Reclinado contra a bola que terminava o corrimão, contemplou o juvenil espetáculo. No bar, dois pares tomavam refrescos enquanto outros preferiam descansar nas cadeiras que havia em volta da pista de baile.
Junto a uma janela identificou Virgínia e sem hesitar, como guiado pelo instinto, dirigiu-se a ela, abrindo caminho entre os pares que dançavam.
Ao sentir passos atrás de si, ela pegou na canastra de flores que tinha no parapeito da janela e voltou-se… para deparar com o amplo e pouco amargo sorriso de Edgar, que se inclinou cortês na sua frente.
- Concede-me esta dança, menina Evans?
Ela recusou suavemente.
- Sinto muito, mas não danço.
- Compreendo. Como fui tão idiota para supor que não tivesse par? Só a sua recusa em dançar podia manter afastados os seus admiradores. Perdoe-me.
Voltou-se para se retirar. Estava cansado e demasiado preocupado para perder tempo em…
- Senhor Byron.
A voz dela arrancou-o aos seus pensamentos, fazendo-o dar meia volta com vivacidade.
- Não acha que é muito cedo? Considerou-se derrotado na primeira escaramuça. Seria um mau soldado.
Ela estava a troçar, sem dúvida.
Os seus olhos risonhos, verdes com o o mar, tinham ironia e, no fundo, umas chispitas douradas dançavam em louca sinfonia.
- Quer dizer que aceita o meu convite?
Virgínia depôs a canastra de flores numa mesa e negou com a cabeça.
- Desejo somente tomar um refresco. Você é um cavalheiro e desculpará o meu pedido.
- Sinto-me orgulhoso porque teve a franqueza de o formular – assegurou, oferecendo-lhe o seu braço direito, que ela aceitou.
(Coleção Arizona, nº 19)
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