Desaparecida a maléfica influência de Sol Bonner, até de Great Falis veio gente para a construção do Rancho Duncan. Chegaram uns cavalos, carruagens, com os filhos, esposas e filhas. Os homens levaram enxadas, serras e martelos, e as mulheres víveres e guloseimas.
—Trouxemos também um violinista e algumas garrafas de whisky — anunciou com a sua característica voz o velho Murphy, que aparecia radiante de satisfação.
Em três dias ficou construída a casa rancheira. E também um curral e o resto das dependências mais indispensáveis. E se durante o dia se trabalhava incansavelmente, à noite havia festa.
Na primeira daquelas noites, Gail apareceu formosíssima com um vaporoso vestida de baile, e de forma vaga, demasiado deslumbrado para ter segurança de nada, Lex pensou que deviam ser assim os anjos do Céu.
E não era para menos. À luz dos improvisados candeeiros cujos raios arrancavam reflexos cobreados da formosa cabeleira que parecia adornar uma carita de porcelana, envolta na vaporosa nuvem de tule do seu vestido branco que cingia o busto pontiagudo e virginal, encontrou-a mais sedutora que nunca e foi-lhe impossível evitar que esta impressão se refletisse nos seus olhos, ruborescendo por isso as faces da rapariga, o que contribuiu para a tornar ainda mais bela.
— Como me acha? — perguntou audaz, rodando diante dele, para que a pudesse admirar melhor.
— Maravilhosa— sussurrou Harley, sem alento para mais. O violino voltava a ouvir-se depois de curta interrupção.
Olhando-se e sem necessidade de falar, os dois jovens encontraram-se enlaçados, bailando entre os outros pares cuja existência ignoravam por completo.
O agitado movimenta da dança, as luzes e o bulício, mas sobretudo, a enervante proximidade da rapariga e o ténue perfume que se desprendia embriagador do seu corpo maravilhosa, entonteciam o pistoleiro, que apesar de não ter bebido encontrava-se embriagado.
Compreendendo que já não podia resistir mais àquela situação, com as pulsações alteradas e sentindo o sangue correr quente nas veias, foi levando o seu par para um lado da casa em construção, e de mãos dadas, afastaram-se em silêncio e lentamente da gente e do bulício, até a um bosquezinho onde obtinham a madeira.
Umas árvores cortadas, junto da água dum riozinho ofereciam cómodo assento.
— Sentamo-nos aqui? — perguntou Lex, com voz rouca que nem mesmo ela reconheceu.
Assim a fizeram em silêncio e ela, banhada pela luz do astro noturno, com o seu vestido branco, parecia uma figura etérea, demasiado formosa para ser real.
— Maravilhosa! —repetiu ele, sentando-se a seu lado.
Gail levantou os olhos para olhá-lo e aqueles olhos tão belos e os apetitosos lábios entreabertos num leve sorriso, acabaram de enlouquecê-lo, e com um grito afogado estreitou-a entre os braços, beijando-a com infinita paixão.
Então as finas mãos da rapariga apoiaram-se nos ombros dele, oferecendo débil resistência, sufocada pelo beijo.
Sobre as copas das árvores assomava a ampla cara da lua que parecia sorrir ao presenciar aquela doce cena de amor.
Lex afastou-se bruscamente, tão perturbado pelo beijo e com receio, que ela fugisse do seu lado ofendida, que nem sequer notou que as mãos dela lhe rodeavam o pescoço.
—Eu quero-a tão loucamente que... Mas não devia tê-lo feito disse, confusamente.
Ela sorriu-lhe com muita ternura.
— Não?— disse, enlevada, a rapariga.
E levantando-se levemente, uniu de novo os seus fogosos e grossos lábios com os dele.
As doces notas do violino continuavam soando, e aos pés do par continuava a correr o riacho, enquanto do alto dir-se-ia que a lua, compreensiva, piscava um olho.
—Trouxemos também um violinista e algumas garrafas de whisky — anunciou com a sua característica voz o velho Murphy, que aparecia radiante de satisfação.
Em três dias ficou construída a casa rancheira. E também um curral e o resto das dependências mais indispensáveis. E se durante o dia se trabalhava incansavelmente, à noite havia festa.
Na primeira daquelas noites, Gail apareceu formosíssima com um vaporoso vestida de baile, e de forma vaga, demasiado deslumbrado para ter segurança de nada, Lex pensou que deviam ser assim os anjos do Céu.
E não era para menos. À luz dos improvisados candeeiros cujos raios arrancavam reflexos cobreados da formosa cabeleira que parecia adornar uma carita de porcelana, envolta na vaporosa nuvem de tule do seu vestido branco que cingia o busto pontiagudo e virginal, encontrou-a mais sedutora que nunca e foi-lhe impossível evitar que esta impressão se refletisse nos seus olhos, ruborescendo por isso as faces da rapariga, o que contribuiu para a tornar ainda mais bela.
— Como me acha? — perguntou audaz, rodando diante dele, para que a pudesse admirar melhor.
— Maravilhosa— sussurrou Harley, sem alento para mais. O violino voltava a ouvir-se depois de curta interrupção.
Olhando-se e sem necessidade de falar, os dois jovens encontraram-se enlaçados, bailando entre os outros pares cuja existência ignoravam por completo.
O agitado movimenta da dança, as luzes e o bulício, mas sobretudo, a enervante proximidade da rapariga e o ténue perfume que se desprendia embriagador do seu corpo maravilhosa, entonteciam o pistoleiro, que apesar de não ter bebido encontrava-se embriagado.
Compreendendo que já não podia resistir mais àquela situação, com as pulsações alteradas e sentindo o sangue correr quente nas veias, foi levando o seu par para um lado da casa em construção, e de mãos dadas, afastaram-se em silêncio e lentamente da gente e do bulício, até a um bosquezinho onde obtinham a madeira.
Umas árvores cortadas, junto da água dum riozinho ofereciam cómodo assento.
— Sentamo-nos aqui? — perguntou Lex, com voz rouca que nem mesmo ela reconheceu.
Assim a fizeram em silêncio e ela, banhada pela luz do astro noturno, com o seu vestido branco, parecia uma figura etérea, demasiado formosa para ser real.
— Maravilhosa! —repetiu ele, sentando-se a seu lado.
Gail levantou os olhos para olhá-lo e aqueles olhos tão belos e os apetitosos lábios entreabertos num leve sorriso, acabaram de enlouquecê-lo, e com um grito afogado estreitou-a entre os braços, beijando-a com infinita paixão.
Então as finas mãos da rapariga apoiaram-se nos ombros dele, oferecendo débil resistência, sufocada pelo beijo.
Sobre as copas das árvores assomava a ampla cara da lua que parecia sorrir ao presenciar aquela doce cena de amor.
Lex afastou-se bruscamente, tão perturbado pelo beijo e com receio, que ela fugisse do seu lado ofendida, que nem sequer notou que as mãos dela lhe rodeavam o pescoço.
—Eu quero-a tão loucamente que... Mas não devia tê-lo feito disse, confusamente.
Ela sorriu-lhe com muita ternura.
— Não?— disse, enlevada, a rapariga.
E levantando-se levemente, uniu de novo os seus fogosos e grossos lábios com os dele.
As doces notas do violino continuavam soando, e aos pés do par continuava a correr o riacho, enquanto do alto dir-se-ia que a lua, compreensiva, piscava um olho.
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