Glenn Bogart, o cavaleiro solitário, levantava o seu improvisado acampamento de uma noite, junto das montanhas, donde soprava um vento frio e penetrante.
Ele sabia que, no sopé daquelas montanhas de alvos picos, ficava o Vale Escondido.
O "vale", entalado entre montes inacessíveis, tinha uma considerável extensão de terras de bons pastos, e a água dum pequeno rio assegurava frescas forragens.
Alguns ganadeiros haviam ali construído os seus ranchos e existia, também, uma pequena povoação, tranquila, onde toda a gente vivia em paz.
Apenas algumas horas separavam aquele solitário viajante do chamado Vale Escondido.
Glenn Bogart era jovem ainda, alto, forte, mas estranho, sombrio, taciturno. Parecia um homem sem família, sem lar, um cavaleiro nómada, como havia muitos, cavalgando ao longo e ao largo do selvagem Oeste. Vinha pobremente equipado, sendo o seu cavalo e as armas, o único excelente que possuía.
Não longe dali, uns três quilómetros para o norte, junto do rio que se dirigia para o Vale Escondido, um velho vaqueiro, de barba branca, acabava de lavar a louça, que servira ao frugal primeiro almoço dos seis homens que, com ele, compunham o grupo de vaqueiros, encarregados de conduzir uma pequena manada.
De repente, como a explosão duma inesperada tempestade, a quietude do amanhecer foi abalada pelo rugir das armas de fogo, que desencadearam um inferno de chumbo e fogo sobre o acampamento.
O velho vaqueiro não era, decerto um cobarde, mas quando ouviu os tiros, os gritos e risadas dos atacantes, de mistura com o gemer dos feridos, escondeu-se entre os arbustos e, caindo de joelhos, rezou para que os traiçoeiros atacantes do acampamento o não descobrissem.
Deslizando como répteis, entre o matagal, um grupo de quase vinte indivíduos caiu sobre os vaqueiros. O primeiro a cair foi o jovem Black, que estava de sentinela. Quando deu pelo bandido que o atacava, recebeu duas balas no peito. Cambaleou e caiu para trás, de cabeça, despenhando-se no rio.
Os sonolentos vaqueiros, envolvidos por um círculo de fogo, quase não tiveram tempo de utilizar as suas armas. Rob, o capataz do grupo, a seguir os jovens Tom e Jeff, e por fim Tiger e Jonas, foram tombando, crivados de balas, numa orgia de sangue e morte.
Quando as armas se calaram, Slim, o velhote, que se refugiara entre os arbustos, à beira do rio, atreveu-se a levantar a cabeça e espreitar.
O que viu gelou-lhe ainda mais o sangue nas veias. Todos os seus camaradas estavam mortos, e os ferozes pistoleiros começavam a revistar os cadáveres, e a despojá-los de todos os valores que levavam consigo. Viu que quem comandava aqueles bandidos era Dummy, o cruel e sanguinário capataz do rancho "Manancial".
De repente, o feroz Dummy parou em frente dos cavalos. Eram seis os mortos, e havia sete cavalos!
Slim esteve prestes a desmaiar, ao compreender o que iria passar-se. Transformados em cães de fila, os pistoleiros de Dummy começaram a revistar o terreno, palmo a palmo, na caça ao homem.
Slim resolveu atravessar o rio. Era a única saída, para se afastar do terreno batido pelos pistoleiros. Do outro lado, a vinte ou trinta metros da margem, começava um bosque. Se conseguisse lá chegar...
Com a água pela cintura, protegido pelos altos arbustos da margem, que o ocultavam da vista dos seus perseguidores, Slim atravessou o rio. Ofegante, quase sem alento, correu quanto pôde, para o bosque.
Naquele momento, ouviu uma detonação, e uma bala silvou sobre a sua cabeça. Depois, alguém gritou:
— Lá vai ele! Acaba de meter-se no bosque! Vamos!
Vários dos bandidos meteram-se à água, enquanto os restantes retrocederam a buscar os cavalos.
Ao ver-se encurralado no bosque, o velho vaqueiro verificou que a sua situação era desesperada. Nao podia esperar salvação, nem clemência... Só podia fazer uma coisa: morrer, matando!
À sua esquerda, viu aparecer um homem, que empunhava uma espingarda. Ao descobrir Slim, apontou e apertou o gatilho. Demasiado tarde! O revólver do vaqueiro disparara uma fração de segundo antes, e o pistoleiro tombou para trás, morto.
Mas aquele tiro foi fatal para o homem encurralado. A detonação atraiu, àquele lugar, todos os que rastejavam pelo bosque. O revólver de Slim entrou, novamente, em ação, semeando balas à sua volta. Mas as munições esgotaram-se, em tiros inofensivos.
Um dos pistoleiros disparou-lhe a espingarda, quase à queima-roupa. Atingido no ombro, a violência do choque derrubou o velho, de costas.
— Não o matem. Deixem-no para mim! — gritou uma voz — Ele matou o meu irmão Joe.
O energúmeno lançou-se sobre o desgraçado vaqueiro, à coronhada e pontapé, nas costelas, na cabeça...
Slim quase não deu pelo seu verdugo, que o arrastava por uma perna até junto duma árvore, em cujos ramos um outro facínora amarrara uma corda, com um nó corrediço.
Meteram-lhe o pescoço no laço e ergueram no ar. Slim, recorrendo às suas derradeiras energias, agarrou-se à corda, que lhe apertava o pescoço. Os seus esforços, inúteis, fizeram rir à gargalhada os bandidos que presenciavam a execução.
Bruscamente, o vaqueiro deixou de forcejar, de lutar, de estremecer. Deixou cair os braços, flácidos, ao longo do corpo. Os olhos tinham uma expressão de terror, de desespero, de morte...
Ele sabia que, no sopé daquelas montanhas de alvos picos, ficava o Vale Escondido.
O "vale", entalado entre montes inacessíveis, tinha uma considerável extensão de terras de bons pastos, e a água dum pequeno rio assegurava frescas forragens.
Alguns ganadeiros haviam ali construído os seus ranchos e existia, também, uma pequena povoação, tranquila, onde toda a gente vivia em paz.
Apenas algumas horas separavam aquele solitário viajante do chamado Vale Escondido.
Glenn Bogart era jovem ainda, alto, forte, mas estranho, sombrio, taciturno. Parecia um homem sem família, sem lar, um cavaleiro nómada, como havia muitos, cavalgando ao longo e ao largo do selvagem Oeste. Vinha pobremente equipado, sendo o seu cavalo e as armas, o único excelente que possuía.
Não longe dali, uns três quilómetros para o norte, junto do rio que se dirigia para o Vale Escondido, um velho vaqueiro, de barba branca, acabava de lavar a louça, que servira ao frugal primeiro almoço dos seis homens que, com ele, compunham o grupo de vaqueiros, encarregados de conduzir uma pequena manada.
De repente, como a explosão duma inesperada tempestade, a quietude do amanhecer foi abalada pelo rugir das armas de fogo, que desencadearam um inferno de chumbo e fogo sobre o acampamento.
O velho vaqueiro não era, decerto um cobarde, mas quando ouviu os tiros, os gritos e risadas dos atacantes, de mistura com o gemer dos feridos, escondeu-se entre os arbustos e, caindo de joelhos, rezou para que os traiçoeiros atacantes do acampamento o não descobrissem.
Deslizando como répteis, entre o matagal, um grupo de quase vinte indivíduos caiu sobre os vaqueiros. O primeiro a cair foi o jovem Black, que estava de sentinela. Quando deu pelo bandido que o atacava, recebeu duas balas no peito. Cambaleou e caiu para trás, de cabeça, despenhando-se no rio.
Os sonolentos vaqueiros, envolvidos por um círculo de fogo, quase não tiveram tempo de utilizar as suas armas. Rob, o capataz do grupo, a seguir os jovens Tom e Jeff, e por fim Tiger e Jonas, foram tombando, crivados de balas, numa orgia de sangue e morte.
Quando as armas se calaram, Slim, o velhote, que se refugiara entre os arbustos, à beira do rio, atreveu-se a levantar a cabeça e espreitar.
O que viu gelou-lhe ainda mais o sangue nas veias. Todos os seus camaradas estavam mortos, e os ferozes pistoleiros começavam a revistar os cadáveres, e a despojá-los de todos os valores que levavam consigo. Viu que quem comandava aqueles bandidos era Dummy, o cruel e sanguinário capataz do rancho "Manancial".
De repente, o feroz Dummy parou em frente dos cavalos. Eram seis os mortos, e havia sete cavalos!
Slim esteve prestes a desmaiar, ao compreender o que iria passar-se. Transformados em cães de fila, os pistoleiros de Dummy começaram a revistar o terreno, palmo a palmo, na caça ao homem.
Slim resolveu atravessar o rio. Era a única saída, para se afastar do terreno batido pelos pistoleiros. Do outro lado, a vinte ou trinta metros da margem, começava um bosque. Se conseguisse lá chegar...
Com a água pela cintura, protegido pelos altos arbustos da margem, que o ocultavam da vista dos seus perseguidores, Slim atravessou o rio. Ofegante, quase sem alento, correu quanto pôde, para o bosque.
Naquele momento, ouviu uma detonação, e uma bala silvou sobre a sua cabeça. Depois, alguém gritou:
— Lá vai ele! Acaba de meter-se no bosque! Vamos!
Vários dos bandidos meteram-se à água, enquanto os restantes retrocederam a buscar os cavalos.
Ao ver-se encurralado no bosque, o velho vaqueiro verificou que a sua situação era desesperada. Nao podia esperar salvação, nem clemência... Só podia fazer uma coisa: morrer, matando!
À sua esquerda, viu aparecer um homem, que empunhava uma espingarda. Ao descobrir Slim, apontou e apertou o gatilho. Demasiado tarde! O revólver do vaqueiro disparara uma fração de segundo antes, e o pistoleiro tombou para trás, morto.
Mas aquele tiro foi fatal para o homem encurralado. A detonação atraiu, àquele lugar, todos os que rastejavam pelo bosque. O revólver de Slim entrou, novamente, em ação, semeando balas à sua volta. Mas as munições esgotaram-se, em tiros inofensivos.
Um dos pistoleiros disparou-lhe a espingarda, quase à queima-roupa. Atingido no ombro, a violência do choque derrubou o velho, de costas.
— Não o matem. Deixem-no para mim! — gritou uma voz — Ele matou o meu irmão Joe.
O energúmeno lançou-se sobre o desgraçado vaqueiro, à coronhada e pontapé, nas costelas, na cabeça...
Slim quase não deu pelo seu verdugo, que o arrastava por uma perna até junto duma árvore, em cujos ramos um outro facínora amarrara uma corda, com um nó corrediço.
Meteram-lhe o pescoço no laço e ergueram no ar. Slim, recorrendo às suas derradeiras energias, agarrou-se à corda, que lhe apertava o pescoço. Os seus esforços, inúteis, fizeram rir à gargalhada os bandidos que presenciavam a execução.
Bruscamente, o vaqueiro deixou de forcejar, de lutar, de estremecer. Deixou cair os braços, flácidos, ao longo do corpo. Os olhos tinham uma expressão de terror, de desespero, de morte...
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