«O xerife e a artista» é um título enganador, talvez para tornar este livro mais sugestivo.
A ação decorre em S. Luis do Missouri, cidade com mais de cento e trinta mil habitantes, onde se juntavam os rios mais caudalosos da União, circunstância que permitia a passagem dos «barcos-saloons» e dos teatros flutuantes, famosos na história do Oeste, os primeiros pela sua turbulência, os segundos pelo seu romantismo.
Tudo começa com a morte de um jornalista que tinha feito fortuna sem se saber como. O xerife O' Farrell decidiu-se a descobrir as causas da sua morte e acabou por se envolver numa atividade frenética para a destruição de uma rede de corruptos, batoteiros e ladrões.
Um dos principais facínoras gozava dos encantos de uma bela artista pela qual o xerife se sentiu atraído. Mas a pobre rapariga acabou por desaparecer da história depois de uma manifestação de pessoas honestas contra a atividade de «saloons» flutuantes onde mulheres e batoteiros chupavam o dinheiro aos que trabalhavam arduamente. O desprezo final do xerife pelos seus encantos foi suficiente para não mais se ouvir falar nela…
É preciso chegar ao capítulo XI desta novela para desfrutarmos de uma cena verdadeiramente dramática e que dá uma certa qualidade ao texto: a morte do defensor de peças de teatro nos moldes tradicionais de autores gregos e outros clássicos. O homem permaneceu ao leme do seu barco enquanto o fogo o destruía.
De resto, o texto é francamente pobre e abusa de tiroteio para a resolução de problemas…
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