa» Seam para conseguir a dedicação e o amor daquele pedaço de granito? Porque o xerife adorava-a. A ela não lhe havia escapado tal pormenor. Quando Chuck olhava «Virtuosa», estando ela distraída, as suas feições dulcificavam-se; e... quando ela se voltava para ele, adquiria de novo aquela dureza que o tornava inexpressivo.
A jovem passou os braços pela nuca e bocejou.
Talvez houvesse fogo no coração de Chuck. Recordou que, em certa ocasião, «Doc» Bellamy lhe havia dito: «Há homens tão apaixonados, que a própria violência dos seus instintos os obriga a mostrarem-se frios e indiferente». Talvez Chuck fosse um deles.
A porta abriu-se e surgiu «Frisco». Ainda não se encontrava totalmente livre dos efeitos do sono e da bebedeira. -- Bons dias, querido. Ele arqueou as sobrancelhas e olhou-a com aborrecimento.
— Que fazes aqui?
Belle soltou uma risadinha.
— Não te recordas?
Afastou-se do espelho e tentou beijá-lo, mas o pistoleiro repeliu-a.
— Deixa-me em paz! Belle Smith olhou-o, magoada.
Ele pegou num enorme alguidar de ferro lavrado, pelas asas, levantou-o e derramou toda a água que continha por cima de cabeça. Uma torrente cristalina espalhou-se-lhe pela cara, pelo tórax e encharcou-lhe as calças. Reanimado pela frescura do líquido e completamente desanuviado, «Frisco» suspirou de prazer. Em seguida, atirou o alguidar contra uma cómoda e espreguiçou-se.
-- Queres que peça o pequeno almoço ?
Ele aproximou-se da janela, pegou numa das cortinas de cores vivas e enxugou-se, esfregando a pele vigorosamente.
— Faz o que te parecer melhor.
Belle franziu os lábios com tristeza.
-- Será que já não me queres?
O pistoleiro soltou a cortina e entrou no outro aposento.
Belle seguiu-o até à porta.
— Fiz-te uma pergunta — disse com timidez.
Ele saiu com a camisa vestida, e ao mesmo tempo que segurava o cinturão e o colete com uma mão ajeitava o chapéu com a outra.
-- Vou andando.
— Não tomamos o pequeno-almoço juntos?
«Frisco» inclinou-se e deu-lhe um rápido beijo. Ao separar-se, piscou-lhe um olho.
— Não pretendas amarrar-me com as tuas enjoativas carícias, bebé. Quando me apetecer… voltarei.
Ao ficar só, Belle Smith não pode reprimir um soluço.
Belle passou o pente pela cabeleira.
Que atrativo teria «Virtuosa» Seam para conseguir a dedicação e o amor daquele pedaço de granito? Porque o xerife adorava-a. A ela não lhe havia escapado tal pormenor. Quando Chuck olhava «Virtuosa», estando ela distraída, as suas feições dulcificavam-se; e... quando ela se voltava para ele, adquiria de novo aquela dureza que o tornava inexpressivo.
A jovem passou os braços pela nuca e bocejou.
Talvez houvesse fogo no coração de Chuck. Recordou que, em certa ocasião, «Doc» Bellamy lhe havia dito: «Há homens tão apaixonados, que a própria violência dos seus instintos os obriga a mostrarem-se frios e indiferente». Talvez Chuck fosse um deles.
A porta abriu-se e surgiu «Frisco». Ainda não se encontrava totalmente livre dos efeitos do sono e da bebedeira. -- Bons dias, querido. Ele arqueou as sobrancelhas e olhou-a com aborrecimento.
— Que fazes aqui?
Belle soltou uma risadinha.
— Não te recordas?
Afastou-se do espelho e tentou beijá-lo, mas o pistoleiro repeliu-a.
— Deixa-me em paz! Belle Smith olhou-o, magoada.
Ele pegou num enorme alguidar de ferro lavrado, pelas asas, levantou-o e derramou toda a água que continha por cima de cabeça. Uma torrente cristalina espalhou-se-lhe pela cara, pelo tórax e encharcou-lhe as calças. Reanimado pela frescura do líquido e completamente desanuviado, «Frisco» suspirou de prazer. Em seguida, atirou o alguidar contra uma cómoda e espreguiçou-se.
-- Queres que peça o pequeno almoço ?
Ele aproximou-se da janela, pegou numa das cortinas de cores vivas e enxugou-se, esfregando a pele vigorosamente.
— Faz o que te parecer melhor.
Belle franziu os lábios com tristeza.
-- Será que já não me queres?
O pistoleiro soltou a cortina e entrou no outro aposento.
Belle seguiu-o até à porta.
— Fiz-te uma pergunta — disse com timidez.
Ele saiu com a camisa vestida, e ao mesmo tempo que segurava o cinturão e o colete com uma mão ajeitava o chapéu com a outra.
-- Vou andando.
— Não tomamos o pequeno-almoço juntos?
«Frisco» inclinou-se e deu-lhe um rápido beijo. Ao separar-se, piscou-lhe um olho.
— Não pretendas amarrar-me com as tuas enjoativas carícias, bebé. Quando me apetecer… voltarei.
Ao ficar só, Belle Smith não pode reprimir um soluço.
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