segunda-feira, 18 de maio de 2015

PAS468. O eterno apelo para a partida

Regressou a Vernal. A notícia do atentado deve ter sido divulgada pelas crianças. No entanto, ninguém lhe falou no assunto. Mas todos olhavam para ele.
Entrou em vários sítios e percorreu toda a rua principal à procura de Teyson. Não tinha esperança de o encontrar, quer tivesse partido dele ou não ordem para o assassinarem.
Mas deparou-se-lhe Mae.
À crua luz do sol, a rapariga tornava-se menos atraente, menos bela. E havia certa ansiedade nos seus olhos. Quando o descobriu, foi ao encontro dele e agarrou-lhe o braço com nervosismo.
— Acabo de saber que tentaram matar-te. E é tudo por minha culpa...
— Não digas isso, Mae. Tive uma questão com Teyson esta manhã....
— Bem sei. Contou-mo ele próprio, raivoso como uma fera. Jura e trejura que te há-de ver morto. Diz que és um patife, que o apanhaste de surpresa. Quis que o xerife te prendesse mas não o conseguiu. Isso aumentou-lhe a fúria.
— Onde está ele agora?
— Tencionas ir procurá-lo? Não o faças. Partiu para o rancho. E aí não poderás entrar. Crivar-te-ia de balas antes que te aproximasses das vizinhanças.
— Não vou permitir que disparem contra mim à traição quando lhes apetecer.
Ela fitou-o longamente.
— Faz-me um favor, Lester. Vai-te embora. Segue o teu caminho. Não quero que te matem por minha causa.
Era sincera. Não pedia; suplicava. Lester, comovido, ia responder.
Então, viu passar um carro pelo meio da rua e viu a rapariga que os fitava, com uma expressão estranha.
Ficou aturdido. Os Templars ali! E Ruth vendo-o com Mae...
Seguiu com o olhar o carro, que parou diante do hotel de Teyson. O próprio Templar o guiava, com a filha ao lado. Deviam ter vindo a Vernal para fazer compras. E ela imediatamente seria informada de tudo.

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