Brewster McFaden deteve o cavalo e desmontou, sentando-se à sombra das tílias e salgueiros à beira do rio. A bebedeira da véspera, porque não estava habituado a beber muito, deixara-o flácido e com um mau sabor na boca. Além disso, Alan fora muito duro ao falar-lhe naquela manhã. Ameaçara-o de contar ao pai. E para este o pior do mundo era cair nalgum vício.
Mas porque não o deixavam viver como ele queria, continuar a estudar, engenharia, por exemplo? Ele não queria ser um rancheiro, como Alan. Entender-se-ia com o pai, pensou. Alan e Kathleen que dividissem as terras entre si, que ele contentava-se com um subsídio até terminar o curso. Diria isso mesmo ao pai...
Naquele momento ouviu cantar uma mulher. O rio ficava a uns trinta metros de onde ele estava. Espreitou por entre os arbustos. Não havia dúvidas. Era uma mulher que se preparava para tomar banho.
Brewster ficou surpreendido. Não conseguia compreender quem ela fosse. Estava muito longe para ser do rancho. Além disso, esta tinha o cabelo preto, e não havia nenhuma morena entre as escocesas. A rapariga deu um grito ao meter-se na água. Brewster pensou afastar-se, mas a curiosidade foi mais forte.
— Está fria a água? — perguntou donde estava.
Um grito foi a resposta. Pouco depois, envolta numa manta índia, apareceu a rapariga junto dele.
— Que faz você aqui? — perguntou ela, furiosa.
— Estou na minha propriedade — respondeu Brewster, rindo — Eu é que pergunto porque se banha num rio que não lhe pertence. Pediu licença? Mas não se preocupe. Vista-se e diga-me depois o que faz aqui, pois nao pertence ao rancho dos McFaden, com certeza.
— Não sairá daqui enquanto me vou vestir? Previno-o de que dispararei um tiro contra si, se fizer o contrário.
— Não será preciso. Garanto-lhe que não sairei daqui.
Pouco depois reapareceu a jovem, vestindo uma saia curta de anta, uma blusa branca e um lenço vermelho ao pescoço. Era muito morena, e tinha olhos verdes, bonitos. Trazia um cinto-cartucheira, um chicote e uma espingarda.
— Parece uma índia — disse Brewster.
— Não sou, nem pertenço ao rancho — respondeu a jovem, prontamente. — Agora tenho de me ir embora.
Naquele momento apareceram dois cães enormes, e Brewster lembrou-se... os cães... o que lhe dissera o irmão sobre uma mulher, quando o tiraram do bar...
— Você pertence aos ovelheiros, não é verdade?
— Sim, e então? Temos licença para passar por aqui.
— Nao nego que tenha autorização vara passar com os rebanhos, mas este lugar não é de passagem. Além disso, não me disse ainda que faz aqui.
— Venho todos os dias tomar banho. Mas de futuro já não o poderei fazer, porque o sabe mais gente.
— Todos os dias? Mas... Há quanto tempo estão nesta propriedade?
— Quinze dias.
Quinze dias, pensou o jovem, são suficientes para um bom rebanho devastar grandes extensões de terreno. Perguntou a si mesmo que pensariam Alan, George e Merrick de tudo aquilo. Mas, de momento, interessavam-lhe mais aqueles olhos verdes.
— Dou-lhe a minha palavra de que não estava aqui de propósito. Quando era pequeno vinha aqui tomar banho. Mas hoje não vim por isso, e apenas para estar só. Pode vir as vezes que quiser, " miss "...
— Smedley. Chamo-me Agnes Smedley, e sou filha do velho Smedley, o ovelheiro mais rico do Arizona. Neste momento levamos cinco mil cabeças para os matadouros de Tucson. E temos muitas mais... Gostaria de ver os cordeirinhos? Parecem novelos de lã — disse embevecida, com um suave e lindo sorriso — E você quem é?
— Sou... bom, um vaqueiro qualquer.
— Não fala como um vaqueiro. Bom, tenho de ir-me embora. Vamos, Rex", vamos *Tigre"!
— Espere aí. Sabe que pode vir tomar banho quando quiser. Garanto-lhe que... que chegarei depois. Não se esqueça de que tem de mostrar-me um cordeirinho. Quantos dias estarão ainda aqui?
— Não sei. Meu pai e meu irmão é que sabem. Adeus...
— Até amanhã? Estarei por aqui às onze.
A jovem encolheu os ombros e desapareceu entre o arvoredo. Os cães seguiram-na. Brewster voltou a sentar-se, mas agora sem aquela sensação de desespero de há pouco. Pensava nos olhos verdes da jovem e na sua infantil forma de se exprimir, em contraste com o seu feroz armamento. Seria a mesma que saltou como uma gata sobre as costas de Alan? Deu uma gargalhada e pôs-se em pé, para voltar ao rancho.
Mas porque não o deixavam viver como ele queria, continuar a estudar, engenharia, por exemplo? Ele não queria ser um rancheiro, como Alan. Entender-se-ia com o pai, pensou. Alan e Kathleen que dividissem as terras entre si, que ele contentava-se com um subsídio até terminar o curso. Diria isso mesmo ao pai...
Naquele momento ouviu cantar uma mulher. O rio ficava a uns trinta metros de onde ele estava. Espreitou por entre os arbustos. Não havia dúvidas. Era uma mulher que se preparava para tomar banho.
Brewster ficou surpreendido. Não conseguia compreender quem ela fosse. Estava muito longe para ser do rancho. Além disso, esta tinha o cabelo preto, e não havia nenhuma morena entre as escocesas. A rapariga deu um grito ao meter-se na água. Brewster pensou afastar-se, mas a curiosidade foi mais forte.
— Está fria a água? — perguntou donde estava.
Um grito foi a resposta. Pouco depois, envolta numa manta índia, apareceu a rapariga junto dele.
— Que faz você aqui? — perguntou ela, furiosa.
— Estou na minha propriedade — respondeu Brewster, rindo — Eu é que pergunto porque se banha num rio que não lhe pertence. Pediu licença? Mas não se preocupe. Vista-se e diga-me depois o que faz aqui, pois nao pertence ao rancho dos McFaden, com certeza.
— Não sairá daqui enquanto me vou vestir? Previno-o de que dispararei um tiro contra si, se fizer o contrário.
— Não será preciso. Garanto-lhe que não sairei daqui.
Pouco depois reapareceu a jovem, vestindo uma saia curta de anta, uma blusa branca e um lenço vermelho ao pescoço. Era muito morena, e tinha olhos verdes, bonitos. Trazia um cinto-cartucheira, um chicote e uma espingarda.
— Parece uma índia — disse Brewster.
— Não sou, nem pertenço ao rancho — respondeu a jovem, prontamente. — Agora tenho de me ir embora.
Naquele momento apareceram dois cães enormes, e Brewster lembrou-se... os cães... o que lhe dissera o irmão sobre uma mulher, quando o tiraram do bar...
— Você pertence aos ovelheiros, não é verdade?
— Sim, e então? Temos licença para passar por aqui.
— Nao nego que tenha autorização vara passar com os rebanhos, mas este lugar não é de passagem. Além disso, não me disse ainda que faz aqui.
— Venho todos os dias tomar banho. Mas de futuro já não o poderei fazer, porque o sabe mais gente.
— Todos os dias? Mas... Há quanto tempo estão nesta propriedade?
— Quinze dias.
Quinze dias, pensou o jovem, são suficientes para um bom rebanho devastar grandes extensões de terreno. Perguntou a si mesmo que pensariam Alan, George e Merrick de tudo aquilo. Mas, de momento, interessavam-lhe mais aqueles olhos verdes.
— Dou-lhe a minha palavra de que não estava aqui de propósito. Quando era pequeno vinha aqui tomar banho. Mas hoje não vim por isso, e apenas para estar só. Pode vir as vezes que quiser, " miss "...
— Smedley. Chamo-me Agnes Smedley, e sou filha do velho Smedley, o ovelheiro mais rico do Arizona. Neste momento levamos cinco mil cabeças para os matadouros de Tucson. E temos muitas mais... Gostaria de ver os cordeirinhos? Parecem novelos de lã — disse embevecida, com um suave e lindo sorriso — E você quem é?
— Sou... bom, um vaqueiro qualquer.
— Não fala como um vaqueiro. Bom, tenho de ir-me embora. Vamos, Rex", vamos *Tigre"!
— Espere aí. Sabe que pode vir tomar banho quando quiser. Garanto-lhe que... que chegarei depois. Não se esqueça de que tem de mostrar-me um cordeirinho. Quantos dias estarão ainda aqui?
— Não sei. Meu pai e meu irmão é que sabem. Adeus...
— Até amanhã? Estarei por aqui às onze.
A jovem encolheu os ombros e desapareceu entre o arvoredo. Os cães seguiram-na. Brewster voltou a sentar-se, mas agora sem aquela sensação de desespero de há pouco. Pensava nos olhos verdes da jovem e na sua infantil forma de se exprimir, em contraste com o seu feroz armamento. Seria a mesma que saltou como uma gata sobre as costas de Alan? Deu uma gargalhada e pôs-se em pé, para voltar ao rancho.
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