Glenn Bogart entrou no Armazém Geral, onde se vendia de tudo, desde um maço de cigarros a um caixão.
Depois de fazer algumas compras, pediu que lhas mandassem ao hotel, e voltou a sair.
Como se o seu aparecimento fosse um sinal, surgiu um tumulto, bruscamente, alterando a calma da povoação. Instintivamente, Bogart levou a mão à coronha do "Colt", mas retirou-a rapidamente. O alarme era produzido por um facto sem importância.
Dum golpe de vista, verificou que a causa de todo aquele alvoroço, não passava dum carro ligeiro, que irrompera num dos extremos da rua, arrastado pelo galope desenfreado dos seus dois cavalos.
O veloz veículo avançava, como um furacão de rodas, forçando toda a gente a fugir, para não ser atropelada.
Na boleia, de pé, muito direita, ia uma mulher, jovem e bonita, que parecia lutar, desesperada, com as rédeas, procurando, sem dúvida, deter a louca correria dos seus cavalos.
Bogart, pensando que a jovem estava numa difícil situação, resolveu-se a ajudá-la.
Dum salto, montou no primeiro cavalo que encontrou, lançando-o a galope, até que conseguiu emparelhá-lo com os desbocados animais que puxavam o carro. Então saltou da sela, habilmente, e foi cair no lombo dum dos cavalos de tiro. Manejando as rédeas com firmeza, pouco depois, obrigava a parelha a parar, cerca do fim da rua.
Mantendo os animais seguros pelos freios, Bogart disse, simples e cortesmente:
— Nao se assuste, menina. Já passou tudo.
A jovem, que teria apenas dezoito anos, era alta, esbelta, tinha uns olhos muito grandes e longa cabeleira, vermelha como o fogo, que lhe caía sobre os ombros. Olhou, com assombro, Bogart, medindo-o dos pés à cabeça... fulminando-o.
— Afaste-se! — exclamou, com tal acento, de irritação, que o cavaleiro ficou pasmado.
— Mas... — balbuciou Bogart.
— É forasteiro, não? Só assim se compreende que tenha cometido a estupidez de arriscar a vida, para deter a marcha dos meus cavalos.
— Oh! Eu... eu pensei que se encontrava num apuro, menina. Que os cavalos se haviam desbocado e que...
— Sei governar os meus cavalos, forasteiro! — cortou a rapariga — O que acontece é que tenho pressa. Pressa, ouviu? Portanto, afaste-se, intrometido!
Bogart teve de dar um salto para o lado, porque a brava jovem, juntando o gesto à palavra, fez estalar o chicote no dorso dos animais, corno se fosse um tiro de espingarda, e os cavalos retomaram a sua louca correria.
— Que mulher! — murmurou Bogart, coçando na cabeça — É como se fosse um furacão de saias!... Mas muito bonita.
— Essa ferazinha governa-se sozinha, forasteiro — esclareceu um velhote — Por isso, a sua intervenção a ofendeu. E uma rapariga valente!
— Não passa duma criança. Quem é ela?
— Jenny Hopper, forasteiro. O seu avô pensou, quando ela nasceu, que se acabara a raça dos Hopper. Mas nenhum homem seria capaz de superar o que essa garota está a fazer, para evitar a ruína do "Vale".
Depois de fazer algumas compras, pediu que lhas mandassem ao hotel, e voltou a sair.
Como se o seu aparecimento fosse um sinal, surgiu um tumulto, bruscamente, alterando a calma da povoação. Instintivamente, Bogart levou a mão à coronha do "Colt", mas retirou-a rapidamente. O alarme era produzido por um facto sem importância.
Dum golpe de vista, verificou que a causa de todo aquele alvoroço, não passava dum carro ligeiro, que irrompera num dos extremos da rua, arrastado pelo galope desenfreado dos seus dois cavalos.
O veloz veículo avançava, como um furacão de rodas, forçando toda a gente a fugir, para não ser atropelada.
Na boleia, de pé, muito direita, ia uma mulher, jovem e bonita, que parecia lutar, desesperada, com as rédeas, procurando, sem dúvida, deter a louca correria dos seus cavalos.
Bogart, pensando que a jovem estava numa difícil situação, resolveu-se a ajudá-la.
Dum salto, montou no primeiro cavalo que encontrou, lançando-o a galope, até que conseguiu emparelhá-lo com os desbocados animais que puxavam o carro. Então saltou da sela, habilmente, e foi cair no lombo dum dos cavalos de tiro. Manejando as rédeas com firmeza, pouco depois, obrigava a parelha a parar, cerca do fim da rua.
Mantendo os animais seguros pelos freios, Bogart disse, simples e cortesmente:
— Nao se assuste, menina. Já passou tudo.
A jovem, que teria apenas dezoito anos, era alta, esbelta, tinha uns olhos muito grandes e longa cabeleira, vermelha como o fogo, que lhe caía sobre os ombros. Olhou, com assombro, Bogart, medindo-o dos pés à cabeça... fulminando-o.
— Afaste-se! — exclamou, com tal acento, de irritação, que o cavaleiro ficou pasmado.
— Mas... — balbuciou Bogart.
— É forasteiro, não? Só assim se compreende que tenha cometido a estupidez de arriscar a vida, para deter a marcha dos meus cavalos.
— Oh! Eu... eu pensei que se encontrava num apuro, menina. Que os cavalos se haviam desbocado e que...
— Sei governar os meus cavalos, forasteiro! — cortou a rapariga — O que acontece é que tenho pressa. Pressa, ouviu? Portanto, afaste-se, intrometido!
Bogart teve de dar um salto para o lado, porque a brava jovem, juntando o gesto à palavra, fez estalar o chicote no dorso dos animais, corno se fosse um tiro de espingarda, e os cavalos retomaram a sua louca correria.
— Que mulher! — murmurou Bogart, coçando na cabeça — É como se fosse um furacão de saias!... Mas muito bonita.
— Essa ferazinha governa-se sozinha, forasteiro — esclareceu um velhote — Por isso, a sua intervenção a ofendeu. E uma rapariga valente!
— Não passa duma criança. Quem é ela?
— Jenny Hopper, forasteiro. O seu avô pensou, quando ela nasceu, que se acabara a raça dos Hopper. Mas nenhum homem seria capaz de superar o que essa garota está a fazer, para evitar a ruína do "Vale".
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