Cassley decidiu esperar a passagem de Ethel quando esta se dirigisse para a escola, em lugar de ir a casa dela. Viu-a chegar, como todas as manhãs e esperou que ela estivesse mais perto para lhe sair ao caminho.
Ethel parou a sua montada, receosa de ver Cassley esperando-a a meio caminho de Walburg. Instintivamente a sua mão deslizou à procura do revólver, que desde havia alguns dias levava consigo, num pequeno coldre na sela.
— Que quer, Cassley? — inquiriu friamente, enquanto via que o homem atravessava o cavalo no caminho para a fazer compreender que a esperava a ela.
— Ontem à noite tive uma estranha visita, Ethel — disse Cassley, olhando-a com atenção. — Skenton e outra pessoa foram roubar-me umas coisas que eu tinha no cofre-forte.
— Não tenho nada a ver com isso — replicou ela, tentando continuar o seu caminho.
Mas Cassley, com um gesto rápido e oportuno, apoderou-se das rédeas e impediu Ethel de tornar realidade as suas intenções.
— Aguarda um momento e não tenhas tanta pressa — disse irritado. — Skenton levou os documentos que o teu pai assinou, e tu tens de saber o que ele quer fazer deles.
— Eu não sei nada do que faz Skenton.
— Mentes! — gritou Cassley, fora de si. — A desaparição desses papéis só te beneficia a ti! Diz-me o que Skenton fez com eles!
— Não sei.
Cassley olhou-a fixamente.
-- Está bem — falou, recobrando a calma. – Não te vai servir de nada o que esse homem fez. Recorrerei tribunais.
— Penso pagar até ao último cêntimo o que o meu pai se comprometeu a dar.
— Já sei — troçou Cassley. — É possível que só procures com isso demorar o pagamento, mas não penso admitir a minha derrota nem por um instante.
Ethel continuou imperturbável e tentou continuar.
— Espera — conteve-a de novo Cassley. — Ainda não disse tudo. Acho que gostarias de saber quem acompanhou Skenton na sua façanha.
— Já disse que nada tenho a ver com Skenton nem com quem está com ele.
— Enganas-te. Porque a pessoa que ontem foi roubar o meu cofre com Skenton não te pode ser indiferente. Foi Long! Easey Long acaba de voltar a Walburg! Long, o proscrito, o assassino, o pistoleiro a soldo!
— Não é possível — balbuciou Ethel, empalidecendo, enquanto movia a cabeça de um lado para o outro.
— Não duvido que depressa te irá ver, porque o motivo da sua volta tu o deves saber melhor do que ninguém.
Sem poder dominar-se, Ethel fustigou desapiedadamente os flancos do seu cavalo, que se encabritou e partiu em disparada em direção de Walburg sem que desta vez Cassley pudesse fazer nada para o conter.
Cassley não se moveu dali até que Ethel se pendeu à distância. Depois tomou uma direção oposta à de Walburg, para as montanhas que se recortavam no fim da planície ocre, banhada pelo sol da manhã.
Ethel parou a sua montada, receosa de ver Cassley esperando-a a meio caminho de Walburg. Instintivamente a sua mão deslizou à procura do revólver, que desde havia alguns dias levava consigo, num pequeno coldre na sela.
— Que quer, Cassley? — inquiriu friamente, enquanto via que o homem atravessava o cavalo no caminho para a fazer compreender que a esperava a ela.
— Ontem à noite tive uma estranha visita, Ethel — disse Cassley, olhando-a com atenção. — Skenton e outra pessoa foram roubar-me umas coisas que eu tinha no cofre-forte.
— Não tenho nada a ver com isso — replicou ela, tentando continuar o seu caminho.
Mas Cassley, com um gesto rápido e oportuno, apoderou-se das rédeas e impediu Ethel de tornar realidade as suas intenções.
— Aguarda um momento e não tenhas tanta pressa — disse irritado. — Skenton levou os documentos que o teu pai assinou, e tu tens de saber o que ele quer fazer deles.
— Eu não sei nada do que faz Skenton.
— Mentes! — gritou Cassley, fora de si. — A desaparição desses papéis só te beneficia a ti! Diz-me o que Skenton fez com eles!
— Não sei.
Cassley olhou-a fixamente.
-- Está bem — falou, recobrando a calma. – Não te vai servir de nada o que esse homem fez. Recorrerei tribunais.
— Penso pagar até ao último cêntimo o que o meu pai se comprometeu a dar.
— Já sei — troçou Cassley. — É possível que só procures com isso demorar o pagamento, mas não penso admitir a minha derrota nem por um instante.
Ethel continuou imperturbável e tentou continuar.
— Espera — conteve-a de novo Cassley. — Ainda não disse tudo. Acho que gostarias de saber quem acompanhou Skenton na sua façanha.
— Já disse que nada tenho a ver com Skenton nem com quem está com ele.
— Enganas-te. Porque a pessoa que ontem foi roubar o meu cofre com Skenton não te pode ser indiferente. Foi Long! Easey Long acaba de voltar a Walburg! Long, o proscrito, o assassino, o pistoleiro a soldo!
— Não é possível — balbuciou Ethel, empalidecendo, enquanto movia a cabeça de um lado para o outro.
— Não duvido que depressa te irá ver, porque o motivo da sua volta tu o deves saber melhor do que ninguém.
Sem poder dominar-se, Ethel fustigou desapiedadamente os flancos do seu cavalo, que se encabritou e partiu em disparada em direção de Walburg sem que desta vez Cassley pudesse fazer nada para o conter.
Cassley não se moveu dali até que Ethel se pendeu à distância. Depois tomou uma direção oposta à de Walburg, para as montanhas que se recortavam no fim da planície ocre, banhada pelo sol da manhã.
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